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sexta-feira, 28 de julho de 2017

Opinião - "Escrito na Água" da escritora Paula Hawkins

Sinopse:

«Um thriller intenso, da autora do bestseller mundial A Rapariga no Comboio

CUIDADO COM AS ÁGUAS CALMAS. NÃO SABEMOS O QUE ESCONDEM NO FUNDO.
Nel vivia obcecada com as mortes no rio. O rio que atravessava aquela vila já levara a vida a demasiadas mulheres ao longo dos tempos, incluindo, recentemente, a melhor amiga da sua filha. Desde então, Nel vivia ainda mais determinada a encontrar respostas.Agora, é ela que aparece morta. Sem vestígios de crime, tudo aponta para que Nel se tenha suicidado no rio. Mas poucos dias antes da sua morte, ela deixara uma mensagem à irmã, Jules, num tom de voz urgente e assustado. Estaria Nel a temer pela sua vida?Que segredos escondem aquelas águas? Para descobrir a verdade, Jules ver-se-á forçada a enfrentar recordações e medos terríveis há muito submersos naquele rio de águas calmas, que a morte da irmã vem trazer à superfície.
Um livro profundamente original e surpreendente sobre as formas devastadoras que o passado encontra para voltar a assombrar-nos no presente. Paula Hawkins confirma, de forma triunfal, a sua mestria no entendimento dos instintos humanos, numa história com tanta ou maior intensidade do que
A Rapariga no Comboioretirado do site wook

Opinião:
Após o sucesso do primeiro livro de Paula Hawkins, "A Rapariga no Comboio", confesso que estava um pouco reticente quando comprei este livro. Após a leitura da sinopse, vi logo que  o tinha de ler, até porque, ao longo da leitura de algumas opiniões deixadas no Goodreads, apercebi-me que existe uma certa controvérsia em relação ao livro.
Ao longo da leitura deste notei que a autora evoluiu muito, tanto ao nível do enredo, com muito mais suspense, como também ao nível da própria estrutura do livro. Hawkins fez uma coisa que, como leitora, aprecio bastante...colocou a versão de cada uma das diferentes personagens sobre as atribuladas e arrepiantes mortes no rio de águas calmas.
Confesso que no início da leitura tive de escrever no meu diário de leitura (desculpem a repetição) as diferentes personagens que iam dando o seu parecer sobre o que aconteceu ao longo dos tempos naquele local, pois eram algumas personagens.
Confirmou-se a meu ver a mestria que Paula Hawkins tem em caracterizar as diferentes personagens, tal como no anterior livro. Costumo dizer que gosto de sentir, quando leio, que estou atrás de uma porta a observar o desenrolar dos acontecimentos. Com a caracterização pormenorizada que é feita das diferentes personagens tive aquela sensação maravilhosa de que as conhecia, até melhor do que elas se conhecem a si mesmas. 
Ao longo do livro fui arrebatada com a extraordinária capacidade da introdução de novos acontecimentos e essencialmente o modo como foram introduzidos. Não estava a contar com um livro tão intenso, a meu ver este está carregado de suspense, mistério e algum misticismo o qual tornou esta leitura muito viciante.
As histórias das diferentes mulheres que aparecem mortas no rio não são pura coincidência, estão interligadas umas com as outras, o que me obrigou a uma redobrada atenção. As mulheres que apareceram mortas no rio, segundo os habitantes da pequena vila, eram mulheres que se suicidaram  no rio, o mesmo rio que em séculos anteriores guardava nas suas águas bruxas e videntes.
Adorei a personagem Nel, a sua filha Lena e a Jules e não Julia, irmã da Nel. Confesso que gostei muito do Sean, apesar de não ser o protótipo de inspetor nem marido perfeito, muito longe disso, cativou-me pela sua infância atribulada e que de certa forma se reflete no homem que é enquanto adulto. Gostei muito da Lena, apesar da sua prepotência e arrogância, defendeu sempre a sua maior amiga a Kate (uma das duas últimas vitimas do rio, sendo a última a Nel, mãe de Lena). A esposa de Sean, não me cativou, apesar de ter de admitir a sua perspicácia, contudo não compreendo o modo de ela encarar as traições do Sean, não acho que uma mulher tenha que se sujeitar a tal humilhação.
Nel e Jules são irmãs que devido a uma série de mal entendidos, que ocorreram na sua infância, afastam-se...o que na vida real acontece com frequência.
Quando Nel aparece morta no rio, Jules tem de regressar à terra que ela nunca mais queria voltar, mas tendo a sua sobrinha Lena que sendo menor de idade tem de ficar sobre a responsabilidade de Jules. Quando chega é confrontada com, uma sobrinha fria e aparentemente distante, com memórias de um passado que à muito ela queria ter enterrado, mas que acabou por vir ao de cima e fez com que Jules se sentisse culpada pelo seu afastamento da irmã e compreendesse que a mesma nunca sonhou o que ela tinha sofrido.
Uma questão continua no ar até às últimas páginas do livro: Quem é o responsável pelas mortes no rio? Será que existe mesmo um responsável ou as mulheres com problemas do foro pessoal e até psiquiátrico sentem uma estranha atração pelo mesmo???
Ao longo da leitura, fui tendo diferentes suspeitos, acho que só mesmo no final é que encontrei o verdadeiro assassino de Nel. Mais um motivo que me fez ter gostado tanto deste livro.
Adorei esta leitura, este é o livro revelação de Paula Hawkins, a meu ver claro. Se continuar com esta evolução acho que temos aqui uma autora com um enorme potencial para vir a ser considerada mestre do thriller e do suspense.
Classificação 5***** no Goodreads.

