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sábado, 30 de maio de 2015

Minha opinião sobre o livro "Alma Rebelde" da escritora Carla M. Soares

Alma Rebelde
de Carla M. Soares
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 288
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04337-5
Idioma: Português
Preço:12,96 euros

Comecei a ler:28-05-2015
Terminei de ler:29-05-2015

Sinopse:
«No calor das febres que incendeiam a Lisboa do século XIX, Joana, uma burguesa jovem e demasiado inteligente para o seu próprio bem, vê o destino traçado num trato comercial entre o pai e o patriarca de uma família nobre e sem meios.
Contrariada, Joana percorre os quilómetros até à nova casa, preparando-se para um futuro de obediências e nenhuma esperança.
Mas Santiago, o noivo, é em tudo diferente do que esperava. Pouco convencional, vivido e, acima de tudo, livre, depressa desarma Joana, com promessas de igualdade, respeito e até amor.
Numa atmosfera de sedução incontida e de aventuras desenham-se os alicerces de um amor imprevisto... Mas será Joana capaz de confiar neste companheiro inesperado e entregar-se à liberdade com que sempre sonhou? Ou esconderá o encanto de Santiago um perigo ainda maior?» retirado do site wook

Minha opinião:
Mais uma revelação feita este ano de uma escritora brilhante que entra directamente para o rol de escritoras a seguir, felizmente esta é a primeira escritora portuguesa a entrar para essa listinha das descobertas de 2015. Carla M. Soares será sem dúvida uma escritora que vou seguir as suas leituras.

Uma das primeiras questões que se me colocou quando estava ainda a meio do livro, foi o que levou a escritora Carla M. Soares a definir este livro como um romance de época e não um romance histórico. Para mim muito honestamente era a mesma coisa. Depois de muito pesquisar, decidi ir ao blogue da escritora monster blues  e perguntar a ela a distinção. Muito honestamente não contava em obter resposta, mas Carla M. Soares é uma pessoa super acessível e bastante simpática, pois respondeu-me logo no dia e de uma forma e bastante simples de modo a que eu ficasse logo esclarecida do porquê de «Alma Rebelde» ser um romance de época.

A nossa troca de comentários foi a seguinte:
Eu:
«Estou a acabar de ler pela primeira vez um livro teu "Alma Rebelde" e estou a adorar, comecei ontem e devo acabar hoje.
Só gostava se possível que me explicasses uma coisa, pois tenho pesquisado e não encontro nada sobre isso. Qual a diferença entre um romance de época e um romance histórico?
É que depois de ler o livro vou fazer a minha opinião e gostava de referir isso lá mas sem eu saber não posso desenvolver esse facto.
O que eu pensei foi que o romance de época se passa num determinado período de tempo, mas tenho romances históricos como os da Philippa Gregory que também se passam num período de tempo específico e são considerados romances históricos.
Será uma questão de português e somente isso ou existe realmente uma distinção?
Fico ansiosamente a aguardar a tua resposta.»


Carla M. Soares:
«Na verdade, há quem não distinga romance de época de histórico, mas eu faço essa distinção. 
Para mim, o romance histórico foca-se mais na narração e um facto ou de uma época histórica, que é central. Tem em geral uma presença muito forte de figuras conhecidas da História, ou como acontecimentos centrais certos eventos históricos reais. 
O romance de época, para mim, insere-se noutra época história e segue-lhe os preceitos, "sente-se" a época (nos detalhes, nos costumes, etc), mas não está centrado na História... pretende antes narrar uma história de personagens comuns, desconhecidas, inventadas, noutra época. Como tal, a presença das figuras e acontecimentos conhecidos não é central, pode ser até apenas uma referência. 
Não sei se fui clara, nem se a distinção é pertinente, até porque há quem apelide os meus livros de históricos... mas enfim, eu não. :D»

Agora sim já tudo faz mais sentido na minha cabeça, e realmente «Alma Rebelde» é um romance de época.

Posta esta questão de parte vamos ao livro propriamente dito. Mas que livro maravilhoso, adorei a forma de escrita de Carla M. Soares, adorei as personagens, o enredo... bom amei o livro. Graças a Deus que existem bons escritores portugueses.

A história decorre no ano de 1857, pleno século XIX, a capital de Portugal  estava invadida pela febre que tendia a espalhar-se pelo pais. As pessoas tinham medo de sair à rua e as que podiam deslocavam-se para o interior para evitar que a febre leva-se os seus.

Nesta altura os casamentos eram arranjados pelas famílias dos noivos, sem o consentimento dos mesmos, era um jogo de interesses, trocas de dinheiro e de títulos. Logo a ideia de uma rapariga casar por amor, na classe alta, era quase que impossível. Os de classes inferiores esses tinham a felicidade de se poderem casar por amor. 

