Páginas

quarta-feira, 27 de julho de 2011

"A Contadora de Filmes" de Hernán Rivera Letelier


Título original:"La Contadora de Películas"
Título em Portugal:"A Contadora de Filmes"
Autor: Hernan Rivera Letelier
1.ºEdição: Fevereiro 2011
Páginas: 88
Editor: Editorial Presença
ISBN9789722344791
Colecção: Grandes Narrativas
Tradutora: Regina Louro

Sinopse:
"Quando María Margarita ganha aos quatro irmãos um concurso inventado pelo pai, inválido devido a um acidente, que consistia em saber quem contava melhor um filme depois de o ter visto, o que começa por ser um ritual familiar rapidamente acaba por se tornar um acontecimento em toda a povoação, à medida que os relatos da contadora de filmes ganham fama e um público cada vez maior os aguarda, impaciente. Através da história desta «fazedora de ilusões», Hernán Rivera Letelier capta a vida no deserto chileno nos tempos áureos do cinema, criando um romance encantador na simplicidade e contundência." (retirado da contracapa)
«Esta é a história de María Margarita, uma rapariga que revela um dom especial para narrar as histórias dos filmes a que assiste. Sempre que estreia um novo filme na cidade, toda a população contribui para pagar um bilhete de cinema a Margarita. Depois do filme, a jovem conta o que viu, de uma forma apaixonada, encarnando as personagens e transmitindo as imagens, a música e toda a emoção do cinema. É então que   passa   a ser   conhecida como  a Contadora de Filmes. Hernán Rivera Letelier foi o vencedor do prémio Alfaguara 2010, com  a obra  El Arte de la Ressurección, um   dos   mais    prestigiados galardões literários de língua castelhana. No Chile, o seu país de origem, é um dos escritores com maior êxito.» (retirado do site wook)

Excerto:

«Somos feitos da mesma matéria de que são feitos os sonhos.»
SHAKESPEARE

«Somos feitos da mesma matéria de que são feitos os filmes»
HADA DELCIA ( menina que contava filmes)
«Como lá em casa o dinheiro andava a  cavalo e nós a pé, quando chegava à Mina algum filme que o meu pai - só pelo nome do actor ou da actriz principal - achava que era bom, juntavam-se as moedas uma a uma, à justa para o bilhete, e mandavam-me ir vê-lo. Depois, à vinda do cinema, eu tinha de o contar à família reunida em pleno na divisão do living» (Retirado da contracapa)

«Por essa altura, descobri que toda a gente gosta que lhe contem histórias. As pessoas querem sair por um momento da realidade e viver os mundos de ficção dos filmes, dos folhetins de radiofónicos, dos romances. Até gostam que lhes contem mentiras, se as mentiras forem bem contadas. Daí o êxito dos vigaristas hábeis no falar." (retirado da página 63 deste livro)

Retirado do site wook
Sobre o autor, Hernán Rivera Letelier:

Hernán Rivera Letelier nasceu no Chile em 1950. Catapultado para a fama com o romance A Rainha Isabel Cantava Rancheras, é autor de diversos romances multipremiados que se encontram publicados em vários países. Em 2001 foi nomeado Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras pelo Ministério da Cultura de França.

Outras Obras literárias:

"A Rainha Isabel Cantava Rancheras" (publicado em Portugal pela editora Livros Quetzal , "Malarrossa" (não publicado em Portugal) e  "A Arte da Ressurreição" (publicado em Portugal pela editora objectiva).

Minha Opinião:

Este é daqueles livros que li e me entrou pelas entranhas, se é que me faço entender. É uma obra literária uma verdadeira obra. A simplicidade com que é relatada toda a história de María Margarita é magnífica.
Existem livros que com 500 páginas não me tocam como este me tocou. As emoções estão relatadas neste livro de uma forma única e sublime. 

Esta é a história de uma menina que foi "forçada" a crescer, num mundo em que a imagem era a sua maior amiga. María ia ao cinema, com os poucos tostões que a família podia poupar, e quando regressava a casa cumpria o ritual, beber um chã e depois ir para o chamado living contar, teatralizar e vivênciar  tudo aquilo que tinha visto no cinema. 
No seio de uma família extremamente pobre María rapidamente tornou-se a fonte de sustento para um pai acamado e alcoólico e para os seus quatro irmãos. Com o passar do tempo María não só contava os filmes em sua casa como também ia contar à casa de quem a quisesse ouvir. Foi assim que María acabou por ir parar à casa de um homem que não queria só a inocência das histórias da contadora de filmes mas queria a mais pura das inocências de uma criança de 12 anos. A vida de María muda por diversas vezes, quando a sua mãe abandona o pai e os filhos, quando se torna a contadora de filmes, quando é violada, quando o pai morre, quando o seu irmão é preso por ter morto um violador, quando o seu outro irmão foge com uma viúva, quando o seu terceiro irmão morre e quando ela deixa de ser contadora de filmes e passa a trabalhar e é a amante assumida de um homem quarenta anos mais velho, que era o dono da casa onde ela vivia e que ela suspeitava ter sido amante da sua mãe. Mas a maior de todas as mudanças a mais profunda é a chegada da televisão. 
Uma história contada de uma forma simples e bela. Gostei muito.
Boa leitura;)

terça-feira, 26 de julho de 2011

Reler..."Hex Hall" de Rachel Hawkins

Nunca pensei voltar a ler este livrinho, pois na altura quando o li pela primeira vez achei que não ia continuar a ler a saga. Ontem quando andava eu a deambular pela biblioteca fiquei a saber que já tinha saído o segundo volume da série de Rachel Hawkins _ Hex Hal_. Claro que pensei logo olha aqui está um belo livrinho para eu ler durante as férias. Contudo e como a minha memória me prega grandes partidas decidi que iria reler o primeiro volume, com o qual me diverti bastante e depois leio o segundo volume. 
Assim avivo a memória com a primeira leitura e entrarei certamente melhor no segundo volume, que se intitula "Vidro Demónio". Gostava de referir que fiquei muito admirada com a mudança do estilo da capa, talvez mais assustador, até mesmo não tão infantil. Agora resta saber se é uma questão de marketing ou se a história evoluí para algo mais sério.
De qualquer das formas vou ler estes dois livrinhos nas férias, porque tenho a certeza de que vou adorar. 
Dois livros para a mala já estão escolhidos;)
Boa leitura!