Excelentes leituras!

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Opinião - "Ainda Estou Viva" de Han Eun-mi

Sinopse:
"A jovem Han Eun-mi nasceu na Coreia do Norte. Viu os seus pais morrerem lentamente à fome. Viu as ruas encherem-se de crianças órfãs, como ela. Sabia que podia ser presa, torturada ou assassinada a qualquer instante, sem acusação ou hipótese de defesa. Sabia que o silêncio e a obediência cega eram a sua única hipótese de sobrevivência. Tinha a certeza que a fuga era a sua única esperança.
Para escapar à fome, Han tentou tudo. Do trabalho violento à vida nas ruas, à mercê de esmolas. Quando percebeu que as suas forças estavam a chegar ao fim, resolveu arriscar a vida e partir rumo ao desconhecido...
Em 2009, conseguiu atravessar a fronteira para a China, mas o seu calvário não termina aí. Tal como aconteceu com milhares de pessoas indefesas um pouco por todo o mundo, tornou-se vítima de tráfico humano. Foi obrigada a viver com um homem chinês, que a violou repetidamente, e acabou por dar à luz um filho de ambos.
Só em 2015 é que Han pôde finalmente respirar o ar da liberdade. Tida como «desertora», conseguiu escapar para a Coreia do Sul. Esta é a sua dramática e inspiradora história. Um apelo ao mundo. Para que não ignore a desumana realidade da vida na Coreia do Norte."Retirado da Contracapa do livro

"As ilustrações no interior deste livro são da autoria de um artista norte-coreano - Kim Ji-hwan -, também ele desertor. As fotografias são proibidas na Coreia do Norte, pelo que as únicas provas verdadeiras da vida no país provêm de desenhos ou relatos. Estas ilustrações basearam-se nas memórias do artista e nas descrições da autora."Retirado da Contracapa do livro

Opinião:
Aconselho a leitura da sinopse, pois não tenho muito a acrescentar em relação a este livro. De inicio este foi o diário escrito pela autora, aquando da sua chegada à Coreia do Sul, depois tornou-se em livro traduzido por Simon Lim que mora em Seul e foi o responsável pela sua tradução para inglês. Este é mais um testemunho de uma vítima do regime comunista da Coreia do Norte. Só mais um no meio de tantos.
Muitos governantes deviam ler este livro e outros, para deixarem de ter medo do arsenal militar da Coreia do Norte e pensar mais nas pessoas que são vítimas da crueldade que se vive lá.

Dizer que gostei deste livro, faz-me sentir um pouco macabra, acho que entendem o que quero dizer. Preferia que não existissem de todo livros destes, não para silenciar as vítimas mas por não existirem regimes destes, logo não existirem vítimas.

