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domingo, 12 de julho de 2015

Minha opinião sobre o livro "A Elite" de Kiera Cass

A Elite
de Kiera Cass
Edição/reimpressão:2015
Páginas: 290
Editor: Marcador
ISBN: 9789897541445
Coleção: Marcador Literatura
Preço:14,36 euros

Comecei a ler: 09-07-2015
Terminei de ler:11-07-2015

Sinopse:
«A Seleção iniciou-se com 35 raparigas. Agora, com o grupo reduzido a 6, a Elite, a competição para conquistar o amor do Príncipe Maxon é mais feroz do que nunca. 
Quanto mais perto America se encontra da coroa, mais se debate para perceber onde está verdadeiramente o seu coração. Cada momento que passa com Maxon é como um conto de fadas, instantes cheios de romantismo avassalador e muito glamour. Mas sempre que vê Aspen, o seu primeiro amor, é assaltada pelo desejo da vida que tinham planeado partilhar.
America anseia por mais tempo. Mas enquanto se sente dividida entre dois futuros, o resto da Elite sabe exatamente o que quer e a oportunidade de America para escolher está prestes a desaparecer.»retirado do site wook

Críticas de imprensa...
«Um verdadeiro conto de fadas. Encantador, cativante e com a quantidade certa de emoção!»
Kiersten White, autora bestseller do The New York Times

«Personagem de temperamento forte, a recordação de um amor proibido deixado para trás e um triângulo amoroso que nos toca o coração.»
Publishers Weekly

Book trailler The Elite de Kiera Cass

Minha opinião:
Após ter terminado de ler o livro «A Seleção» de Kiera Cass atirei-me logo no mesmo dia para o segundo volume, desta deliciosa trilogia distópica, que é intitulado «A Elite».
Desta forma, venho aqui deixar a minha opinião sobre este livro que li de modo tão ansioso e inesperado, dado que não constava das minhas leituras programadas inicialmente para esta semana.

Antes de mais gostava de salientar que este post não contém spoilers em relação a este volume, mas algumas coisas citadas podem ser spoilers para quem não leu o primeiro volume da trilogia. Se não se incomodarem continuem a ler, caso contrário é melhor não lerem.

A Elite é a “segunda fase” da seleção onde restam apenas 6 raparigas das trinta e cinco iniciais, que disputam a coroa e o príncipe Maxon. Neste livro encontramos America um pouco mais perdida e cheia de dúvidas. Depois de saber quais são as reais intenções de Maxon, que nos são deixadas claras no final do primeiro volume, ela começa a questionar-se se a coroa e a vida no palácio é realmente o que ela quer.

O livro em si é uma grande confusão o tempo todo, America dá um passo em frente e dois para trás ela não consegue decidir o que quer e quem quer. Quando eu achava que a história estava a desenrolar-se, America arranjou sempre uma forma de não permitir que esta andasse para a frente, o que me levou a achar America um pouco cansativa, mas contudo a compreender as suas dúvidas, pois no lugar dela talvez agisse da mesma forma ou pior. Por este facto eu acabei por não me incomodar com isso, achei até que foi necessário para prender-me à leitura e despertar mais curiosidade sobre o terceiro livro.

Ao longo da leitura da «A Elite», não fiquei muito feliz, pois a abordagem do tema das questões políticas do país e dos ataques rebeldes nortistas e Sulistas, que eu tinha receio que a escritora colocasse de parte, foi realmente colocado.Tal facto deixou-me ainda mais curiosa pelo próximo volume, dado que, America também se vai envolver nesse assunto. É justamente nisto que o livro foi sufocante para mim. O universo distópico criado é tão interessante, acredito que tinha tantas coisas diferentes para se explorar e a autora optou por se focar na confusão emocional da personagem America. 
Gostaria muito que a autora tivesse utilizado melhor esse contexto. A evolução de América, Maxon e Aspen teria sido muito mais palpável e interessante.
Eu sei que esta confusão amorosa e emocional é importante e angustiante para a personagem principal, mas acho que o livro podia ter ido além disso… 
Fiquei as 290 páginas sofrendo com America e seu temperamento intempestivo, suspirando umas vezes por Maxon, outras por Aspen. Deambulei como ela as minhas emoções para compreender as atitudes do príncipe.