domingo, 24 de julho de 2011

Um adeus sentido e sofrido...até breve Amy Winehouse!

Não é característica minha referir ou homenagear aqui neste meu cantinho seja quem for, contudo não posso nem quero deixar passar em branco o desaparecimento de uma das melhores vozes se não mesmo a melhor voz do século XXI.

Quero recordar a tua pessoa pelo que ela deixou de melhor, a tua voz. As encruzilhadas da tua vida encaminharam-te para um fim que nem tu o podias advinhar. Esqueceste-te de ti e do valor que tinhas, pois só assim foste colocando  em cada dia que passava um leve e pequeno fim do teu presente. Talvez não tenhas tido as pessoas certas em teu redor, mas essa escolha foi unicamente feita por ti, ninguém obriga alguém a fazer o que tu fizeste contigo. Destruiste-te aos poucos e a decadência do teu estado era notória, porquê? o que te levava a fazer isso? saberias realmente o que estavas a fazer contigo? aquele que amavas, amar-te-ia na realidade? Ninguém sabe dar uma resposta a isto só tu poderias ter respondido a isto e muito mais a ti própria. Custa saber o quanto deves ter sofrido, pois no meio desses teus loucos e longos devaneios acredito, quero acreditar que tiveste vontade de mudar, que vieste a ti com a pura consciencia de que esta seria a última dose. Depois tudo seria diferente, farias uma cura e tudo voltaria a ser como no inicio. Esqueceste de não te esqueceres de ti. Esqueceste que quem caminha por atalhos nunca chega a bom porto. Mas houve uma coisa muito importante que nunca te devias ter esquecido, uma pessoa fundamental na tua vida_TU.
Agora já não existe nada que se possa fazer o destino, foi traçado por ti. Talvez...talvez se... quem sabe o que poderia não ter permitido tão triste mas previsível desfecho.
A maior homenagem que uma simples fã pode fazer é .... ouvir Amy Winehouse. Obrigada por teres existido.
ADEUS OU ATÉ BREVE....PARA SEMPRE NO MEU CORAÇÃO.

Mala para férias ufa.... que livros levar?

Pois é vou de férias no dia 31 de Julho, eu sei ainda falta uma semanita mas tenho que fazer as malas com tempo para que depois não me falte nadinha. Entro em "paranóia" se me falta alguma coisa quando estou fora de casa. Já tenho tudo arrumadinho na mala, roupinhas, sapatinhos, produtos de higiene e até medicamentos para uma emergência. Mas o meu maior problema é sempre o mesmo...QUE LIVROS VOU LEVAR COMIGO?????? 
Retirada da internet
Isto é um dilema enorme nunca sei quantos livros levar (15 dias) nem de que género. Uma coisa eu sei vou levar o computador...e vou levar o livro que estiver a ler no momento....
Romance histórico, romance policial, romance erótico, sobrenatural, anjos, demónios, vampiros, diários, contos....ufa, ufa como me vou safar... 
Ainda para mais em férias eu costumo ler muito mesmo muito....ai ai ai ai ai o que hei-de fazer...

Quantos livrinhos costumam levar de férias e quais os géneros que escolhem...;( será que me podem ajudar???

Beijocas ;)
Boa leitura....
P.S. Quando tiver a minha escolha literária feita para as minhas férias venho aqui dizer, ok?

sábado, 23 de julho de 2011

Aquisições de Julho...

Este foi um mês de algumas aquisições, até porque já começaram muitas rebaixas...sim os livros agora também estão em saldos. Acho muito bem que assim seja, pois já que têm o imposto como uma peça de roupa também devem estar em saldos, esta é a minha opinião e vale o que vale. Bom mas agora vamos ao que interessa.O balanço das aquisições feitas ao longo do mês de Julho vai ser já elaborado dado que não vou adquirir mais nenhum livrinho este mês e muito sinceramente acho que no próximo também não. Mas como vou ter a feira do livro aqui pertinho do local onde vivo não sei, pelo menos a ideia é não adquirir mais até Setembro. Vou dar férias à minha carteira, ups que bem precisa ;)

Uma das aquisições deste mês já foi lida e opinada...que é, nada mais nada menos, "O Último Livro" de Zoran Zivkovic, que como podem verificar pelo meu comentário é um livro magnífico.
Outra aquisição feita e que faz muito tempo que era desejada, logo era ultra-desejada é:
"O Rapaz do pijama às riscas" um livro de John Boyne e que faz parte do Plano Nacional de Leitura.
Um livro que já foi adaptado ao cinema mas que eu fiz questão de ainda não o ter visto filme exactamente para ler o livro primeiro. O único facto que me foi relatado sobre o filme são as conversas entre um menino que está num campo de concentração e um menino alemão. Facto esse que também é perceptível atravesses da bela capa.
Custo:7,50 euros (este livro tem um preço mais baixo por fazer parte do LER + do Plano Nacional de Leitura)


Outra aquisição feita corresponde a um livro também ultra-desejado e que tenho vindo a adiar a sua aquisição, mas dado que estava com um desconto de 40% aproveitei para fazer a sua aquisição e quase de certeza será uma das leituras de Agosto.
O que me fascinou neste livro e que me levou a comprar foi o tema ser centrado numa biblioteca. Espero não me desiludir... mas daqui a nada coloco a minha opinião aqui no site.




