Páginas

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O escritor_ Sérgio Godinho_

Sérgio Godinho

Sérgio Godinho nasceu em 1945 no Porto. Partiu de Portugal com 20 anos, recusando assim fazer a guerra colonial. Viveu durante nove anos em Genéve, Paris, onde integrou o elenco da comédia musical "Hair", Amesterdão, Brasil, onde se juntou ao grupo de vanguarda "Living Theater" e Vancouver. O seu primeiro LP "Os Sobreviventes" foi gravado em França, em 1971, com músicos franceses e a colaboração de alguns portugueses então radicados em França. Gravou também no exílio o álbum "Pré-Histórias". Estes dois discos, premiados pela Casa da Imprensa, foram sucessivamente proíbidos e autorizados pela censura de então. Tendo regressado a Portugal após a revolução democrática do 25 de abril de 1974, Sérgio Godinho tornou-se autor de algumas das canções mais unânimemente aclamadas da música portuguesa - "Com Um Brilhozinho Nos Olhos", "O Primeiro Dia", "É Terça-Feira", apenas para citar três. Em 1983, no seu álbum "Coincidências", incluiu temas compostos em parceria com alguns dos mais reputados músicos brasileiros - nomes como Chico Buarque, Ivan Lins ou Milton Nascimento - algo até então inédito na produção musical portuguesa. Nos seis anos que se seguiram, Sérgio Godinho gravou mais três álbuns de originais - "Salão de Festas", "Na Vida Real" e "Aos Amores" tendo entre outras atividades realizado centenas de espetáculos pelo país e no estrangeiro, atuando em algumas das mais famosas salas de espetáculos portuguesas. Em 1990 voltou à música com o espetáculo "Sérgio Godinho, Escritor de Canções", onde revisitou as suas músicas sob uma nova perspetiva - apenas dois músicos acompanhantes e num auditório mais pequeno, neste caso o Instituto Franco-Português, onde fez 20 espetáculos de grande êxito. Desses espetáculos saíu o álbum ao vivo "Escritor de Canções". Foi autor da série "Luz na Sombra", seis programas sobre intervenientes importantes das profissões menos conhecidas do mundo da música: letristas, técnicos de som, produtores, etc.; série essa exibida na RTP 2 no verão de 1991. Em janeiro de 1992, realizou três filmes de ficção, de meia hora cada, com argumento e música igualmente seus. Estes filmes, com o título genérico de "Ultimactos", foram produzidos para a RTP, que os exibiu em 1994. Escreveu ainda "O Pequeno Livro dos Medos", obra infanto-juvenil, que também ilustrou. Voltou à música em 1993 com o disco "Tinta Permanente" e o espetáculo "A Face Visível", ambos merecedores dos maiores elogios da crítica e do público. Em novembro de 1995 é editado o disco "Noites Passadas" que foi gravado ao vivo em três espetáculos realizados no Teatro S. Luiz em novembro de 1993 e no Coliseu de Lisboa em novembro de 1994. Foram espetáculos que alcançaram grande êxito, tendo o Coliseu sido considerado um dos melhores espetáculos de sempre da carreira de Sérgio Godinho, alcançando um enorme sucesso de crítica e público. Em junho de 1997 é editado o disco "Domingo no Mundo", disco que conta com a participação de músicos e arranjadores de diferentes áreas musicais: (Pop, Rock, Popular, Erudita, Jazz). Este disco foi apresentado com enorme êxito no teatro Rivoli do Porto e no Coliseu de Lisboa, nos espetáculos de nome "Godinho no mundo". Em 1998 foi editado o álbum "Rivolitz", gravado ao vivo nos espetáculos do Teatro Rivoli e no Ritz Clube, em Lisboa, com uma formação de 10 músicos no primeiro de 3 no segundo. Recebeu inúmeros prémios pelos seus discos, pela sua poesia, pela sua música, pelos seus espetáculos. Em 2000 Sérgio Godinho volta com o seu mais recente disco "Lupa", com dez canções originais e produção de Helder Gonçalves e Nuno Rafael. "Dancemos no Mundo" e "Bem-vindo Sr. Presidente" fazem já parte da lista das melhores de sempre. O disco é apresentado ao vivo, em novembro desse ano, com dois espetáculos em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, e um no Coliseu do Porto, tendo os três concertos obtido um grande sucesso. 2001 é o ano dos 30 anos de carreira. O aniversário é marcado pela edição três CDs. Dois dos discos são lançados em 2001 ("Biografias do Amor", uma coletânea de canções de amor e "Afinidades", uma gravação do espetáculo em conjunto com os Clã) e o terceiro, lançado em 2003, onde Sérgio Godinho junta alguns amigos com quem partilha 15 canções. Entre muitos outros artistas participam neste disco Camané, Da Weasel, Jorge Palma, Teresa Salgueiro, Xutos e Pontapés e alguns grandes nomes da música popular brasileira. Gravou os seguintes álbuns: 1971 - Os Sobreviventes 1972 - Pré-Histórias 1974 - À Queima-Roupa 1976 - De Pequenino Se Torce O Destino 1978 - Pano Cru 1979 - Campolide 1980 - Canto da Boca 1980 - Kilas o Mau da Fita 1983 - Coincidências 1984 - Salão de Festas 1985 - Era Uma Vez Um Rapaz 1987 - Na Vida Real 1988 - Sérgio Godinho Canta com Os Amigos do Gaspar (Infantil) 1989 - Aos Amores 1990 - Escritor de Canções (ao vivo) 1993 - Tinta Permanente 1995 - Noites Passadas (ao vivo) 1997 - Domingo no Mundo 1998 - Rivolitz (ao vivo) 2000 - Lupa 2001 - Afinidades 2001 - Biografias do Amor 2003 - Irmão do meio Tem ainda editados a banda sonora do filme "Kilas, O Mau da Fita" (1980), e várias coletâneas das quais se destaca "Era Uma Vez Um Rapaz" (1985) e o álbum para crianças "Sérgio Godinho Canta com os Amigos do Gaspar" (1988).
(retirado do site wook)

2 comentários:

  1. Eu era fã incondicional de Sergio Godinho. O meu irmão mais velho tem os discos todos dele, por isso fui habituada a gostar de Sergio Godinho. O 1º espetaculo que fui ver no Coliseu do Porto foi de Sergio Godinho. Há bem pouco tempo cruzei-me com ele e não resisti, meti conversa e fiquei tão triste tão desiludida, pela sua arrogancia, pela sua altivez que fiquei doente, pois eu desde criança que o adorava! Que má educação! Horrivel mesmo! Enquanto não curar o meu coração não vou ler Sergio Godinho.
    Bjs
    (eu sei que sou uma chata!!!)
    Dulce Barbosa

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Amiga Dulce,
      Engraçado tinha uma ideia contrária dele, ainda bem que partilhas essa tua experiência aqui no blog, quem vê caras não vê corações. Um que me desiludiu muito foi o Vitorino, um bom cantor mas sem qualquer tipo de simpatia.
      Beijinhos e boas leituras;)

      Eliminar