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domingo, 20 de junho de 2021

125 # Opinião | "A grande solidão" de Kristin Hannah

 

Sinopse:
"1974, Alasca. Indómito. Imprevisível. E para uma família em crise, a prova definitiva. Ernt Allbright regressa da Guerra do Vietname transformado num homem diferente e vulnerável. Incapaz de manter um emprego, toma uma decisão impulsiva: toda a família deverá encetar uma nova vida no selvagem Alasca, a última fronteira, onde viverão fora do sistema. Com apenas 13 anos, a filha Leni é apanhada na apaixonada e tumultuosa relação dos pais, mas tem esperança de que uma nova terra proporcione um futuro melhor à sua família. Está ansiosa por encontrar o seu lugar no mundo. A mãe, Cora, está disposta a tudo pelo homem que ama, mesmo que isso signifique segui-lo numa aventura no desconhecido. Inicialmente, o Alasca parece ser uma boa opção. Num recanto selvagem e remoto, encontram uma comunidade autónoma, constituída por homens fortes e mulheres ainda mais fortes. Os longos dias de verão e a generosidade dos habitantes locais compensam a inexperiência e os recursos cada vez mais limitados dos Allbright.
À medida que o inverno se aproxima e que a escuridão cai sobre o Alasca, o frágil estado mental de Ernt deteriora-se e a família começa a quebrar. Os perigos exteriores rapidamente se desvanecem quando comparados com as ameaças internas. Na sua pequena cabana, coberta de neve, Leni e a mãe aprendem uma verdade terrível: estão sozinhas. Na natureza, não há ninguém que as possa salvar, a não ser elas mesmas. Neste retrato inesquecível da fragilidade e da resiliência humana, Kristin Hannah revela o carácter indomável do moderno pioneiro americano e o espírito de um Alasca que se dissipa - um lugar de beleza e perigo incomparáveis. A Grande Solidão é uma história ousada e magnífica sobre o amor e a perda, a luta pela sobrevivência e a rudeza que existe tanto no homem como na natureza." retirado do Goodreads

Opinião:
O primeiro livro que eu li da escritora Kristin Hannah, foi em outubro de 2019, e intitula-se "Segredos de Família", na altura gostei, atribuí 4 estrelas e foi uma leitura bem prazerosa. 
"A grande solidão" foi uma leitura maravilhosa, agora compreendo todo o furor que se faz em volta desta escritora.
O enredo deste livro desenrola-se no Alasca, facto que só por si me fascinou bastante.
Ernt Allbright não é o mesmo desde que voltou da guerra do Vietnã. Cora, esposa de Ernt, e sua filha Leni sentem saudades da pessoa que ele foi um dia. Ernt vive atormentado pelos horrores da guerra e a esposa e a filha vivem como um medo constante, tendo sempre muito cuidado com o que dizem e o que fazem para não o incomodar e desta forma provocar mais conflitos. Uma carta muda a vida dessa família. Um companheiro de guerra, já falecido, deixa terras no Alasca para a família Allbright e essa é a oportunidade que Ernt esperava. Cora e Leni ficam apreensivas com a mudança, mas até mesmo elas acreditam que um novo cenário poderá ajudá-los.
A história é relatada pelos olhos de Leni e a cada capítulo  que avançamos, também avançamos  no tempo de acordo com a necessidade da história se desenvolver. O livro desenrola-se em três épocas distintas, 1974, 1978 e 1986. 
Ao longo da leitura, apercebemo-nos do dilema em que Leni vive, por um lado ela tenta ajudar a sua mãe dos abusos do pai, mas ela também tem de se salvar a si mesma. Enquanto fui lendo o livro fui sentindo a dor dela, a anestesia da sua mãe e o amor doentio que liga os seus pais. A dor e a violência em que aquelas duas pessoas vivem, nas mãos de um homem que também sofre (não justificando o seu caracter abusivo e desestabilizador), antes de ir para a guerra ele era um homem feliz e eram uma família feliz.
Confesso que já tinha ouvido muitas opiniões boas sobre este livro, mas nunca pensei que me ia apaixonar por esta leitura, pela história, pelas personagens, por tudo...este livro é brilhante!
Já é um dos favoritos do ano de 2021, com toda a certeza.
Aconselho vivamente a sua leitura...
Classificação de 5 estrelas no Goodreads.
Boas leituras 💓

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