O Palácio da Meia-Noite
Trilogia da Neblina - Vol. II
de Carlos Ruiz Zafón;
Tradução: Maria do Carmo Abreu
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 280
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896573881
Preço:17,76 euros
Comecei a ler:17-06-2015
Terminei de ler:18-06-2015
Sinopse:
«No coração de Calcutá esconde-se um obscuro mistério...
Um comboio em chamas atravessa a cidade. Um espectro de fogo semeia o terror nas sombras da noite. Mas isso não é mais do que o princípio. Numa noite obscura, um tenente inglês luta para salvar a vida a dois bebés de uma ameaça impensável. Apesar das insuportáveis chuvas da monção e do terror que o assedia a cada esquina, o jovem britânico consegue pô-los a salvo, mas que preço irá pagar? A perda da sua vida. Anos mais tarde, na véspera de fazer dezasseis anos, Ben, Sheere e os amigos terão de enfrentar o mais terrível e mortífero mistério da história da cidade dos palácios.»retirado do site wook
Um comboio em chamas atravessa a cidade. Um espectro de fogo semeia o terror nas sombras da noite. Mas isso não é mais do que o princípio. Numa noite obscura, um tenente inglês luta para salvar a vida a dois bebés de uma ameaça impensável. Apesar das insuportáveis chuvas da monção e do terror que o assedia a cada esquina, o jovem britânico consegue pô-los a salvo, mas que preço irá pagar? A perda da sua vida. Anos mais tarde, na véspera de fazer dezasseis anos, Ben, Sheere e os amigos terão de enfrentar o mais terrível e mortífero mistério da história da cidade dos palácios.»retirado do site wook
Críticas literárias:
«Um livro para adultos, bem como para adolescentes, mas não aconselhável para cardíacos...O realismo mágico da obra-prima que veio sete anos depois, está aqui, num emocionante mistério meticulosamente trabalhado.»
Weenkend Prees/ Dominion Post Weenkend (NZ)
Book trailler...
«O Palácio da Meia-Noite, depois de muitos anos de edições lamentáveis, vê hoje por fim a luz como o seu autor lhe pareceu que deveria ter visto quando publicado pela primeira vez. Passaram uns anos e um romancista sente-se tentado a refazer os passos perdidos e a corrigir os muitos defeitos que infestam uma obra inicial, para que dê a impressão que possuía mais talento do que na realidade tinha. Pareceu-me mais honesto deixá-lo tal e qual como o escrevi, com os recursos e a tarimba daquele tempo.»
Carlos Ruiz Zafón
«O Palácio da Meia-Noite é o segundo romance que publiquei, por volta de 1994, e que faz parte, com O Príncipe da Neblina, As Luzes de Setembro e Mariana, da série de romances "juvenis" que escrevi antes de A Sombra do Vento. Para dizer a verdade, nunca soube muito bem o que significa isso de "romance juvenil". A única coisa que sei é que quando os escrevi era bastante mais novo do que sou agora e que a minha ideia ao publicá-los era que, se tinha feito o meu trabalho correctamente, deviam interessar a leitores jovens de idades compreendidas entre os nove e os noventa anos. São histórias de mistério e aventura, romances que quiçá o Julián Carax de A Sombra do Vento podia ter escrito no seu sótão do Quartier Latin de Paris, enquanto pensava no seu amigo Daniel Sempere.»
Carlos Ruiz Zafón
Minha opinião:
Bom que dizer sobre este livro de Zafón, adorei, gosto imenso deste escritor, pois consegue sempre transportar-me para ambientes tenebrosos e terrivelmente misteriosos e eu adoro. O modo como Zafón escreve deixa-me sempre pregada ao livro sem o conseguir largar muito tempo, o que significa que este foi um livro que li com uma grande brevidade e com um enorme prazer.
Não quero fazer comparações entre o primeiro volume da Trilogia, que se intitula "O Príncipe da Neblina" com este segundo volume,isto porque, apesar de ser considerada uma trilogia nada tem a ver um livro com o outro, o terceiro e último livro intitula-se "As Luzes de Setembro". Ou seja, os lugares são diferentes, as personagens são diferentes, logo o enredo é completamente diferente.
Desta forma, pode o leitor ler qualquer um destes livros pela ordem que lhe convier pois nada têm em comum, a não ser a escrita maravilhosa de Zafón, com os seus cenários sombrios, mistérios com uma quanta parte de magia e protagonistas jovens.
Os três livros, juntos , marcaram o início da carreira literária do escritor, que consagrou-se com histórias para adultos, mas com igual qualidade.
Esta história desenrola a sua acção em Calcutá, Índia, entre os anos de 1916 e 1932.