Joana, uma das personagens principais do livro, nasceu no seio de uma família de classe alta, eram ricos os seus pais, e o seu casamento foi um casamento feito. Ela deixou a sua família na companhia da sua ama, Rosário, que era como uma mãe para ela, e foi a caminho da casa do seu noivo. Esta foi uma viagem muito tortuosa que durou muitos dias e nem sempre deu para ficarem alojadas em casas em hospedarias, tiveram de passar duas noites na carruagem. 
Após todo este "sofrimento" da viagem, que de belo só tinha a paisagem. Pois a própria Joana estava constantemente a torturar-se com o eventual noivo que a esperava, e imaginava conversas, imagens da fisionomia do noivo, sofria pela sua vida, pela sua má sorte de casar com um homem que certamente a ia ignorar na melhor das sortes e na pior até lhe podia bater.
Joana e a sua ama chegam a Pero da Moça, onde a espera a sua sogra D. Ana, o seu noivo não a espera, o que é uma desilusão para Joana e a atira novamente para os seus pensamentos melodramáticos.

Contudo, Joana e D. Ana começam a conhecer-se e gostam muito uma da outra, a  noiva fica deveras feliz por ter uma sogra tão meiga, que a tenta colocar tão à vontade. Joana também adora a casa e o quarto que lhe arranjaram, todos a tratam muito bem, os criados tratam Joana como se ela já fosse a senhora da casa, o que faz com ela se sinta como se tivesse na sua casa. Mas está constantemente a martirizar-se  e lembrar-se que ali nada é dela, ela está ali só para servir o seu futuro marido Santiago. Que tem de ser a Joana educada e não a Joana desbocada que por vezes é. Tem de ter cuidado com tudo o que diz e com tudo o que faz e isso tira-lhe o sono e angustia-a ainda mais pelo facto de não saber como é seu noivo. Pois se este for como o seu sogro D. Miguel será um homem em nada interessante e terá aquele horrível bigode tal como D. Pedro e muitos homens o tinham era moda.

Apesar de todas as pessoas lhe dizerem o melhor sobre Santiago, até uma muito velha criada, de seu nome Brites, dizer que conhecia D. Miguel pai de Santiago desde pequeno e que este último era bom ao contrário de seu pai. Todos gostavam de Santiago e D. Ana amava profundamente o seu filho e dizia a Joana que ela teria melhor sorte que a sua.

Joana conhece Santiago e este não é nada do que ela tinha imaginado. O seu noivo é um jovem de bem com a vida, alegre e sonhador, que tal como Joana também sente que foi usado pelo seu pai, D. Miguel, como uma moeda de troca. No fundo Santiago tem a plena noção que tanto ele como Joana serviram para os seus pais fazerem negócio.

Contudo, Santiago é um optimista por natureza e decide encarar o futuro da mesma forma e cativar a atenção de Joana, dado que esta lhe agradou imenso logo no primeiro vislumbre. Santiago é incansável e faz investidas na sua noiva de tal forma que o amor acaba por ir surgindo inesperadamente dos dois lados. 
No entanto, Santiago é impulsivo e tem um temperamento forte, o que vai por um lado despertar novas sensações a Joana, boas sensações; mas no início lhe causam uma certa incerteza em relação ao seu noivo. Joana com o tempo decide entregar-se aos poucos ao prazer que Santiago lhe dá, o prazer de viver de uma forma optimista e assim recupera a sua fé no futuro e num casamento com amor.

Este não é o típico romance época sensual, muito pelo contrário é um romance de época cheio de ternura, carinho e muito amoroso. Cheio de verdade e de uma forte amizade mas acima de tudo ensina-nos a ter esperança em nós e nos outros e no amor.


Gostei muito dos pormenores das  cartas profundas que transmitiam as preocupações da época, a linguagem própria patente nas mesmas, os receios do casamento combinado, os detalhes históricos (ex.: casamento de D. Pedro com D. Estefânia, as febres que atormentavam Lisboa), a forma como o próprio romance entre os noivos se foi desenvolvendo, entre avanços e recuos apaixonantes...

Gostei muito das personagens secundárias como D. Ana, uma boa mulher a quem a sorte não lhe bateu à porta com o seu casamento com D. Miguel. Adorei as cartas que Ester troca com Joana, e tudo que ela conta a sua prima, desde o desamor do seu velho marido, ao amor pelos seus filhos e sua preocupação com a febre. E a espera que ela tem de se livrar do marido cruel, que é tão mau que nem a febre o leva. Será que Ester vai alguma vez saber o que é o amor?

E o casal principal Santiago e Joana conseguiram eles realmente serem felizes?

Pois muitas coisas vão acontecer e apesar da minha opinião ser longa não opinei sobre o final nem de perto nem de longe ;)

Este livro é lindo e tem um final deslumbrante. 
Contudo reflecti como seria ter vivido naquela época, com casamentos feitos pelos pais, a submissão da mulher para com o seu marido, como se lê nas cartas de Ester a Joana. Devem ter sido períodos horrendos, mas pior ainda é saber que em pleno século XXI ainda existem tradições e que são os pais que escolhem o noivo para a filha, nossa senhora até me arrepio.

Adorei o livro, adorei a escrita de Carla M. Soares, aconselho vivamente a sua leitura, é um romance extraordinário.