Vou deixar aqui um vídeo que andou algum tempo em diversas redes sociais...


Vídeo produzido pela SIC e apresentado no programa "Toda a Verdade".
Documentário Clandestino sobre a Coreia do Norte


Excelentes Leituras!

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Opinião - "A Magia de Aria" do escritor Brian Holguin

Sinopse:
"Um mundo povoado por criaturas mágicas e divindades esquecidas, que passeiam pelas ruas de Manhattan sem serem reconhecidas...um mundo no qual os elfos, fadas e demónios existem e se escondem ao virar de uma esquina, ou por trás de uma porta qualquer...
Aria narra a história de Lady Kildare, uma princesa das fadas exiladas na cidade de Nova Iorque, um mundo mas "mágico" e mais surpreendente do que o seu mundo de origem. Mas uma ameaça sombria surge no horizonte, ameaçando não só as suas vidas mas também todo o universo.
Numa aventura arrebatadora que nos transporta das ruas de Manhattan aos campos bucólicos de Inglaterra e ao mundo encantado de Faerie, Lady Kildare e os seus companheiros enfrentam O Senhor das Trevas numa luta sem tréguas."

Com um desenho excecional e um argumento inteligente e cuidado, Aria é uma viagem mágica que o leitor não esquecerá.
Este volume reúne os quatro números da mini-série The Magic of Aria.

Opinião:

Este não é de todo um género de leitura a que esteja habituada.
Adorei o design está fantástico, muito bem concebido mesmo, ilustrações maravilhosas.
Gostei da história, uma mistura do mundo real com o mundo fantástico. Repleta de seres fantásticos cheios de magia que ora estão no seu mundo ora habitam o nosso planeta. A existência de uma personagem com o nome "Senhor das Trevas" (sim fez-me lembrar o Voldemort), dá ao enredo um quê de assustador, pelo menos a mim deu e com as ilustrações à mistura ainda mais ;(.
Vou tentar dar mais oportunidades a este tipo de leitura, agradou-me muito.

Classificação de 4**** no Goodreads.
Recomendo vivamente a leitura deste livro.

Excelentes leituras.

domingo, 9 de julho de 2017

Opinião - "Enquanto Acreditar em Ti" da escritora Raquel Strada

Sinopse:
"Confrontada com um acontecimento trágico, Teresa Sobral deixa para trás a quietude de uma vida dedicada às artes para se entregar a uma única missão: reencontrar o grande amor da sua vida.
Numa espiral de perguntas sem respostas, Teresa descobre em si mesma uma força que desconhecia, movida pela paixão e pela saudade. Mas até o maior dos amores pode esconder um jogo de sombras e de mistério."retirado da contracapa

"Poderão o amor e o caráter sobreviver à tempestade perfeita?"

"Até onde podemos ir quando perdemos tudo?"

Opinião:
Bom terminei esta leitura...sinto que fiz uma enorme viagem ao que o ser humano é capaz de fazer quando atinge o seu limite.
Devo confessar que quando decidi ler este livro da Raquel Strada estava a contar que fosse mais uma daquelas histórias do género que a Margarida Rebelo Pinto nos habituou. Não podia estar mais enganada.
Este é um livro com enredo, com romance, sim com romance...mas um romance macabro, que nos faz olhar para as pessoas com outros olhos, olhar para lá da sua aparência. Olhar com olhos de ver... que frase tão batida mas que se enquadra tão bem neste livro.
Este livro retrata o quando o ser humano pode ser podre, mau, fazer tudo e passar por cima de todos para atingir os seus fins. Se isto é banal, talvez. Mas o que é banal é o facto de mesmo sabendo isto continuarmos a acreditar plenamente no que temos ao nosso lado e nunca nos questionarmos. Banal é descobrir que vivemos uma vida de mentiras e não querer repor a verdade. Isso sim é banal!
Adorei cada pormenor deste livro, fiquei encantada com a escrita de Raquel Strada e espero muito sinceramente que traga para as bancas mais livros como este. Livros que retratam o que são as relações e o que é uma parte da nossa sociedade.


