«Sexta-feira lanço o meu quarto
livro. Há uns anos, quando comecei a escrever, nunca pensei que isto fosse possível.
O AVC até teve vantagens. Estou nervoso. Não com a aceitação ou não do livro –
nisso só não quero ter prejuízo –, mas com o evento em si. Tem corrido tudo
bem, mas, como dizem os americanos: shit
happens. O que é que garante que durante o evento não há alguém que escorrega,
que se agarra à toalha da mesa do cattering
e deita tudo ao chão? Porquê essa cara? É impossível?
Agora fora de brincadeiras: estou mesmo
convencido que é por ser tetraplégico e não por ter talento que consigo publicar.
Não estou preocupado. Faço o que gosto. Estaria a mentir se dissesse que o reconhecimento
não me diz nada, mas honestamente não é o que me motiva. É o amor que o faz.
Amor – forte para fazer rodar o mundo e emotivo o suficiente para me fazer
escrever. Amor é liberdade e vice-versa – escrevi um dia. Continuo a acreditar
nisso e como conclusão pode-se dizer que escrevo porque sou livre.
Não me interessa escrever bem, até
acho parvo que o digam, quero é sentir bem – escrever bem, quando acontece, é
um acréscimo. Apesar do amor que lhe tenho, escrever é, fundamentalmente, triste:
o tempo dedicado à escrita não pode ser usado para fazer outras coisas que nos
fazem felizes. No entanto, como assim não me podem interromper, continuo a escrever.
Triste, mas abundante.»
Cumprimentos,
Luís Abreu
Viva,
ResponderEliminarDesde que te sintas bem a escrever isso é sem duvida o mais importante :)
Abraço
Olá Fiacha,
EliminarConcordo plenamente contigo;)
Beijocas.
Olá
ResponderEliminarEspero que tenha corrido tudo bem :)
Gostei bastante do texto.
Beijinhos
Olá,
ResponderEliminarEspero que tenha corrido tudo bem e conforme o Luís desejava, assim como espero que continue a fazer uma das coisas que mais gosta: escrever. :)
Beijinhos.