Já tenho cá em casa um outro livro desta brilhante escritora "O Cavalheiro Inglês", que será lido logo que a minha mente me puxar para lá, mas agora com a certeza que será um excelente livro.

Gostava de deixar aqui os meus parabéns aos escritores portugueses, em particular a Carla M. Soares, e um muito obrigado pela sua gentileza de me retirar a minha dúvida.

Leiam não se vão arrepender é um livro excelente.

Excertos:
«Estava a horas de distância de Lisboa, mas não havia distância para a memória...a não ser a do tempo. Essa talvez lhe trouxesse o esquecimento das coisas que amava. Esperava que sim. Ou que não, sabia lá.» pág.11

«Tinha saudades do seu quarto, forrado a papel florido e tecidos de cores suaves, vindos de França por insistência da mãe. Do seu piano, da biblioteca cheia de livros que só ela lia.» pág.11

«Para onde vamos?, pensava, enquanto avançavam. Para o fim do mundo? Vou viver o resto da minha vida isolada como uma freira?» pág.45

«Nunca fui dada a superstições ou crendices. Creio em Deus, evidentemente, pois o Senhor há de guiar-me nas horas de escuridão, mas não em milagres ou premonições. Creio que, se fosse um homem, seria um homem das ciências. Gostaria de sair pelo mundo a explorar o desconhecido. Quis o azar que nascesse mulher...enfim, isso não faz de mim uma tonta, por muito que meu pai, meu sogro e o meu futuro esposo me tomem como tal...ah, que importa? O que penso pouco interessa, desde que esteja quieta. Seja. Ainda assim, a verdade é que nunca acreditei em sonhos-e sempre os tive.» pág. 47/48

«Joana, tão inteligente, por vezes demasiado madura...por vezes demasiado irreverente... Ah, outras vezes era a sua Joaninha, a mesma que em menina lhe pedia para afastar as bruxas, varrendo-as para fora da sua porta...» pág.74
Boas leituras!

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Minha opinião sobre o livro "Eleanor & Park" da escritora Rainbow Rowell

Eleanor & Park
de Rainbow Rowell
Tradução: Susana Serrão
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 336
Editor: Edições Chá das Cinco
ISBN: 9789897101229
Preço: 15.26 euros

Comecei a ler:26-05-2015
Terminei de ler:27-05-2015

Sinopse:
«Dois inadaptados. Um amor extraordinário.
Eleanor... é uma miúda nova na escola, vinda de outra cidade. A sua vida familiar é um caos; sendo roliça e ruiva, e com a sua forma estranha de vestir, atrai a atenção de todos em seu redor, nem sempre pelos melhores motivos.
Park... é um rapaz meio coreano. Não é propriamente popular, mas vestido de negro e sempre isolado nos seus fones e livros, conseguiu tornar-se invisível. Tudo começa a mudar quando Park aceita que Eleanor se sente ao seu lado no autocarro da escola.
A princípio nem sequer se falam, mas pouco a pouco nasce uma genuína relação de amizade e cumplicidade que mudará as suas vidas. E contra o mundo, o amor aparece. Porque o amor é um superpoder.» retirado do site wook

As duas capas a portuguesa e a estrangeira, das duas eu pessoalmente gosto mais da portuguesa.

Críticas...

«Divertido, cheio de esperança, sensual e verdadeiramente de levar às lágrimas, este romance irá conquistar adultos e jovens.»
Kirkus Review


«Este romance lúcido, sexy e terno vibra de punk rock e amor verdadeiro. Os leitores irão deixar-se arrebatar por Eleanor &Park.»
GAYLE FORMAN, autora de If I Stay e Where She Went
«Nunca vi nada como Eleanor & Park. É uma belíssima história de amor. Relembrou-me o que é ser jovem e apaixonado por uma rapariga, mas também ser jovem e apaixonado por um livro.»

John Green, autor de A Culpa é das Estrelas



«A relação pura, de mãos dadas com o medo, e surpreendentemente madura que Eleanor & Park desenvolvem é urgente e de cortar a respiração...e de nos quebrar por dentro.»

BOOKLIST



«Eleanor & Park é um livro tão bom que corta a respiração, sobre o amor entre dois inadaptados.»

STEPHANIE PERKINS, autora de Anna and the French Kiss e Lola and the Boy Next Door



«Doce, ousado e terno...Rainbow Rowell escreveu uma história inesquecível sobre dois inadaptados que se apaixonam. Esta estreia irá abrir o caminho até ao seu coração e permanecer lá.»

COURTNEY SUMMERS, autora de This is Not a Test e Cracked Up to Be



«Numa singular e surpreendente exploração do amor entre dois miúdos descontextualizados e inadaptados, Rowell mostra-nos a beleza das coisas frágeis e quebradas.»
STEWART LEWIS, autor de You Have Seven Messages

Book trailer...
Minha opinião:
Terminei a leitura deste livro à cerca de uma hora, por isso ainda estou dentro do livro. Ainda estou com Eleanor e Park aqui ao meu lado, ou mesmo dentro do meu coração.