Classificação de 5***** no Goodreads.

Recomendo a leitura deste livro, mas não façam como eu, não pensem que por Raquel ser uma figura publica não tem o mérito de ser uma excelente narradora.

Excelentes leituras!

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Opinião - "O Calor do Entardecer" da escritora Bárbara Barbosa

Sinopse:
"(...)Tinha tantas incógnitas na minha cabeça... como poderia ser...era impossível...
Não...não podia ser... não sem eu saber... e eu sei tudo...
Não podia ser...não desta forma...
Mas...
Se pudesse ser...se houvesse a mais pequena hipótese...por mais remota que ela fosse... ele teria coragem para o fazer?
Ela era muito parecida...demasiado parecida...mas também...
Parte do seu rosto...varreu-se-me da memória... como as areias da ampulheta que o Tempo me depositou na mão(...)"retirado da contracapa

Opinião:
A leitura deste livro de Bárbara Barbosa, o primeiro volume de uma trilogia ou série, foi enquadrado na categoria (10)ler um livro com menos de 100 páginas da MLVerão 2017.
Com a leitura da sinopse, não tive qualquer tipo de perceção  do que se iria desenrolar nas páginas deste livro, não dá nenhuma indicação direta do género literário, nem da temática que o livro aborda. Esse aspecto fez-me ficar ainda mais curiosa para ler o livro.

Terminei a leitura à pouco mais de 10 minutos. Muitas pessoas dizem que não se deve escrever a opinião de um livro logo que o terminamos, mas eu não acho que assim seja, talvez para alguns livros essa "regra" se aplique, mas para este não...pelo menos para mim não.

Eu quando parto para a leitura de um livro, não gosto de ir em "branco", leio a sinopse, gosto de ler sobre a autora do livro e caso existam no Goodreads algumas opiniões sem spoiler eu gosto de saber o que os outros leitores acharam e a classificação atribuída.
Isso pessoalmente não me vai afetar em nada, mas como já referi gosto de ter uma noção do que o livro me vai dar, mas saliento sem saber a história.

Para a leitura deste livro, fui praticamente se não totalmente em branco, pois o que sabia dele era o que está na sinopse e se a leram acho que concluem que não diz nada de muito concreto. Acho que só a entendi no final de ler o livro.

No inicio desta leitura, confesso que achei tudo muito estranho, desde o enredo até à própria forma de escrever da Bárbara. Tudo muito cheio de reticências, tal como a sinopse, as personagens estabelecem diálogos alternados de uma forma muito rápida, o que me fez voltar a trás muitas vezes para entender quem estava a falar. Mas este livro tem algo que me prendeu logo desde o inicio, que foi eu não conseguir decifrar se uma das personagens era a Morte ou o Tempo. Só quando fui avançando no livro é que tomei consciência que algumas personagens estavam mortas, que a personagem principal é a meu ver a Morte.
Como já li em muitos lugares, este livro enquadra-se naquele grupinho de livros que ..."Primeiro estranha-se depois entranha-se".
Gostei da leitura, acabei por conseguir perceber a escrita da autora e estou desejosa que venha o próximo.

Classificação de 4**** no Goodreads.
Recomendo a leitura do livro, mas aconselho que partam para ele com a noção que têm de estar atentos a todos os pequenos, mas grandes pormenores.

Excelentes leituras!

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Opinião - "Crime na Universidade" do escritor Pedro Macedo

Sinopse:
"Quando Edward e a sua equipa do FBI, são chamados à Universidade para resolver um homicídio, nada fazia prever a sucessão de acontecimentos que viriam a acontecer. Com a ajuda de uma bela e sensual jornalista, os agentes precipitam-se numa vertiginosa luta contra o tempo, onde ninguém parece dizer a verdade e todos têm algo a perder." retirado da contracapa do livro

Autor_Pedro Macedo_:
"Pedro Miguel Moura Macedo, nascido em Mirandela em 13 de Setembro de 1979, iniciou os seus estudos musicais na Escola Profissional de Arte de Mirandela em 1991. Concluiu os seus estudos na Escola Profissional de Arte de Mirandela em 1998 e ingressou na Academia Nacional Superior de Orquestra. Em 2001 ingressou no Instituto Politécnico de Bragança, tendo concluído a Licenciatura em Educação Musical em 2006. Desde 2009, é professor de Violino no Conservatório de Música e Dança de Bragança." retirado da aba do livro