Por fim e já achando que as aquisições estavam a ser mais que muitas, comprei um livro que nunca tinha lido nada sobre ele, e que me atraiu desde logo porque como sou fã do Harry Potter e na capa deste livro diz isto:"O Clã da Loba, a alternativa catalã a Harry Potter". Foi esta frase que me fez adquirir este livrinho. Devo confessar que estou desejosa por concretizar a leitura, mas não quero criar grandes expectativas, para não apanhar uma desilusão daquelas.
Foram estas as aquisições de Julho agora novas aquisições só lá para Setembro ou quem sabe na feira do livro, mas sinceramente quero ver se agora só compro livros no Natal, a casa está a ficar cheia e não tenho mais espaço para estantes;) Mas o factor mais importante é mesmo a crise que se está a atravessar, como tenho muitos mesmo muitos para ler vou fechar a bolsa, estou num período de poupança e vou fechar a bolsa aos livros. Tenho uma biblioteca óptima aqui na minha terra e tenho muitos livros aqui em casa. E como estou numa maré de poupanças vou cortar aqui pois tenho muito por ler cá em casa;)
Boa leitura!

domingo, 17 de julho de 2011

"A História do Senhor Sommer" de Patrick Suskind

Título Original:"Die Geschichte Von Herrn Sommer"
Título em Portugal:"A história do senhor Sommer"
Autor:Patrick Süskind
11.ºEdição: Junho 2001
Páginas: 104
Editor: ASA
ISBN: 978-989-8093-31-8
Tradutora: Maria Castro Dias
Ilustrações: Sempé
Sinopse
«No tempo em que eu ainda trepava às árvores, vivia na nossa aldeia, a uns dois quilómetros da nossa casa, um homem a quem chamavam senhor Sommer. Ninguém sabia qual era o seu nome de baptismo e também ninguém sabia se ele tinha ou não uma profissão.
Mas embora pouco se soubesse sobre o senhor Sommer, toda a gente o conhecia, pois andava permanentemente de um lado para o outro. Podia nevar ou cair granizo, podia estar um temporal ou chover a cântaros, podia o sol queimar ou aproximar-se um furacão, sempre o senhor Sommer peregrinava como uma alma penada, atravessando a paisagem e os sonhos do narrador...»
"A História do Senhor Sommer é uma fascinante viagem aos episódios mais recônditos da nossa própria infância-os lugares mágicos onde nos refugiávamos do mundo dos adultos, as tentativas desesperadas para nos equlibrarmos numa bicicleta demasiado grande, o receio do mau génio da nossa professora ou a primeira desilusão de amor.
Um novo éxito de Patrick Süskind, o autor mundialmente consagrado de «O Perfume»"

Sobre o autor, Patrick Süskind
 
"Nasceu a 26 de Março de 1949 em Ambach, Starnberger Lake, Baviera. De 1968 a 1974 estudou história medieval e moderna, em Munique e em Aix-en-Provence. Nos anos 80 trabalhou como guionista para o meio televisivo ainda antes de escrever «O Perfume». O seu segundo romance «A Pomba», mais tarde adaptado para teatro subiu ao palco do BAC Teatro (Londres) em Maio de 1993. Foi também autor de «O Contrabaixo», a peça de teatro que teve a sua estreia em 1981, em Munique, tornando-se desde então uma das peças mais representadas na Alemanha, Suíça e Aústria. O seu conto «The Story of Mr Sommer» (1992) atingiu, tal com
o «O Perfume», um estrondoso sucesso em todo o mundo. Patrick Süskind vive actualmente em Munique." (retirado daqui)

Excerto:

"Com cento e vinte anos, já ancião cheio de tremores, ainda poderia sentar-me lá no alto, no cimo de um ulmeiro, de uma faia, de um abeto, como um macaco velho, e deixar-me embalar pelo vento olhando por cima dos campos, por cima do lago, até para além da colina..." (pág.14)

Minha Opnião:

Nunca tinha lido nada deste escritor, nem mesmo o mundialmente consagrado livro: "O Perfume".
Adorei este livrinho, adorei o modo como Suskind nos transporta através das suas palavras escritas para o seu mundo infantil. A forma como o narrador, que é o próprio escritor, retrata a personagem do Senhor Sommer,que é a que dá o título ao livro é simplesmente fantástica.
Este livrinho foi um achado é uma pérola por polir e ainda bem, pois comecei a ler sem saber muito bem o que me esperava, pois nunca tinha sequer ouvido falar do livro, e deliciei-me com cada caracterização feita pelo narrador. O modo excentrico como o Senhor Sommer deambula pela terra, andando sempre de um lado para o outro seja a que horas for, simplesmente porque sofre de claustrófobia. A forma como o narrador vai-se apercebendo das suas alterações físicas. A primeira desilução amorosa é contada de uma forma tão internecedora que até doi e ao mesmo tempo deixou-me com um sorriso nos lábios. E a fantástica e diabólica professora de piano, não contando já com o modo simplesmente maravilhoso com que o escritor nos retrada a sua aprendizagem no mundo das duas rodas, faço entender bicicleta.
Uma leitura que recomendo vivamente, um livro simples mas fenomenal...
Boa Leitura;)

sábado, 16 de julho de 2011

Adoro ler na Praia...