Este é um dos livros mais comoventes e ao mesmo tempo mais revoltantes que li este ano. Adorei a escrita de Rainbow Rowell,o modo como ela conseguiu caracterizar as personagens principais e o meio familiar em que estão inseridas. 
Tenho pena que não tenha mais nenhum livro na nossa língua materna, mas há-de ter, um dia, quem sabe.

Eleanor é uma adolescente inadaptada, ruiva e roliça, que vive no seio de uma família completamente desestruturada. O seu pai à muito que não quer saber dela e dos seus irmãos mais novos. A sua mãe, que segundo Eleanor é de uma beleza estrema vive com um homem, Richie, que  maltrata física e psicologicamente a mãe de Eleanor e toda a família. Constantemente bêbado ou drogado, não dá um minuto de paz emocional naquela casa que tanto precisa de paz. Mas dos filhos todos do primeiro casamento da sua companheira Richie não suporta mesmo é Eleanor, já a colocou fora de casa uma vez, tendo ela ido viver com uma outra família durante um ano. Contudo, depois a sua mãe, que a adora e a tenta proteger do padrasto, foi buscá-la de novo para uma "casa" que mais parecia um casebre. 
Não bastando os problemas que todas as famílias desconectadas têm, Eleanor também é rejeitada na sua nova escola, sendo gozada por ser gorda e ruiva. Ela é uma menina forte interiormente e tenta sempre superar tudo, mesmo sendo vítima de bulling, o que não é referido directamente no livro, mas o comportamento dos colegas levam a concluir exactamente isso.

Park é um jovem coreano, que tem uma família feliz, um pai que ama loucamente a sua mãe. É o único miúdo do bairro que tem os pais juntos, todos os outros têm os pais separados. Só este facto dá a Park uma enorme estabilidade emocional. Ele questiona-se se um dia irá encontrar alguém para toda a vida, assim como os seus pais se encontraram e ser feliz como eles. Park tem um irmão mais novo que fisicamente nada tem a ver com ele sai mais ao lado do pai, e ele sai à mãe que é coreana. Park gosta de música punk e de banda desenhada. Tem amigos agora, mas também já sentiu na pele a rejeição, por ser diferente, por ser coreano.

Quando Eleanor conhece Park, depois de se sentar no autocarro ao lado dele no primeiro dia de escola, Park apercebe-se que ela lê a banda desenhada dele no autocarro então decide emprestar-lhe alguns livros, assim como gravar algumas músicas para ela ouvir. Começam a falar e a conhecerem-se melhor, e acabam por se apaixonar um pelo outro, talvez pelas diferenças, talvez pelo facto de no meio das diferenças serem tão parecidos, quem sabe? É o amor de dois adolescentes, nunca se sabe explicar o amor muito menos nestas idades. 

Contudo as coisas não são fáceis para Eleanor, e o seu namorado Park sofre por ela e com ela. Esta dor está também descrita no livro que nem me atrevo a contar mais nada. Mas é uma dor profundamente angustiante, tremendamente dolorosa. Eleanor tem em Park o seu refugio, o seu primeiro amor, o seu primeiro namorado, é a ele que ela dá o seu primeiro beijo. Park tem em Eleanor a mulher que quer para todo o sempre, aquela que o fará feliz tal como os pais são felizes.

Mas a vida não é um conto de fadas, apesar de nestas idades se pensar que sim, pelo menos Park pensa que sim, Eleanor já sofreu muito na sua vida para acreditar no ...viveram felizes para todo o sempre...

Será que Eleanor está enganada? Afinal existem contos de fadas e a vida dela com Park vai ser um?

Leiam o livro, vão certamente, revoltar-se, angustiar-se, vai cair a lagrimita, vão sorrir, sei lá...eu fiz isto tudo. Mas tenho uma certeza, histórias como a de Eleanor não acontecem só em livros existem muitas Elearnores  por ai em sofrimento, em famílias desestruturadas, com padrastos alcoólicos e drogados, que batem nas suas mães e mal tratam física e psicologicamente as famílias e que no fim saem quase sempre impunes. Foi tendo isto em consideração que me fez apaixonar por esta adolescente poderosa e interiormente forte, assim fossem todas as vítimas destes animais. Desculpem a minha sinceridade, mas como disse no inicio acabei de ler o livro à pouco tempo e ainda tenho os personagens dentro do meu peito.

Espero que leiam o livro e que gostem tanto quanto eu.