Ao longo da narração deste livro que é feita por Ian, um dos meninos da época, ficamos a conhecer a fatídica história de Ben e Sheere, dois irmãos gémeos que são separados à nascença.
Numa noite chuvosa, um homem, de seu nome Peake,tenente inglês, foge com dois bebés de um perseguidor maléfico e malvado, ao pior dos destinos: o desejo de vingança de Jawahal. Ele sabe que não terá muito tempo para salvar os bebés e tem apenas uma hipótese para os conseguir salvar, levá-los para a casa da avó, Aryami Bosé, dos recém-nascidos e depois fugir para sempre.
Esta é a forma de salvar os únicos rebentos que resultaram do feliz casamento da filha de Aryami Bosé, com o peculiar engenheiro e escritor Chandra Chantterghee.
Aryami Bosé, toma a decisão, mais dificil da sua longa vida, decide separar os dois irmãos o rapaz mais tarde batizado com o nome Ben é levado por ela para o orfanato St. Patrick, dirigido por Thomas Carter e a rapariga, a quem dá o nome de Sheere, fica sob a sua proteção. Esta é a única forma de fazer com que os dois sobrevivam ao amaldiçoado Jawahal.
Ben está prestes a completar dezasseis anos e, com isso, precisará de deixar para trás não só o orfanato, como também os seus melhores amigos. Juntos, os sete jovens formam a Chowbar Society, um grupo que jurou proteger-se e ajudar-se em qualquer circunstância. Os encontros do grupo acontecem sempre no Palácio da Meia-Noite, numa dessas noites, quando estão prestes a despedirem-se de vez, eles vão conhecer Sheere. A jovem, de quase dezasseis anos, que se deslocou ao orfanato com a sua avó e descobriu mais que um grupo de amigos.
Dezasseis anos depois, o terrível Jawahal-uma das mais interessantes personagens criadas por Zafón-, volta para ameaçar tudo e todos de forma a dar o seu golpe final e completar os seus maquiavélicos planos.No centro de toda esta trama de acontecimentos vividos em plena cidade dos palácios, os oito membros da Chowbar Society vão sentir, literalmente, o fogo do ameaçador e sinistro Jawahal e lutar contra os próprios medos.
O modo como Zafón leva o leitor por entre as ruas escuras e mal cheirosas de Calcutá e os embrenha no mistério de Ben e companhia torna este livro quase que obrigatório, não só para os fãs do autor mas para todos, independentemente da idade, que gostem de uma história magnífica, repleta de ação, fantasia, mistério e enigmas.
Na minha memória ficará, sem dúvida, as maravilhosas descrições de uma cidade repleta de edifícios e locais mágicos, assim como o conhecimento do "Pássaro de Fogo", a arma mortífera de Jawahal ou o assustador comboio de chamas.
Um dos aspectos mais fascinantes nos livros de Zafón é o seu estilo de escrita. E não sendo este um livro com a complexidade do "O Jogo do Anjo" é muito fácil reconhecer os seus traços no estilo da sua escrita. No modo como evoca ambientes sombrios com um pormenor que parece palpável, a beleza nos ocasionais toques quase que poéticos, faz-me parecer que o autor está plenamente presente. Este facto é que faz com que, mesmo sendo uma história simples, este livro me tenha deixado fascinada.
Recomendo vivamente a leitura de todo e qualquer livro de Zafón.
Não quero fazer comparações entre o primeiro volume da Trilogia, que se intitula "O Príncipe da Neblina" com este segundo volume,isto porque, apesar de ser considerada uma trilogia nada tem a ver um livro com o outro, o terceiro e último livro intitula-se "As Luzes de Setembro". Ou seja, os lugares são diferentes, as personagens são diferentes, logo o enredo é completamente diferente.
Desta forma, pode o leitor ler qualquer um destes livros pela ordem que lhe convier pois nada têm em comum, a não ser a escrita maravilhosa de Zafón, com os seus cenários sombrios, mistérios com uma quanta parte de magia e protagonistas jovens.
Os três livros, juntos , marcaram o início da carreira literária do escritor, que consagrou-se com histórias para adultos, mas com igual qualidade.
Esta história desenrola a sua acção em Calcutá, Índia, entre os anos de 1916 e 1932.
Ao longo da narração deste livro que é feita por Ian, um dos meninos da época, ficamos a conhecer a fatídica história de Ben e Sheere, dois irmãos gémeos que são separados à nascença.
Numa noite chuvosa, um homem, de seu nome Peake,tenente inglês, foge com dois bebés de um perseguidor maléfico e malvado, ao pior dos destinos: o desejo de vingança de Jawahal. Ele sabe que não terá muito tempo para salvar os bebés e tem apenas uma hipótese para os conseguir salvar, levá-los para a casa da avó, Aryami Bosé, dos recém-nascidos e depois fugir para sempre.