Ontem foi um dia em grande, para além de ter chegado aos vinte livrinhos devorados, foi também o meu primeiro dia de praia. Podia ter sido um acto banal se não fosse o caso de já não fazer praia desde o ano de 2006. Por isso é que decidi postar aqui um facto que para alguns é tão normal, para mim foi uma conquista;)
P.S. Confesso que apanhei um escaldão...ups adormeci...
Boa Leitura;)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

1.º Objectivo Cumprido...

Um dos objectivos a que me tinha proposto para o ano de 2011 era ultrapassar o número de livros lidos no ano anterior. Esse objectivo foi atingido hoje quando terminei do livro de José Eduardo Agualusa intitulado:”As mulheres do Meu Pai”.
Apesar de ainda me encontrar muito longe dos 75 livros a que me propôs ler este ano, estou de parabéns pois nunca tinha lido tantos livros num período de seis meses e meio….
Boas Leituras!! ;)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Filme "A Rapariga do Capuz Vermelho"

Retirado da internet
Pois é, tal como havia prometido aquando da postagem sobre o livro “A Rapariga do Capuz Vermelho”, aqui estou eu agora para dar a minha opinião sobre o filme, do qual esse livro é o argumento.
Ao contrário do que é normal, isto é, o escritor escreve um livro e depois alguém ligado à sétima arte adapta esse mesmo livro ao cinema, aqui neste caso isso não foi bem assim. Por aquilo que pude pesquisar sobre este filme verifiquei que a ideia era fazer um filme em que partindo de um conto infantil: “O Capuchinho Vermelho” , criar um argumento cinematográfico com um carácter fantasioso, assustador e obviamente com um final diferente.
Retirado da internet
Quando este filme esteve no cinema não o fui ver por um simples motivo, queria ler o livro antes (estava longe de saber o que já relatei anteriormente) e devo dizer que não me arrependo nada, foi a melhor ”coisinha” que podia ter feito. Mais uma vez pude constatar que o livro é melhor que o filme, mas devo referir que neste caso não esperava que tal fosse ocorrer. O facto de ter lido um livro que foi construído para o ecrã, fez com que eu tivesse grandes expectativas sobre o filme, o que me deixou um pouco “tristonha”, após a sua visualização.


Retirada da internet

Mais concretamente o filme não desenvolveu a primeira parte do livro, que relata as amizades de Valerie e um pouco mais da sua infância. No filme não é desenvolvida a personagem, Luci, a  irmã de Valerie. Começando quase de imediato com o primeiro ataque do Lobo. Só por aqui dá para ter a ideia de que as personagens estão melhor estruturadas no livro do que no filme. Uma personagem que eu contava com um retrato mais visível era, isto a título de exemplo, a avó de Valerie.
Não é um mau filme. Se perguntarem se passei um bom momento?...Sem sombra de dúvida que responderia Sim passei.
Contudo, ainda bem que li primeiro o livro, pois caso contrário ficaria com uma ideia errada do mesmo.
Boa leitura;)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Minhas Estantes ...

Decidi agora mesmo...vou mostrar as minhas estantes. Pois é estou sempre a escrever que tenho muitos livros aqui por casa chegou a hora de repartir convosco esta minha atmosfera literária...
Esta é uma parte da estante todas as filas são duplas (frente e a fila de trás) logo só podem visualizar os livros da primeira fila...

Aqui está a continuação da estante do meu escritório...

Mas tenho mais, ora vejam,....


Esta é uma das estantes do meu sotão....

e...
mais...




....





Ainda fica a faltar armários mas por agora já ficam estas estantes...
Beijinhos e boa leitura!

domingo, 10 de julho de 2011

"O Último Livro" de Zoran Živković

Título original:«Poslednja knjiga»
Título em Português:«O Último Livro»
Aoutor:Zoran Zivkovic
1.ª Edição: Março de 2011
Páginas: 248
Editor: Cavalo de Ferro
ISBN: 9789896231446
Tradução: João Cruz
Preço:15,75€
Sinopse:
"Algo de terrível está a acontecer na Livraria Papyrus! O senhor Todorovic, um dos mais fiéis clientes, morreu inesperadamente, enquanto, sentado numa das poltronas da livraria, folheava tranquilamente um livro. Causa da morte: desconhecida. Vera Gavrilovic, uma das proprietárias, está preocupada. Até porque este é apenas o início: a esta primeira morte sucede outra, e depois outra, e outra ainda. Todas elas sem motivo aparente. Este estranho caso parece talhado à medida do bibliófilo Inspector Dejan Lukic. Dejan, com a ajuda de Vera, dará início a uma desconcertante investigação, que se adensará cada vez mais, ao ponto de envolver a polícia secreta. Isto até se depararem com O último livro...

Enquanto o mistério não é desvendado num final surpreendente, página após página, Zivkovic convida o leitor a reflectir sobre temas apaixonantes: qual a relação entre o autor e as suas personagens? Entre sonho e literatura? O que acontece quando se abre um livro? Um romance brilhante, imaginativo, subtil e fascinante que está a conquistar os leitores de todo o mundo." (retirado da contracapa")
Sobre o autor, Zoran Zivkovic:
Zoran Zivkovic nasceu em Belgrado, ex-Jugoslávia, em 1948. Em 1973 graduou-se pela Faculdade de Filologia da Universidade de Belgrado, e em 1982 completou o seu doutoramento em Teoria da Literatura. Vive em Belgrado, actualmente República da Sérvia-Montenegro, com a sua esposa Mia, os seus dois filhos Uros e Andreja e os seus três gatos.