Excertos:
«-Acho que nem respiro quando não estamos juntos - sussurrou ela. - Ou seja, quando te vejo na segunda de manhã, passaram tipo sessenta horas desde que ganhei fôlego. Deve ser por isso que estou tão rabugenta e que mando vir contigo. Quando estamos separados, só consigo pensar em ti, e quando estamos juntos, só consigo sentir pânico. Porque cada segundo me parece tão importante. E como estou assim descontrolada, não consigo evitar. Já nem sequer sou minha, sou tua, e se tu decidires que não me queres? Como é que tu podes querer-me como eu te quero?
  Ele ficou calado. Queria que tudo o que ela acabara de dizer fosse a última coisa que ele ouvisse. Queria adormecer ao som de como eu te quero nos ouvidos.» pág.116 / 117

«Quando Eleanor estava perto de raparigas assim - como a mãe de Park, como a Tina, como a maioria das miúdas do bairro -, ficava a pensar onde é que elas guardariam os seus órgãos. Tipo, como é que podiam ter estômago e intestino e rins, e ainda usar calças de ganga tão apertadinhas? Eleanor sabia que era gorda, mas não se sentia assim tão gorda. Sentia os ossos e os músculos logo abaixo da banha, e também eram grandes.» pág.130

«Como ele olha para mim.
Como se fosse apenas uma questão de tempo.
Não é que me queira para isso, não. É como se tivesse a certeza
de que me vai apanhar. Quando não houver mais nada nem
mais ninguém a quem destruir.
Como ele espera por mim.
Como ele sabe sempre de mim.
Como ele está sempre presente. Quando estou a comer.
Quando estou a ler. Quando estou a escovar o cabelo.
Tu não vês.
Porque eu finjo que também não vejo.» pág.288

Boas leituras.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Minha opinião sobre o livro "A Muralha de Gelo" do Escritor George R.R. Martin

A Muralha de Gelo
As Crónicas de Gelo e Fogo - Livro Dois
de George R.R. Martin; 
Tradução: Jorge Candeias
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 416
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896370206
Coleção: As Crónicas de Gelo e Fogo
Preço: 19.03 euros

Comecei a ler:10-05-2015
Terminei de ler:15-05-2015

Sinopse:

«Estes são tempos negros para Robert Baratheon, rei dos Sete Reinos. Do outro lado do mar, uma imensa horda de selvagens organizou-se para invadir o seu reino. À frente deles está Daenerys Targaryen, a última herdeira da dinastia que Robert massacrou para conquistar o trono. E os Targaryen são famosos pelo seu rancor e crueldade... Mais perto, para lá da muralha de gelo que se estende a norte, uma força misteriosa manifesta-se de maneira sobrenatural. E quem vive à sombra da muralha não tem dúvidas: os Outros vêm aí e o que trazem é bem pior do que a própria morte... Ainda mais perto, na Corte, as conspirações continuam. O ódio entre as várias Casas aumenta e desta vez o sangue vai jorrar. E quando parece que nada pode piorar, o rei é ferido mortalmente numa caçada. Terá sido um acidente ou um assassinato? Seja como for, uma coisa é certa: a guerra civil vem aí!» retirado do site wook 

«George R.R. Martin prova porque é o maior escritor de fantasia da actualidade. Com uma imaginação poderosa, escrita inteligente e personagens cativantes, volta a deixar o leitor rendido e a ansiar por mais. Se gosta de um romance histórico épico, de um thriller arrepiante, de uma aventura emocionante, de uma fantasia credível e, em suma, de uma grande leitura... então este livro é para si.» retirado do site wook

Vídeo inside Game of Thrones HD:

Minha opinião: 

Antes de começar a falar propriamente do livro e da saga gostava de referir em jeito de critica que os dois primeiros volumes na versão original, eram só um livro, eu sei que talvez fosse um calhamaço mas certamente seria uma saga mais barata do que é. Pois desta forma, em portugal temos 10 volumes quando em outros países como estados unidos da américa têm cinco volumes. Deixo aqui um pequeno apelo se é que vai dar em alguma coisa, às editoras, ler já é caro e a fazerem jogos destes ainda mais caro é, depois dizem que não se compram livros em portugal. Se os estados unidos da américa que é um conjunto de estados com um nível de vida muito superior ao nosso eles não dividiram o livro inicial, até na inglaterra, não dividiram vão dividir num país como o nosso?!

ATENÇÃO CONTÉM SPOILERS 

Bom o que dizer sobre este segundo volume "A Muralha de Gelo" da saga "As Crónicas do Fogo e do Gelo" de Martin, muito sinceramente não sei o que dizer, a não ser que foi mais um livro brilhante da saga.

Mais uma vez o livro começa com um capítulo brilhante, não desmerecendo os restantes, pois o livro é todo ele brilhante, mas eu gostei especialmente de conhecer melhor esta personagem Daenerys


Do outro lado do mar estreito, longe do continente de Westeros, vai-se desenrolar outra parte importante da saga As Crónicas do Gelo e do Fogo, que tem como protagonista Daenerys Targaryen, também conhecida como Filha da Tormenta. Ela é filha de Aerys II Targaryen, o segundo de seu nome, e antigo rei dos Sete Reinos, conhecido por o Rei Louco. Foi morto por Jaime Lannister durante o Saque de Porto Real.


Daenerys tem um irmão vivo, dado que os outros dois morreram durante o saque a Porto Real, que se chama Viserys Targaryen, chamado o Rei Pedinte, estes são os últimos Targaryens existentes. Após a rebelião de Robert, que acabou por destronar o  Rei Louco, os dois irmãos conseguiram fugira à ira de Robert, e agora andam pelas Cidades Livres em busca de um exército para recuperarem o que eles acham ser deles por direito, o Trono de Ferro em Porto Real.