O autor Pedro Macedo já conta, para além deste livro, com mais dois livros, todos eles lançados pela Chiado Editora. Sendo eles os seguintes:
Lançado em Dezembro de 2013
8 meses após o lançamento do livro "Crime na Universidade"
Lançado em Dezembro de 2015

Opinião:
Começo a minha opinião, talvez não da melhor forma, mas com algo que me fez e continua a fazer uma imensa confusão. A Chiado Editora, pela qual eu tenho um enorme carinho e apreso, dado o seu interesse pelos escritores nacionais e não só, aposta e muito bem no lançamento de novos escritores. Contudo, sempre que leio algum livro desta editora, já sei que tenho que fechar os olhos aos erros ortográficos, má construção frásica e falta de pontuação. Acho que seria muito bom, que os escritores que se lançam nesta editora, sabendo à posteriori que não existe revisor literário, tivessem mais cuidado ao fazerem eles próprios a revisão do livro.
Dito isto, saliento que se fosse ter em consideração todos os fatores supracitados, a classificação seria má. Contudo, quando parto para a leitura de algum livro desta editora, já sei o que me espera, assim sendo limito-me a avaliar (por mais que me custe) somente o enredo do livro, assim foi o que fiz ao longo da leitura do livro de Pedro Macedo.

Gostei do enredo e da forma como os acontecimentos foram sucedendo. O livro prendeu-me logo no inicio, sendo que no primeiro capítulo o Agente do FIB, Edward depara-se com um caso insólito. Uma jovem de 17 anos aparece morta no seu quarto, numa residência universitária feminina. Os contornos do crime são no mínimo macabros, a jovem está deitada na sua cama, ao que parece foi asfixiada, está seminua com as mãos e pés atados com marcas em forma de cruz no peito, sem o coração e com o número um desenhado na perna direita. Mas o caso não fica por aqui mais tarde são encontradas na mesma residência mais duas raparigas assassinadas, apresentando o mesmo padrão do primeiro homicídio, só muda uma coisa, o número...uma tem o número sete e a outra tem o que parece ser um zero ou quem sabe um ponto final. Mais tarde surge uma quarta vítima, esta ao contrário das anteriores, foi encontrada numa sala de aula da Universidade e com o número oito, a esta vítima não foi retirado o coração. No quadro da mesma sala, onde foi encontrada a quarta vítima, estava escrita a palavra FIM.
Este livro contem a meu ver tudo para ser perfeito, é um livro de suspense com um serial killer que tem contornos, como já referi, macabros e que não deixava qualquer tipo de pistas, dado que não abusava sexualmente das vítimas e em principio usava luvas.
Até o aparecimento da jornalista Cameron, uma excelente profissional, que rapidamente é colocada a trabalhar com o detetive Edward, para auxiliar a ver pormenores que por vezes podem passar despercebidos aos agentes. Até este facto, está brilhante, sabemos que mesmo na vida real temos repórteres a auxiliar em muitos casos de policia.
Devo referir que até às últimas páginas do livro, em que finalmente é revelada a identidade do serial killer, nunca suspeitei quem seria na realidade, facto que foi muito bom, pois prendeu-me muito ao desenrolar dos acontecimentos e me levou a questionar várias vezes quem seria capaz de cometer tais atrocidades. Confesso que em certas alturas, estava tão revoltada como os próprios agentes do FBI devido à falta de provas.
Acho que já contei algumas coisitas a mais, mas foi no sentido de perceberem que temos aqui um excelente livro, um policial muito bem concebido história, com principio, meio e fim.
Gostei muito do livro, convém referir que foi lido para o Desafio 1: Ler um livro cuja a ação seja à volta de um serial killer da Maratona DARK-A-THON

Classificação de 5***** estrelas no Goodreads, mas tendo em conta tudo o que foi mencionado no inicio da minha opinião, vou atribuir aqui no blogue 4,5 estrelas.