Esta é a forma de salvar os únicos rebentos que resultaram do feliz casamento da filha de Aryami Bosé, com o peculiar engenheiro e escritor Chandra Chantterghee.
Aryami Bosé, toma a decisão, mais dificil da sua longa vida, decide separar os dois irmãos o rapaz mais tarde batizado com o nome Ben é levado por ela para o orfanato St. Patrick, dirigido por Thomas Carter e a rapariga, a quem dá o nome de Sheere, fica sob a sua proteção. Esta é a única forma de fazer com que os dois sobrevivam ao amaldiçoado Jawahal.
Ben está prestes a completar dezasseis anos e, com isso, precisará de deixar para trás não só o orfanato, como também os seus melhores amigos. Juntos, os sete jovens formam a Chowbar Society, um grupo que jurou proteger-se e ajudar-se em qualquer circunstância. Os encontros do grupo acontecem sempre no Palácio da Meia-Noite, numa dessas noites, quando estão prestes a despedirem-se de vez, eles vão conhecer Sheere. A jovem, de quase dezasseis anos, que se deslocou ao orfanato com a sua avó e descobriu mais que um grupo de amigos.
Dezasseis anos depois, o terrível Jawahal-uma das mais interessantes personagens criadas por Zafón-, volta para ameaçar tudo e todos de forma a dar o seu golpe final e completar os seus maquiavélicos planos.No centro de toda esta trama de acontecimentos vividos em plena cidade dos palácios, os oito membros da Chowbar Society vão sentir, literalmente, o fogo do ameaçador e sinistro Jawahal e lutar contra os próprios medos.
O modo como Zafón leva o leitor por entre as ruas escuras e mal cheirosas de Calcutá e os embrenha no mistério de Ben e companhia torna este livro quase que obrigatório, não só para os fãs do autor mas para todos, independentemente da idade, que gostem de uma história magnífica, repleta de ação, fantasia, mistério e enigmas.
Na minha memória ficará, sem dúvida, as maravilhosas descrições de uma cidade repleta de edifícios e locais mágicos, assim como o conhecimento do "Pássaro de Fogo", a arma mortífera de Jawahal ou o assustador comboio de chamas.
Um dos aspectos mais fascinantes nos livros de Zafón é o seu estilo de escrita. E não sendo este um livro com a complexidade do "O Jogo do Anjo" é muito fácil reconhecer os seus traços no estilo da sua escrita. No modo como evoca ambientes sombrios com um pormenor que parece palpável, a beleza nos ocasionais toques quase que poéticos, faz-me parecer que o autor está plenamente presente. Este facto é que faz com que, mesmo sendo uma história simples, este livro me tenha deixado fascinada.
Recomendo vivamente a leitura de todo e qualquer livro de Zafón.
Excertos:
«Dia após dia esperámos com tristeza e receio a chegada daquele Verão em que completaríamos os dezasseis anos e que haveria de significar a nossa separação e a dissolução da Chowbar Society,aquele clube secreto e reservado a sete membros exclusivos que fora o nosso lar durante os anos no orfanato. Ali crescemos sem outra família além de nós mesmos e sem outras recordações do que as histórias que contávamos até chegar a madrugada em redor da fogueira, no pátio da velha casa abandonada que se erguia de Cotton Street e Brabourne Road, um casarão em ruínas que havíamos baptizado como o Palácio da Meia-Noite.Não sabia então que aquele seria a última vez que veria o lugar em cujas ruas me criei e cujo feitiço me perseguiu até hoje.» pág.11
«Com esse espírito, confiando que a memória não me atraiçoará, reviverei os misteriosos e terríveis acontecimentos que ocorreram durante aqueles quatro ardentes dias de Maio de 1932.» pág.13
«Desde aquele dia, a maldição de um terrível calor caiu sobre a cidade e os deuses voltaram-lhe as costas para sempre, deixando-a ao abrigo dos espíritos da escuridão. Os poucos homens sábios e justos que restavam rezavam para que, um dia, as lágrimas de gelo de Shiva caíssem de novo do céu e quebrassem aquela maldição que transformara Calcutá numa cidade maldita...» pág.82
«Com esse espírito, confiando que a memória não me atraiçoará, reviverei os misteriosos e terríveis acontecimentos que ocorreram durante aqueles quatro ardentes dias de Maio de 1932.» pág.13
«Desde aquele dia, a maldição de um terrível calor caiu sobre a cidade e os deuses voltaram-lhe as costas para sempre, deixando-a ao abrigo dos espíritos da escuridão. Os poucos homens sábios e justos que restavam rezavam para que, um dia, as lágrimas de gelo de Shiva caíssem de novo do céu e quebrassem aquela maldição que transformara Calcutá numa cidade maldita...» pág.82
Boas leituras!