Daenerys foi acolhida por Illyrio Mopatis, um homem rico da Cidade Livre de Pentos, e prometida a Khal Drogo, um líder guerreiro dos Dothrakis, que em troca do casamento, promete um exército de milhares de guerreiros. 
No casamento de Daenerys, o cavaleiro exilado, Sor Jorah Mormont, promete os seus serviços à nova khaleesi. Como presentes de casamento, o próprio Magíster Illyrio Mopatis oferece três ovos de Dragão para Dany, e ainda três aias, que são elas: Doreah, Irri e Jhiqui. 
Será de salientar que "os Targaryen são sangue do dragão, descendentes dos grandes senhores da antiga Cidade de Valíria, exibindo a sua beleza notável (alguns diriam inumana), com olhos lilás, índigo ou violeta e cabelo de ouro-prata ou branco platinado... O lema dos Targaryen é Fogo e Sangue." pág. 414
Khal Drogo e Daenerys (Dany)
A relação entre Dany e o seu irmão no início é de completa submissão contudo ao longo do desenrolar da história vemos que com o casamento ela começa a bater de frente com o seu irmão, deixando de se mostrar tão frágil e submissa. 
Com o passar do tempo Dany descobre que está grávida, e numa cerimónia na cidade sagrada de Vaes Dohtrak, ela descobre que o seu filho está profetizado a ser o garanhão que irá montar o mundo. É incrível a forma como Martin narra estas tradições, o modo como é feita esta cerimónia é arrepiante e ao mesmo tempo maravilhosa. Esta é uma das partes do livro que mais gostei.

Viserys acaba sendo traído pela sua própria ganância de poder, ao exigir a Khal Drogo que este o coroe, empunhando uma espada, o que quebra as leis dos Dohtrakis da Cidade Sagrada, Drogo acaba por coroá-lo com um banho de ouro derretido, o que acaba por causar a morte imediata do único irmão de Dany.


Drogo nunca mostrou grande interesse em cruzar o Mar Estreito para recuperar o Trono de Ferro, mas após uma tentativa falhada de assassinato de Dany, Drogo muda de opinião e decide fazer a travessia. Contudo, após um saque a uma pequena cidade, Drogo acaba por ficar ferido, e Dany pede para que uma das suas escravas tida como bruxa, feiticeira ou maegi, pelos companheiros do khalasar, trate dos ferimentos do seu marido. No entanto, contra tudo o que era esperado, os ferimentos de Drogo pioram e Dany pede para que a maegi faça um ritual de sangue para salvar a vida do seu Khal. Mas a a maegi, Mirri Maz Duur, trai a confiança de Dany e deixa Drogo em estado vegetativo, além de ter feito Dany perder o seu filho Rhaego.

Khal Drogo e Dany 

Tendo em conta o sofrimento do seu Khal, Dany decide ser ela mesma a matar o Drogo para que ele não sofra mais. Mas isto cria uma revolta por parte do Khalasar que resolve abandoná-la. Perante este acontecimento Dany faz o funeral de Khal Drogo em uma pira (é uma estrutura, em geral feita de madeira, onde se queima o corpo humano como parte de um ritual funerário, também chamada de pira funerária ). Nessa mesma pira Dany sentencia Mirri Maz Duur à morte. Dany entra nas chamas da pira com os três ovos de Dragão acabando por chocar todos.
  
Em Porto Real o rei Robert perdoa Ned pela sua desistência do cargo, e o nomeia novamente como Mão do Rei. Após a volta ao cargo, Ned precisa de se sentar no Trono de Ferro para substituir o Rei pois este foi para a caça. Lord Stark (Ned) vai então ouvir as súplicas do povo, e ao saber dos feitos de Sor Georgor Clegane, A Montanha, nas terras fluviais, Lord Stark envia Berric Dondarrin e Thoros de Myr, além de alguns cavaleiros e membros da sua própria guarda para que o tragam para receber a justiça do rei. Ned também enviou uma carta a Lord Tywin Lannister intimidando-o a comparecer ao Trono de Ferro.

Já no primeiro volume Ned andava a pesquisar um livro que o seu anterior Mão do rei andava a ler antes de morrer, e investigando o livro das casas e suas gerações, Ned acaba por descobrir que os três filhos legítimos de Robert, na verdade são produto de incesto entre a Rainha Cersei e o seu irmão gémeo, Sor Jaime Lannister. Ned chama a rainha e confronta-a com tal fato e ela admite ser verdade e ele diz que irá contar ao rei sobre a sua descoberta, e que o melhor é que ela fuja antes que a fúria do rei Robert a alcance. 

Neste segundo volume que começam as lutas, e diga-se de passagem que não são poucas, Martin não poupa o leitor aos pormenores surdidos, muitas cabeças cortadas, muito sangue e muitas mortes. Mas as guerras são mesmo assim, cheias de sangue e de mortes. Neste volume ocorre a morte do rei dos Sete Reinos, Robert Baratheon e por consequência temos as disputas pelo trono.