É autor de três romances e nove volumes de contos, bem como de vários volumes de ensaios sobre a literatura fantástica. As obras de Zivkovic encontram-se traduzidas em mais de 12 línguas e granjearam-lhe variadíssimos prémios, entre os quais se destacam, mais recentemente, o prestigiado World Fantasy Award e um short-list para o prémio IMPAC.
Zoran Živkovic, já era conhecido do público português graças ao livro de contos A Biblioteca, que incluía uma série de histórias fantásticas, todas elas relacionadas com a bibliofilia. Agora, confirmou-se a sua paixão pelos livros, com o romance O Último Livro, tal como o primeiro editado pela Cavalo de Ferro.

Críticas de imprensa:
«Talvez seja ainda prematuro coroar Zoran Živkovic como «o novo Borges», mas é sem dúvida o maior candidato.»
The New York Times Book Review

«Tal como Jorge Luis Borges, Živkovic consegue criar universos extraordinários e alternativos. Tal como David Lynch, ele consegue equilibrar perigo e melancolia - ser ao mesmo tempo cruel e divertido.»
The Seattle Times

«(...) Uma eficaz metáfora sobre o poder mágico da literatura, do triângulo indissolúvel entre o escritor, os seus personagens e o leitor.»
Il Secolo XIX

«O último livro é um fascinante thriller pós-moderno, que recorda um pouco O nome da rosa, mas com um final ainda mais subtil e engenhoso.»
Nordwest Zeitung

«Um polícia e uma livreira investigam. O destino está escrito. Não abram este livro…»
Corrierre della Sera


Exertos:

"Vista do lado de fora, a livraria Papyrus parece inofensiva. Mas não se deixem enganar pelas aparências! Se têm amor à vossa vida, não entrem! É um dos lugares mais perigosos da cidade! Nos três últimos dias, três inocentes amantes de livros perderam a vida nesta livraria. A causa das mortes é ainda desconhecida. Fontes policiais fidedignas informaram-nos que se esperam mais vítimas." (pág.60)

"Esbocei um sorriso.
- No entanto, se pensarmos um pouco, esta não é uma arma que tenha sido desenhada propriamente para a destruição em massa e é isso que interessa verdadeiramente à Agência. 
- Como assim?
- Para o último livro funcionar, tem de ser aberto.  E quantas pessoas da nossa idade abrem livros nos tempos que correm?
- Ora, as pessoas ainda lêem.
- Qual foi o último livro que leu?"(pág.178)

Minha Opinião:
Este livro é um policial com um certo travo de fantasia. É um livro sobre o Último Livro, ou seja, um livro sobre outro livro. Logo, assim sendo, só podia resultar numa excelente obra literária.
A história desnrola-se numa livraria, a Livraria Papyrus,  onde ocorrem estranhas mortes. Claro está, que se tal acontece temos que ter um  inspector, que se chama Dejan Lukic. O inspector Dejan é um agente da autoridade que adora livros e tudo o que os envolve. Sendo chamado para  investigar uma série de mortes estranhas, sem causa aparente, que ocorrem na livraria Papyrus. Vários clientes, "pacientes", como lhe chama Vera, uma das proprietárias da Livraria, vão morrendo sucessivamente, sem uma causa aparente...Será morte natural?! Três pessoas morrem no espaço de três dias numa mesma poltrona da livraria Papyrus. E a pergunta repete-se ...Será morte natural?!
Temos então aqui, todos os ingredientes para uma história intrigante, que ao longo do desfolhar das páginas me fez lembrar um livro que li no ano passado:"O Jogo do Anjo". Em ambas as obras o tema central são os livros, em especial um livro e o modo fantasioso como se vai  desenrolando a história transportou-me para a escrita de Záfon.
As personagens que frequentam a livraria Papyrus (nome que vem de Papiro, adorei o nome da livraria) são leitores especiais, no entanto, cada um tem uma enorme adoração pelos livros, mas também têm manias muito particulares.
Ao longo da leitura deste livro deparei-me com muitas referências por parte do escritor ao livro:"O Nome da Rosa" de Umberto Eco, livro que ainda não li, mas pela abordagem feita deu para perceber que é certamente uma obra de referência, que irei certamente ler.

Um outro aspecto muito importante e, que a meu ver é talvez o ponto mais importante desta obra, é a abordagem do livro como um prolongamento do nosso corpo. De que parte? Simples, o livro é um prolongamento da nossa memória. Ao longo desta leitura, verifica-se que o último livro só é uma "ameaça" para quem abre um livro. Ou seja, O último Livro pode modar de forma e de cor por isso ele só pode ser verdadeiramente perigoso para quem o abre e o lê. Assim sendo, deparamo-nos com a constatação de uma velha problemática, os livros podem ser destruídos, daí que o último livro mata o leitor para se vingar, será?! Bom não vou avançar mais nada sobre este livro, que não sendo ele o último tem que ser lido para matar a vossa curiosidade.

Devo referir que não sou LEITORA de policiais, pelo menos até ao momento em que cruzei com este livro fabuloso, que sem dúvida alguma eu recomendo a todos os que lerem este poste. Este é o melhor livro que li este ano de 2011 e Zoran Zivkovic é certamente, para mim, o escrtor revelação 2011. Agora quero muito encontrar o outro livro deste escritor, "A Biblioteca" (parece que está esgotado, tal como este...porque será?).

