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sábado, 13 de março de 2021

36 # Opinião l "O Leitor do Comboio" do escritor Jean-Paul Didierlurent

Sinopse:
"O poder dos livros através da vida das pessoas que eles salvam. Uma obra que é um hino à literatura, às pessoas comuns e à magia do quotidiano.
Jean-Paul Didier Laurent é um contador de histórias nato. Neste romance, conhecemos Guylain Vignolles, um jovem solteiro, que leva uma existência monótona e solitária, contrariada apenas pelas leituras que faz em voz alta, todos os dias, no comboio das 6h27 para Paris.
A rotina sensaborona do protagonista desta história muda radicalmente no dia em que, por mero acaso, do banquinho rebatível da carruagem salta uma pendrive que contém o diário de Julie, empregada de limpeza das casas de banho num centro comercial e uma solitária como ele… Esses textos vão fazê-lo pintar o seu mundo de outras cores e escrever uma nova história para a sua vida.
O Leitor do Comboio revela um universo singular, pleno de amor e poesia, em que as personagens mais banais são seres extraordinários e a literatura remedia a monotonia quotidiana. Herdeiro da escrita do japonês Haruki Murakami, dotado de uma fina ironia que faz lembrar Boris Vian, Jean-Paul Didierlaurent demonstra ser um contador de histórias nato."retirado do site wook

Opinião:
Antes de o adquirir li a sinopse como é meu hábito, pois gosto sempre de saber o que me aguarda, li a curta biografia do escritor. Mas o que mais me chamou a atenção e me levou a comprar o livro foram estas frases:
"O poder dos livros através da vida das pessoas que eles salvam."

"Um hino à literatura, às pessoas comuns e à magia do quotidiano."

Li os comentários que o livro tem na capa de vários jornais e o que mais me fascinou foi o do jornal L'Express:
"O Leitor do Comboio é um romance de leitura obrigatória. O tom é vivo, a parábola, bonita; a mensagem, otimista.
Porquê ignorar o prazer da leitura? Uma fábula que faz pensar em Fahrenheit 451, com homens-livros que resistem ao genocídio literário."

Parti para a leitura deste livro sem ter lido nenhuma opinião sobre ele, ainda bem que o fiz.
O personagem central é um homem que tem mais de trinta anos e um emprego que odeia, até aqui não existe grande novidade, muitas pessoas fazem o que não gostam para garantirem o seu sustento. Mas a forma como o escritor descreve o trabalho de Guylain Vignolles é simplesmente fantástica. Guylain trabalha com uma máquina a que ele apelida de A Coisa, o seu trabalho consiste em "dar de comer à Coisa", mas o seu alimento são livros. Esses livros são destruídos pela Coisa e a pasta produzida por ela vai servir para a produção de novos livros. Fascinou-me o modo como é retratado o cotidiano de Guylain, desde dos seus dias sempre iguais à leitura que ele realiza, de folhas soltas, no comboio em voz alta, que entusiasma os ouvintes que seguem na mesma carruagem dele.
Mas todas as personagens estão muito bem retratadas ao longo deste pequeno livro. Uma das personagens que me fascinou foi o Giuseppe que já tinha também trabalhado com a Coisa.
O livro deixa muitas portas em aberto, tem um final que a mim me deixou ser eu a decidir o que queria que acontecesse.
Não posso deixar passar, os incríveis textos, que o autor fez sobre uma mulher cujo trabalho era limpar sanitas, são textos fabulosos que me fizeram visualizar todo o contexto laboral desta personagem.
Adorei e recomendo a todos os amantes de livros.
Classificação de 4**** no Goodreads.

Excelentes leituras!
Fique em casa!

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