Ao saber que o rei Robert morreu, Ned convoca o pequeno conselho. Ele fica a saber que Renly Baratheon fugiu de Porto Real junto com Sor Loras Tyrell, o Cavaleiro das Flores. Ned pede a Sor Barristan que leia o documento que o rei no seu leito de morte pediu para Ned escrever e que o rei assinou, nomeando Ned como Protector do Reino. Logo de seguida Ned é convocado à sala do trono pelo rei Joffrey e a rainha Cersei. Esta rasga a carta que o rei tinha pedido para Ned escrever e ordena que Ned seja preso por trair a rainha e o atual rei.


Agora sim vamos entrar na verdadeira luta pelo Trono de Ferro, isto porque Robb Stark ao saber da prisão do seu pai, reúne os seus vassalos que tinham juramentado à casa Stark para investir contra a casa Lannister e o cerco que se fechou ao redor de Correrrio, Castelo da casa Tully. Para chegar ao Correrrio Catelyn Stark tem que fazer um acordo com Lord Walder Frey, o Senhor da Travessia, que governa as Gémeas. O acordo implica as condições de casamento de Robb Stark e de Arya Stark com filhos do mesmo. Após o acerto do acordo, Robb Stark e o seu exército deslocam-se em direção aos exércitos de Lannister e após um plano muito bem elaborado, eles conseguem quebrar as três divisões Lannister que cercavam o Correrrio e também capturam Jaime Lannister.

Jaime Lannister 


Jaime Lannister prisioneiro



















Robb Stark



Pouco ou nada falei de Sansa Stark e Arya Stark, pois neste segundo volume o papel delas é pouco ou nada desenvolvido, daí não me referir muito a estas personagens, contudo tenho a certeza que nos próximos livros desta saga devem dar muito que falar.

Em relação a Ned Stark ou Eddard Stark que é a mesma personagem, ele está preso numa masmorra e é aconselhado por Lord Varys, conhecido como A Aranha, a assumir a traição para desta forma poder preservar a vida das suas filhas. Ao ser levado para o septo de Baelor para confessar os seus crimes, Ned opta pela segurança das suas filhas e assume a traição, que nunca foi feita na realidade, pedindo misericórdia. Infelizmente o Rei Joffrey Baratheon não tem misericórdia e manda decapitar o traidor, enquanto isso, Sansa Stark observa e assiste a tudo.

Na Patrulha da Noite Jon, O bastardo, é nomeado intendente o que o deixa muito revoltado, mas vai ser intendente do Senhor Comandante Jeor Mormont, que inclusive acaba por lhe dar a sua espada passada de geração em geração chamada Garralonga.
Jon Snow
Em jeito de resumo temos no final desta leitura Robb Stark nomeado Rei do Norte, pelos seus vassalos em juramento. Tyrion é mandado para Porto Real para servir como nova Mão do Rei. Jon Snow é convocado para ir atrás do paradeiro do seu tio Benjen Stark que está desaparecido, e também descobrir o que está a acontecer para lá da muralha. Arya Stark consegue fugir de Porto Real com Yoren da Patrulha da Noite. Sansa Stark fica  em Porto Real como cativa e ainda prometida ao Rei Joffrey. Bran Stark continua em Winterfell assumindo o papel de Lord de Winterfell. Daenerys Targaryen termina com os seus três novos dragões nascidos.


Uma imagem vale mais que mil palavras e quando encontrei esta imagem ela traduziu exatamente o que eu sinto que o escritor faz com as personagens da saga, cria personagens incríveis pelas quais nos apaixonamos e depois cria um enredo de tal forma bem estruturado, que acaba por levar à morte dessas personagens. Ele tal como no carton brinca com a vida e a morte das personagens mas não deixa tiras soltas tudo fica muito bem contado e enredado. O que é mais um ponto a favor deste escritor brilhante. 

Boas leituras ... não deixem de ler esta saga é uma delicia para a alma.

domingo, 10 de maio de 2015

Minha opinião sobre o livro "Amor por Encomenda" da escritora Catherine Mckenzie

Amor por Encomenda
de Catherine McKenzie
Edição/reimpressão: 2015
Páginas: 320
Editor: TopSeller
ISBN: 9789898491817
Preço:14,93 euros
Comecei a ler:08-05-2015
Terminei de ler:09-05-2015
Sinopse:

"Anne Blythe tem razões para sorrir: acaba de receber uma aliciante proposta para publicar o seu primeiro livro. Mas no que toca a relações amorosas, a situação é muito pouco animadora. Após mais um relacionamento falhado, Anne encontra na rua um cartão de uma empresa que ela julga ser de promoção de encontros românticos. Interpretando-o como um sinal, acaba por guardá-lo.
Farta de ver as pessoas à sua volta felizes no amor, Anne decide, num impulso, experimentar a empresa que a poderá ajudar a encontrar, finalmente, o homem da sua vida. Mas esta empresa não é bem o que parecia.
Trata-se afinal de um sofisticado — e caro — serviço que proporciona aos seus clientes um casamento arranjado, com tudo incluído. Anne começa por rejeitar a ideia, mas quanto mais pensa no assunto mais entusiasmada fica. Se os casamentos arranjados resultam para milhões de mulheres em todo o mundo, porque não haveria de resultar com ela? Além disso, o serviço afirma que só fracassou em 5 por cento dos casos.
Meses depois, Anne encontra-se num resort mexicano pronta para casar com Jack, o seu «par perfeito». E tudo parece correr bem. Mas será possível encomendar o amor verdadeiro?" retirado do site wook