Aconselho vivamente esta leitura...Direi mesmo....LEITURA OBRIGATÓRIA PARA TODO O BIBLIÓFILO.... Este livro não é um policial "vulgar" certamente  que vai agarrar o leitor desde a primeira página...
Boa leitura;)
Nota:Se quiser pode visualizar  o seguinte vídeo clique aqui.

sábado, 9 de julho de 2011

"A Rapariga de Capuz Vermelho" de Sarah Blakley-Cartwright

Título Original:"Red Rinding Hood"
Título em Portugual:"A Rapariga do Capuz Vermelho"
Autora: Sarah Blakley-Cartwright
1.ª Edição: Março 2011
Páginas: 240
Editor: Suma das Letras_Objectiva
ISBN: 9789896720780
Tradução: Ana Maria Guedes
Género literário:Literatura Fantástica
Preço:15,50 €
Acredita na lenda. Cuidado com o lobo.
Sinopse
"O coração de Valerie está dividido. Os pais querem que ela case com Henry, o filho do ferreiro, um rapaz gentil. Mas Valerie está apaixonada por Peter, um jovem lenhador de espírito independente e misterioso. O mundo está contra eles, mas os dois jovens apaixonados não imaginam viver um sem o outro e estão dispostos a lutar por isso.
Tudo muda quando a irmã mais velha de Valerie aparece morta. Suspeita-se do Lobo, uma criatura temível que assombra a floresta em redor da aldeia. É com horror que os habitantes da aldeia descobrem que durante o dia o Lobo assume forma humana e pode ser qualquer um deles. O perigo está à espreita e ninguém está a salvo.
As vítimas do Lobo não param de aumentar e Valerie começa a suspeitar que o Lobo pode ser uma pessoa muito próxima de si. Ela é a única que consegue ouvir a voz da criatura. E a mensagem do Lobo é muito clara: se Valerie não se render antes de a lua de sangue desaparecer do céu, todos os que ela ama morrerão."


Sobre a autora, Sarah Blakley-Cartwright:
Licenciou-se com distinção na Barnard College. Recebeu já dois prémios pela sua escrita: Mary Gordon Fiction Scholarship Award (2008-2009) e Leonore Marshall Barnard Prize for Prose (2009-2010).Cresceu entre Los Angeles, no estado norte-americano da Califórnia, e o México. Actualmente, vive em Nova Iorque e escreve em Vancouver, no Canadá.
Apesar do que o livro possa dizer ela perfere lobos a pessoas.
Convém referir que este livro foi escrito por  Sarah Blakley-Cartwrigt mas baseado no argumento de David Leslie Johnson. A introdução é da autoria de Catherine Hardwicke ( que em 2008 foi a diretora de Twilight, uma adaptação do romance homónimo de Stephenie Meyer e em 2012 ela ira fazer a versão para cinema do livro "Maldito Karma").

Excertos:
"Os contos de fadas são modelos profícuos que nos ajudam a entender e a criar os nossos próprios universos, e foi exactamente o que procurei fazer." (pág.7)

" Nesta história abordam-se temas como a angústia e as dificuldades com as quais os adolescentes se deparam, à medida que vão crescendo e se vão apaixonando. É claro que há o Lobo Mau. O Lobo da nossa história representa o mal e o lado perigoso do homem e fomenta uma sociedade paranóica." (pág.8)

"A Rapariga do Capuz Vermelho é, antes de mais, uma história universal sobre o amor, a coragem e o crescimento humano." (pág.9)

"...todos os sofrimentos são...aliviados pelo pão. ..." (pág.135)

"... As mães não deviam sobreviver aos filhos, pensou Valerie. A Natureza devia ter uma lei que o proibisse. ..." (pág.183)

"... Era isso o casmento, uma incapacidade de ver quem era a pessoa, a incapacidade de olharmos para nós próprios, por estarmos demasiado perto?..." (pág. 235)



Adaptação ao cinema(Retirado do Youtube):



Minha Opinião:

Esta foi uma leitura de puro deleite, adorei, adorei e adorei… Eu sei que não é nenhuma obra-prima mas é um livro que, através da adaptação da história do Capuchinho Vermelho me transportou para a minha infância mas com o travo da versão adulta de um conto infantil.
Iniciei esta leitura tendo já visualizado o trailler do filme, logo já tinha uma noção da história. Contudo, como já havia lido algumas críticas pouco favoráveis tanto ao filme como ao livro, parti para esta atmosfera literária com (passo a expressão) “o pé atrás”. Mas ainda bem que adquiri o livro e o li pois foram horas muito bem passadas e em que consegui viajar até à aldeia de Daggorhorn, onde vive a Valerie e a sua irmã mais velha Lucie, com os seus pais e a sua avó. Mas também onde habitam Peter e Henry os dois homens que amam Valerie, o primeiro é o amigo de infância e o grande amor de Valerie o segundo é o homem a quem os pais de Valerie prometeram a mão da filha em casamento.
O livro está dividido em três partes, na primeira parte tem um inicio em que a personagem principal, Valerie se recorda dos seus tempos de infância e do seu querido amigo Peter que por um qualquer motivo teve de partir da aldeia quanto tinha ainda dez anos. Nesta primeira parte temos uma contextualização dos personagens e do modo de estarem no seu dia-a-dia. Na segunda parte já temos o primeiro ataque do lobo, a sua primeira vítima e todas as outras que se vão seguir. Na terceira parte, obviamente temos o desenlace da história, com toda a expectativa que obviamente a rodeia.
Devo referir que apesar de achar a ideia final do livro interessante não gostei. Eu adquiri o livro como tal não vejo a lógica de ter de ir ler o último capítulo, onde ainda tudo podia acontecer, numa página da internet em PDF. A ideia é engraçada e diferente e julgo que a ideia é de certa forma a promoção do livro digital, mas eu gosto o livro em suporte tradicional, isto é, em papel.
Aconselho vivamente a leitura deste livro, pelo menos eu adorei, andava mesmo a precisar de um livro assim;)
Agora quando visualizar o filme podem ter a certeza que virei aqui ao atmosfera dos livros comentar…
Boas leituras;)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Blogue está de cara lava