Muito obrigada à Chiado Editora pela oferta deste livro, que mais uma vez me proporcionou uma leitura agradável apesar de todos os sês.
Excelentes leituras para todos;)

domingo, 2 de julho de 2017

Opinião l "O Meu Livro Tem Bicho" da escritora Madalena da Luz Costa


"Este é um livro divertido que estimula o gosto das crianças pela leitura, incentivando-as a ganhar o «bichinho» desde cedo."
Sinopse:
"Sabes o que é um Coccinella liber? Que nome complicado. Talvez o conheças por bichinho-da-leitura. Um bichinho com asas ainda mais redondo do que um berlinde. Não? Este livro está cheio deles. Este é, aliás, o livro ideal para que possas saber tudo o que precisas sobre os bichinhos-da leitura e os seus parentes próximos, como o bichinho-da- escrita. Esta é a história de como conheci Artur, o meu bichinho-da-leitura de estimação, que me ensinou tudo o que sei sobre eles. Vem conhecê-los também"retirado da contracapa do livro

Opinião:
Antes de dar a minha opinião quero dar os parabéns ao ilustrador deste livro, Ricardo Ladeira Carvalho, as ilustrações estão divinais mesmo lindas. Enquadram-se na perfeição com o tema do livro e estão realmente muito bem conseguidas, se a leitura é fantástica a ilustração é divinal.
Gostei muito deste livrinho, como sabem eu gosto muito de ler livros infantis, fazem recuar no tempo e voltar à minha infância.
A mensagem deste livro está muito bem conseguida, se apanharmos o bichinho-da-leitura, aprendemos a questionar, a querer saber sempre mais e a ler sempre cada vez mais podemos também apanhar um outro familiar que é o bichinho-da-escrita. Esta é a moral da história e está conseguida na perfeição através da linguagem simples e atrativa do texto e muito também pelas fantásticas ilustrações. 
Eu pessoalmente identifiquei-me muito com a história, pois depois de apanhar o bichinho-da-leitura, tive uma necessidade premente de ler cada vez mais e mais tarde de escrever. Foi desta forma que surgiu este blog, por culpa do bichinho-da-escrita.

Classificação de 5***** no Goodreads.

Recomendo esta leitura a miúdos e graúdos.

Excelentes leituras!

sábado, 1 de julho de 2017

Opinião I "O Fim da Inocência" do escritor Francisco Salgueiro

Sinopse:
"Aos olhos do mundo, Inês é a menina perfeita. Frequenta um dos melhores colégios nos arredores de Lisboa e relaciona-se com os filhos de embaixadores e presidentes de grandes empresas. Por detrás das aparências, a realidade é outra, e bem distinta. Inês e os seus amigos são consumidores regulares de drogas, participam em arriscados jogos sexuais e utilizam desregradamente a Internet, transformando as suas vidas numa espiral marcada pelo descontrolo físico e emocional.
Este é um Diário Secreto de uma adolescente portuguesa.
Francisco Salgueiro dá voz à história real e chocante de uma adolescente portuguesa, contada na primeira pessoa. Um aviso para os pais estarem mais atentos ao que se passa nas suas casas."retirado da contracapa

"Uma realidade de desconhecimento absoluto dos pais"
Jornal de Notícias

"A vida de sexo, drogas e álcool...
que os pais desconhecem..."
Diário de Notícias

"Retrata-se uma geração de facilidades onde todos, ou quase todos, se demitem..."
Sol