Ola, Carla!
ResponderEliminarConhecín a Zafon gracias a minha nai. Ela gosta muito desse autor. Eu so li La sombra del viento e gostei dele. Porém, tenho vontade de ler mais livros desse escritor este veran.
Adorei a sua opiniao.
Beijos e boas leituras!
Olá,
EliminarEu gosto muito de Zafón, este livro é maravilhoso, intrigante, misterioso, mirabolante, tudo é intrigante tal como a escrita de Zafón. é uma delicia ler este escritor.
Beijinhos e boas leituras;)
Olá Carla!
ResponderEliminarAdoro Zafón! Acho a sua escrita maravilhosa, como também a forma como cria as histórias, sempre com aquela aura misteriosa.
E sim, nota-se que esta trilogia, ainda não tem o esplendor da escrita de por exemplo A Sombra do Vento, mas também se percebe que o poder da escrita já lá está =)
Beijinhos
Olá Tita,
EliminarEu adoro Zafón, concordo com tudo o que escreves-te tenho que ler a A Sombra do Vento porque por erro meu li O Jogo do Anjo a pensar que era o primeiro. Depois de ler As luzes de Setembro, vou ler A Sombra do Vento e Prisioneiros do Céu.
Beijinhos e boas leituras.
Excelente opinião sobre um livro que está debaixo de olho, até porque Zafón é um autor que aprecio.
ResponderEliminarBeijinho
Olá Iceman,
EliminarAdorei este livro mesmo ao estilo de Zafón, se gostas do escritor aconselho a leitura.
Beijinhos e boas leituras.
Olá,
ResponderEliminarTenho mesmo de ganhar coragem e pegar num livro deste escritor, é que leio elogios dos seus livros e da sua escrita. Qual é o melhor livro dele que já leste e que aconselhas para alguém que nunca leu nada dele, leia?
Esta parece ser uma trilogia interessante e confesso que gosto muito das capas que deixaste no fim do post, tem capas muito simples mas bonitas!
Beijinhos.
Olá,
EliminarTens mesmo que ler Zafón, é um escritor brilhante, diferente de tudo que já li.
Se queres um conselho começa por ler estes primeiros livros dele O Príncipe da Neblina, foi o primeiro desta trilogia, mas uma coisa apesar de chamarem trilogia os livros nada têm em comum, podendo desta forma serem lidos como livros separados. Aconselho estes porque foram os primeiros que o escritor escreveu e depois sim podes dar o salto para a trilogia O cemitério dos livros esquecidos que começa com A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo e por fim O prisioneiro do Céu. Esta é já uma trilogia adulta e brilhante, eu enganei-me a ler e li O jogo do Anjo e adorei agora tenho que ler o primeiro e o último.
Mas lê Zafón tenho a certeza que vais gostar.
Beijinhos e boas leituras.
Ups ...
EliminarEm relação às capas eu também gosto mais destas mas estas são as publicadas no Brasil.
Beijocas.
Olá Carla,
ResponderEliminarAinda não tive a oportunidade de ler nada do autor mas com tantos elogios tenho que ler.
Beijinhos
Olá Tânia,
EliminarZafón é um escritor excelente e não sou a única a dizer tal coisa, começas a ler e não consegues para. Acho que nunca li uma critica negativa sobre este escritor.
Vou-te dar o mesmo conselho que já dei anteriormente:começa por ler estes primeiros livros dele O Príncipe da Neblina, foi o primeiro desta trilogia, mas uma coisa apesar de chamarem trilogia os livros nada têm em comum, podendo desta forma serem lidos como livros separados. Aconselho estes porque foram os primeiros que o escritor escreveu e depois sim podes dar o salto para a trilogia O cemitério dos livros esquecidos que começa com A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo e por fim O prisioneiro do Céu. Esta é já uma trilogia adulta e brilhante, eu enganei-me a ler e li O jogo do Anjo e adorei agora tenho que ler o primeiro e o último.
Lê um livro que seja dele e depois diz-me alguma coisa, sei que vais amar ler Zafón.
Beijinhos e boas leituras.
Bom final de semana.
Ois,
ResponderEliminarApenas li A Sombra do Vento e lembro-me que gostei e embora tenha quem me empreste os livros do escritor nunca mais voltei a ler nenhum livro do escritor, quem sabe um dia :)
Parabéns pelo comentário ;)
Bjs e boas leituras
Olá Fiacha,
EliminarEu adoro Zafón acho um escritor extraordinário, mas para o ler não pode ser de seguida tenho que ler com separação espaço-temporal, para mim é essencial. Mas gosto muito da sua escrita negra e fascinante.
Beijinhos e boas leituras.