Sempre ouvi dizer que mudar faz sempre bem principalmente quando é para melhor... (;) não sou nada convencida…;))
Após ter feito a mudança do nick-name e da minha imagem de apresentação, decidi fazer a mudança de visual deste cantinho, que cada dia que passa se torna mais um refúgio para as minhas loucas aventuras literárias.
Claro está que o visual só está concluído após a alteração da música, a qual tive todo o gosto em realizar. Estas músicas são algumas das  que eu gosto de escutar quando estou a divagar em atmosferas literárias…

Sinceramente espero que gostem do novo visual do Blogue Atmosfera dos livros…  

Beijinhos;)
Boas leituras…e boas férias se for o caso.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

"A Terra Toda" de José Manuel Saraiva

Título original: A Terra Toda
Autor: José Manuel Saraiva
1.ª Edição: Março de 2011
Páginas: 192
Editor: Porto Editora
Coleção: MARCA D'ÁGUA
ISBN: 978-972-0-04327-6
Preço:13,95€
Sinopse
"Abandonado por uma mulher que o traiu com outro homem, Rafael recorre às consultas de uma psicanalista, com quem acabará por se envolver.
Só que ele não sabe que está com isso a ressuscitar o seu passado e a expor-se a uma traição ainda mais dolorosa.
Fazendo uma pausa no romance histórico, que o consagrou como um dos mais populares autores portugueses, José Manuel Saraiva mergulha agora nas águas mais profundas da nossa atualidade, abordando um tema escaldante que fará ainda estremecer algumas boas consciências." (retirado da contracapa)

Sobre o autor, José Manuel Saraiva:

José Manuel Saraiva nasceu na aldeia de Santo António d'Alva, em 1946. Foi jornalista, tendo pertencido aos quadros de O Diário, Diário de Lisboa, Grande Reportagem e Expresso.
É autor de dois comentários sobre a Guerra Colonial, produzidos pela SIC, um dos quais foi transmitido pelo canal Arte em França e na Alemanha. É sua igualmente a história que deu origem ao telefilme A Noiva, de Luis Galvão Teles.
Em 2001, publica a sua primeira obra, As Lágrimas de Aquiles. Seguiram-se os romances Rosa Brava (2005) e Aos Olhos de Deus (2008), que o consagraram como um dos mais populares autores portugueses.

Minha Opinião:
Esta é uma história que, a meu ver, mexe e remexe com as emoções e os sentimentos mais íntimos do ser humano.
Ao longo da leitura deste livro, fui confrontada com as vivências emocionais de Rafael, um homem na casa dos sessenta anos que vive diversos conflitos interiores _ com relações amorosas falhadas, com uma educação demasiado rígida e carente de afecto, por parte dos pais e um homem marcado pela Guerra Colonial. No meio de toda esta desestruturação emocional em que  Rafael se encontra, ele decide procurar ajuda e vai a uma consulta psiquiátrica, então surge a personagem Clara Gautier que inicialmente desempenha um papel de mera ouvinte dos dilemas de Rafael, mas que ao longo do desenrolar da história verificamos a crescente importância de Clara, tanto como psiquiatra de Rafael como Mulher.
Clara vai tornar-se ao longo do desenrolar da história uma personagem de quem se quer saber sempre mais. Rafael é um homem SÓ, que teve dois grandes amores ao longo da sua vida, um deles foi à quarenta anos atrás, tem por nome Catarina, mas nem por isso parece estar resolvido, o outro  mais actual, chama-se Sara, a mulher que segundo Rafael o atraiçoou e abandonou para ficar com um homem rico e com características e gestos que levavam Rafael a achá-lo Homossexual.Clara vai tornar-se muito importante para a vida de Rafael, que desde o início sempre achou que ela tinha algo de apaixonante, algo que o fazia recordar o seu primeiro grande amor_Catarina. Ao longo deste livro deparamo-nos com amores e paixões que são vividas até ao limite, um tortuoso trio amoroso que me deixou enquanto leitora de...passo a expressão:"boca aberta", não contava com o desenrolar que a história teve.
Um livro muito bem estruturado e escrito, de leitura viciante e compulsiva, que foi lido num ápice. Devo referir que ando com uma enorme sorte pois num curto prazo de tempo, este é o segundo escritor que descubro e que me surpreendeu pela positiva.
Um livro que aconselho vivamente, uma leitura para uma tarde de puro deleite.
Excertos:
"...Tenho a certeza até de que as relações não podem, nem devem, ser avaliadas pelo tempo que duram, mas pela qualidade do amor e da cumplicidade que as sustentam. ..." (pág. 9)

"Cada pessoa é o somatório de pormenores fantásticos só seus. ..." (pág.23)

"Faça de si o centro do mundo." (pág. 40)

"..., amar alguém, percebe?, é mais do que um compromisso ou de que uma entrega física. Amar é uma forma e é um estado. É a forma por via da qual o indivíduo se dá e se perde no outro, sem medos nem transigências; é o estado em que uma pessoa se transfigura aos olhos do amante para descobrir nele valores que ninguém mais descobre. Fiz-me entender?..." (pág.60)