Críticas de imprensa...
«Uma história divertida e imparável sobre uma mulher que procura o amor e o casamento, não necessariamente por essa ordem.»
Elle

«Um romance feminino para mulheres reais, que apresenta uma astuta protagonista marcada pelo falhanço amoroso. O humor varia entre o sarcasmo mais agudo e a farsa, e a voz da narradora é contagiante. Uma nova autora a ter em conta.»
Booklist

«Catherine McKenzie explora com mestria o que faz funcionar um casamento e aquilo que as pessoas estão dispostas a fazer para encontrar o verdadeiro amor.»
Publishers Weekly

Book trailler:

Minha opinião:
Mais uma nova escritora que entra directamente para o role das minhas favoritas do ano 2015. Pois devem estar a pensar todas as escritoras vão para o role das preferidas deste ano, se tiver de ser é.
Adorei a forma simples da sua escrita, os diálogos, o tema do livro é muito engraçado e ainda se torna mais pela forma como a autora o aborda.

A protagonista do livro é Anne Blythe, uma mulher de 33 anos realizada em termos profissionais mas que tem graves problemas em no que diz respeito aos seus assuntos amorosos. Anne apaixona-se sempre pelo mesmo tipo físico de homem, todos do tipo Pierce Brosnan, e infelizmente, pelo mesmo tipo intelectual, egocêntricos e imaturos, que não levam as relações demasiado a sério, ao contrário dela, que se entrega por completo nas suas relações. Ou seja, ela teve quatro relacionamentos, todos eles com homens lindos de morrer, mas nenhum deles funcionou. 
Anne procura nas suas relações o seu príncipe encantado, mas esquece-se que na vida real não existem esse tipo de homens, então acaba sempre por sofrer imenso e por se culpabilizar por as relações não darem certo. 
Um dia ela vai a caminho de um encontro com a sua melhor amiga, Sarah, e encontra no chão um cartão de visita que diz: 

Blythe & Company
 Relacionamentos Arranjados
4300, Cunningham Street
20.º andar
(555) 458-4239

Anne mete o cartão ao bolso e não pensa mais nisso, até ao dia em que a sua melhor amiga diz que vai casar. Ai Anne sente-se completamente só e vê todos em seu redor casados e com filhos. É quando decide ligar para a Companhia de Relacionamentos Arranjados.
Pois bem, agora resta saber se funcionou ou não...e se funcionou se correu bem ou não...isso não vos posso contar, têm que ler o livro, mas vale a pena acreditem. Muita água vai correr até ao final do livro.
Só uma coisinha para abrir o apetite, Anne só conhece o seu futuro marido no dia antes do casamento...hum mm.

Interessante, intenso, fez-me rir, fez-me chorar, enfim é um livro que tem todos os condimentos necessários para ser considerado um excelente livro.

P.S. O nome dela é Anne e do irmão é Gil, pois a mãe deles é obcecada pelo livro "Anne dos Cabelos Ruivos".

Espero que leiam o livro e que gostem tanto como eu gostei, é uma leitura bem leve mas que para mim me trouxe uma torrente de emoções.

Excertos:
«A regra dos meus pais é que temos de ter três encontros com uma pessoa antes de a descartarmos para sempre. Porquê? Porque eles tiveram dois encontros horríveis, e foi só no terceiro que encontraram o seu ritmo. Eu sempre partira do princípio de que a minha mãe continuou a ir aos encontros por causa do apelido do meu pai (ela podia casar com um homem chamado Blythe, tal como a Anne dos Cabelos Ruivos!) e o meu pai continuou a sair com ela porque a minha mãe era a mulher mais gira que alguma vez saíra com ele.» pág.75

«Agora não quero, como diriam os meus filhos, que vocês se passem. Parecem mesmo ter criado uma espécie de ligação, e por isso é encorajador. Vão precisar de uma ligação para enfrentar esta experiência única em conjunto. Mas se continuarem a ressentir-se da minha orientação e a ignorar os meus conselhos, isto não vai acabar bem.» pág.140

«...então estamos a caminho de Coba, o local da pirâmide maia mais alta na península do Iucatão. - Ele pronuncia a palavra «maia» da mesma maneira que Pumas: Maaaiiiaaa. - As pessoas pensam que a pirâmide de Chichén Itzá é a mais alta, mas estão enganadas.» pág.174

« - Está enganado. Eu preciso de ajuda.
Ele parece firme.
  - Não, não precisa. Só precisa de ser honesta consigo mesma sobre o tipo de vida que quer. E quando fizer isso, saberá o que quer e como consegui-lo.» pág.282

Boas leituras.