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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

80 # Opinião | "Mulheres da minha alma" de Isabel Allende

 

Sinopse:
«Cada ano vivido e cada ruga contam a minha história.»
Isabel Allende percorre os labirintos da memória e oferece-nos um emocionante testemunho sobre a sua relação com o feminismo e a sua condição de mulher.

Em Mulheres da minha alma, a autora chilena convida-nos a acompanhá-la nesta emocionante viagem, em que revisita a sua ligação ao feminismo, desde a infância até aos dias de hoje. Recorda algumas mulheres incontornáveis na sua vida: Panchita, Paula e a agente Carmen Balcells, cuja ausência chora ainda hoje; escritoras de nomeada como Margaret Atwood; jovens artistas que trazem na pele a rebeldia das novas gerações; mulheres anónimas que sofreram na pele a violência de género e, com dignidade e coragem, se levantam e avançam. Todas elas a inspiram e a acompanham ao longo da vida: as mulheres da sua alma.

Reflete, ainda, sobre as mais recentes lutas sociais, nomeadamente as revoltas no seu país de origem e, claro, sobre este novo contexto que o mundo atravessa com a pandemia. Tudo isto sem deixar de manifestar a sua inconfundível paixão pela vida e a sua crença em que, independentemente da idade, há sempre tempo para o amor.

Opinião:
Começo por agradecer à Porto Editora pelo envio desta obra.
Apesar de só ter lido um livro de Isabel Allende, que foi "Paula", confesso que tenho uma enorme admiração pela escrita da mesma.
Este é um livro de não-ficção que fala de mulheres fortes que fizeram parte da história de vida da escritora. Com a abordagem das mulheres da sua alma (tal como refere o título), Isabel Allende aborda temas como o feminismo, machismo, patriarcado. O livro faz referencia a uma personagem de um outro livro desta escritora que é a Eliza Sommers, que é pelo que eu entendi a personagem principal do livro A Filha da Fortuna (lançado em 1999), eu fiquei com muito curiosa pois gostei da pequena caraterização que a narradora faz da personagem (certamente vou ler em 2021). Aliás este livro faz referencia a muitos dos cerca de 20 livros da escritora.
Tal como aconteceu com o livro "Paula", este livro deu-me a conhecer a vida da escritora, deste Panchita, mãe de Isabel. Ao longo do livro todo o enredo familiar e social  da escritora.

Excertos:
"Em que consiste o meu feminismo? Não é o que temos no meio das pernas, mas entre as duas orelhas. É uma postura filosófica e uma sublevação contra a autoridade do homem. É uma forma de entender as relações humanas e de ver o mundo, uma aposta na justiça, uma luta pela emancipação de mulheres, gays, lésbicas, queer (LGBTIQ+), todos os oprimidos pelo sistema e os demais que se queiram juntar. Bem-vind@s, como diriam as jovens de hoje: quantos mais formos, melhor." (pág. 17,18)

Classificação de 5 estrelas no Goodreads.

Excelentes leituras!

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