Boa leitura;)

sábado, 2 de julho de 2011

"Magia ao Vento" de Christine Feehan


Título Original: Magic in the Wind
Título em Portugal: Magia ao Vento
Autora: Christine Feehan
1.ª Edição: Maio, 2011
Páginas: 157
Editora: Saída de Emergência
ISBN: 9789896373269
Tradução: Nanci Marcelino
Sinopse:
«"A Sarah voltou para casa". Desde que Damon Wilder procurou refúgio em Sea Haven ouve-se o mesmo boato passar de boca em boca de quase todos os habitantes da pacata vila costeira. Até o vento parece murmurar o nome dela - um devaneio tão sugestivo que leva o curioso Damon até à casa da falésia de Sarah, onde procura o seu abrigo.
Mas Damon não chegou sozinho. Foi seguido por alguém até Sea Haven. Alguém que rodeia as sombras da casa Drake, onde Sarah esconde os seus próprios segredos. O perigo ameaça os dois - tal como o desejo mais premente que alguma vez sentiram - e está a apenas um sussurro de distância.» (retirado da contracapa)

Críticas de imprensa:

"Christine Feehan é a rainha da história do amor sobrenatural." New York Times

"Aclamada pela sua conjugação de acção, suspense e… romance profundamente marcado pelo erotismo." Booklist
"Como é típico dos romances de Feehan, o suspense sombrio e sensual coexiste em harmonia perfeita" Publisshers Weekly
"A rainha do romance paranormal" USA Today
"Emocionante, sensual e divertido" Booklist
"A capacidade de criar um mundo excitante e setimulante é insuperável." Romantic Times
Sobre a autora, Christine Feehan:
Christine Feehan autora # 1 bestseller do New York Times. Tem mais de 40 romances publicados, incluindo quatro séries. Recebeu três dos nove Prémios Paranormal de Excelência em Literatura Romântica (1999). Desde então tem sido publicada pela Leisure Books, Pocket Books, e actualmente escreve para Berkley/Jove. Galardoada com sete prémios PEARL, Feehan tem triunfado na lista dos mais vendidos, incluindo o Times, Publishers Weekly, USA Today, Bookscan, B. Dalton, Amazon, Barnes & Noble, Waldenbooks, Ingrams, Borders, Rhapsody Book Club e Washington Post. Feehan recebeu inúmeras homenagens ao longo da sua carreira e foi candidata para o prémio RITA. Recebeu igualmente um Achievement Award do Romantic Times e um Borders 2008 Lifetime Achievement Award.
Para mais informações ver site: http://www.christinefeehan.com
Minha Opinião:
Comecei a ler este livro sem saber nada sobre o tipo de leitura por onde me estava a encaminhar. Nunca tinha lido nada da autora, Christine Feehan, logo não imaginava que fosse conceituada na escrita de romances paranormais. Mas ainda bem que não tinha nenhuma ideia pré-concebida sobre o livro e/ou sobre a escritora, pois se soubesse o tipo literário a que a escritora se dedicava certamente não teria lido o livro, nem tão pouco o compraria, dado que não está muito relacionado com o género literário ao qual estou mais ligada. Contudo, devo referir que ainda bem que adquiri este livro e o li logo de imediato, pois acho que virei fã de Christine Feehan e do género literário que ela tão bem escreve.
Realmente foi uma óptima descoberta e, certamente, vai para os autores descobertos ao longo do ano de 2011.
Contudo devo referir que este livro tem um senão, um senão que está a alastrar-se a quase todos os livros o_PREÇO_ um livro com 157 páginas que custou 15,96€, a meu ver é um preço demasiado elevado tendo em conta o número de páginas e o próprio tipo de livro, mas este é um mal que está a chegar a todos os livros que andam nestas atmosferas literárias. Cada vez o livro está mais caro…
Um livro que me atraiu logo pela capa, é uma capa muito bem concebida e que ao longo da leitura vai-se tornando mais explicável, pois o rosto feminino que surge na capa passará a ter um nome, que é, a meu ver, Sarah uma das sete irmãs da família Drake.
Tenho de admitir que para uma pessoa que não gosta muito (quer dizer não é não gostar, é não ler mesmo, pois tenho uma ideia pré-concebida um pouco negativa. Acho que tenho que reformular esta minha forma de ver os temas literários novos) de leitura sobrenatural adorei este livro. Fiquei muito feliz, quando ao fazer uma pesquisa na internet, tomei conhecimento que este é o primeiro livro de pelo menos um total de sete, penso que cada livro vai falar de cada uma das irmãs Drake, e do encontro de cada uma delas com o seu amor. Espero que pelo menos os próximos livros desenvolvam mais a história de modo a poder saborear as personagens, pois este é para mim o ponto mais fraco do livro. A escritora tinha, meu ver, os elementos para construir uma história com mais sustentabilidade, não sei se me faço entender…   
O enredo tinha as pitadas de sal e pimenta dadas pelo suspense sombrio e sensual, o amor entre Sarah e Damon eram a prova disso, juntando o caris policial e a intriga e magia em redor das irmãs Drake. Julgo que a escritora deveria ter explorado muito mais as personagens e não transmitir a ligeireza que acabou por transmitir na caracterização não só dos personagens como também na exploração do problema que fez com que Damon se refugie em Sea Haven.
Gostei do romance entre Sarah e Damon e das personagens da “vila”, contudo devo referir que foi a magia que rodeava as irmãs Drake que mais me cativou ao longo desta leitura. Um livro simples que teve um  final de certo modo previsível, mas que me conseguiu agarrar do início até ao fim…quantas mais páginas tivesse mais eu me deliciaria… Gostei muito e vou continuar a seguir a escritora nesta aventura com as irmãs Drake.
Boa leitura;)