"Um diário secreto, chocante e real"
Visão

"...leia este livro..."
Diário económico

Opinião:
Terminei mesmo agora esta leitura.
Não sei o que pensar...contudo, não posso dizer que não me chocou porque estaria a mentir. Mexeu muito comigo, talvez até demasiado. Mas este é realmente um livro de leitura obrigatória para todos os pais e educadores. Talvez por ser professora esta realidade não me é totalmente desconhecida, mas nunca pensei que fosse tão perturbadora. Os adolescentes do século 21 são muito, mas mesmo muito, diferentes dos adolescentes do século 20. A necessidade de viverem tudo de uma forma tão rápida é assustadora, a idade com que iniciam todo este processo de descoberta do sexo, álcool e drogas é cada vez mais baixa. Pensar que crianças com dez e doze anos podem já ter iniciado a sua atividade sexual, consumido álcool e muitos tipos de drogas, chocou-me. Eu trabalho no terreno todos os dias com adolescentes e crianças, tenho plena noção que tudo é diferente agora, mas nunca pensei que fosse assim tão brutal, tão rápido e ao mesmo tempo tão desastroso.
Sinto que a partir de hoje vou olhar para os meus alunos de uma forma diferente, não que seja de uma maneira discriminatória, mas vou passar a observar o que está para além do que o comum dos mortais vê. Sempre fui muito atenta e preocupada com o consumo de drogas e álcool por parte dos meus alunos e familiares mas nunca, mesmo nunca, pensei que a espiral fosse assim tão dramática e descontrolada.
Este é sem dúvida, como já ouvi alguém dizer, um ABRE OLHOS, para todos os pais e educadores e toda a família que tenha "crianças" e adolescentes por perto. Temos de tentar por todos os meios tentar orientar os nossos adolescentes, digo orientar e não "proibir" porque o fruto proibido é o mais apetecido. Temos a obrigação de dar a informação e de estar informados sobre o que os filhos deste século fazem. Ninguém se pode descartar das suas responsabilidades. Todos nós adultos ditos saudáveis temos responsabilidade sobre os caminhos destes novos adolescentes, cabe a cada um de nós mostrar de uma forma não alarmista o que acontece quando somos confrontados com situações diferentes. Temos de educar os nossos jovens a saber dizer NÃO/SIM quando se sentem pressionados para fazer algo de modo a serem aceite pelo seu grupo de "amigos". O diálogo é fundamental, a aceitação de que isto pode acontecer com qualquer jovem é obrigatória. Existem muitas Inês(s), Bernardo(s) e Rita(s), este relato é o da nossa juventude, não podemos nem devemos  nos refugiar no velho cliché de que isto não acontece com os nossos filhos, que não acontece com os nossos alunos. Antes de mais temos de aceitar que esta é a realidade de hoje e a partir desta aceitação temos de passar a informação de uma forma correta e não de uma maneira proibitiva.
Lembremos sempre que são apenas crianças e que tudo o que é novidade é apetecível mas isso não nos retira nem nos desresponsabiliza da forma como os temos de educar para viverem em sociedade e não terem medo de assumir as suas diferenças perante os outros.
Costumo dizer muitas vezes a seguinte frase: "Informação não falta o que falta é formação pessoal." então vamos dar essa formação pessoal que eles tanto precisam.
Uma leitura obrigatória a todos e não somente a Pais e Educadores, pois vivemos em sociedade, essa sociedade tem de estar alerta para os jovens do século deles, porque eles são o futuro do nosso pais e do nosso mundo.
As ofertas e as tentações são mais que muitas, vivemos num mundo de extremos, de consumo fácil e de acesso fácil a tudo o que pode destruturar o desenvolvimento saudável das nossas crianças e jovens. Não tapemos os olhos ao que se passa ao nosso redor, pois desta forma estamos a permitir e a ser coniventes com tudo o que se passa ao nosso redor.
Uma leitura forte, que prende e que revolta mas acima de tudo obrigatória.

Não posso deixar de agradecer à Inês por ter tido a coragem de dar a conhecer a nós, sociedade adulta, o que se passa nos meandros do mundo dos adolescentes. Obrigada pela coragem, pela forma direta e sem tabus com que nos deste a conhecer a vida de um número considerável de adolescentes do século 21.

Obrigada Francisco, pela forma como lidaste com toda esta informação, creio que não deve ter sido nada, mesmo nada fácil. Contudo, o dever foi cumprido, a informação passou e muito bem, de uma maneira crua e dura, pois só assim talvez os pais e educadores consigam mudar a sua postura diante esta nova geração.

Classificação no Goodreads de 5*****.

Recomendo vivamente a leitura deste livro, devia ser obrigatório todos os pais e educadores confrontarem-se com este livro e os relatos nus e cruos do que se passa com os nossos filhos e os nossos educandos.