O livro apresenta uma evolução muito pequena, continuamos sem entender o que acontece objetivamente em Illéia e pelos vislumbres que temos das demais  personagens não me deixou interessada em saber mais sobre eles.
Agora que Aspen também está no castelo existe mais um motivo para America deixar-se confundir nas suas escolhas. Em certos momentos ela tem dúvidas sobre o carácter de Maxon e fica dividida entre os dois. O que me deixou muito confusa em relação a America. E Aspen já me tinha desiludido no primeiro volume em algumas das suas atitudes, neste segundo volume volta a decepcionar-me em alguns momentos.

O livro foca-se demasiadamente nas atividades da Elite, as seis selecionadas que permanecem na Seleção. Vivemos através dos olhos de America todos os traumas, inquietações e questões dessa situação assustadora: como decidir? Quando o que está envolvido não é apenas o amor, mas também o destino de um país.

Vou ter de esperar um tempo para ler «A Escolha», dado que ainda não foi lançado em Portugal, mas com toda a certeza o irei ler. Vai valer a pena ver o que vai acontece com Illéia e há sua população. Se vamos poder contar com alguma melhoria das condições de vida para as diferentes castas. Quero também entender melhor as atitudes do Rei e ver como America lidará com tudo. E tenho uma esperança de que no terceiro volume a autora nos revele o porquê dos ataques rebeldes. 
Fora todos estes factos amei a leitura deste livro, mesmo tendo muito romance está muito bem escrito e as dúvidas de America são perfeitamente compreensíveis, isto segundo o meu ponto de vista claro. 

Recomendo a leitura desta trilogia para aqueles que gostam de acompanhar a vida de uma rapariga que se está a descobrir não só a ela como o país em que vive.
«A Elite» é um livro que se foca na personagem, e não no cenário. Se gosta de ler sobre dúvidas amorosas, este é um livro perfeito. Tenho muita pena que a escritora tenha enveredado só por aí, com alguns mas muito poucos vislumbres políticos do pais e dos ataques rebeldes, que seriam uma mais valia para o livro, enriquecendo-o e em nada o empobreceria. Contudo gosto da trilogia distópica mas tem esse senão, que já foi referido.

Tenho contudo de demonstrar o meu espanto quando descobri, estava eu na página 69 deste livro que existiam dois contos à parte dos livros, um é «O Príncipe» que é aconselhado a ser lido antes deste segundo volume e o outro é «O Guarda» que pode ser lido depois deste conto. Fiquei aborrecida obviamente, pois só existem em formato e-book mas lá consegui imprimir os dois para os ler. Vão contar como dois livros pois o número de páginas de cada um ainda é considerável. Irei ler a seguir a este livro. Logo terei de alterar novamente as minhas leituras programadas. 

Nota Importante: esta série ainda não se sabe se será uma trilogia ou se a escritora vai escrever mais livros.


Excertos:
«Desde que a Seleção ficara reduzida a apenas seis raparigas, ele andava mais ansioso do que quando inicialmente chegara o grupo de trinta e cinco. Acho que pensou que teria mais tempo para fazer as suas escolhas. E, embora eu ficasse com um peso na consciência por admiti-lo, sei que era por minha causa que ele se sentia assim.» pág.9

«Os Estados Unidos haviam sido invadidos no início da Terceira Guerra Mundial, depois de não conseguirem pagar a sua debilitante dívida à China. Em vez de receberem o dinheiro, que os Estados Unidos não tinham, os Chineses instalaram um governo aqui, criando o Estado Americano da China e usaram os Americanos como força de trabalho. Os Estados Unidos acabaram por se revoltar, não apenas contra a China, mas também contra os Russos, que estavam a tentar roubar a mão-de-obra estabelecida pelos Chineses, e juntaram-se ao Canadá, ao México e a vários outros países latinos para formarem um único país. Essa foi a Quarta Guerra Mundial e, embora tenhamos sobrevivido e formado um novo país, a guerra devastou bastante a economia.» pág.59

«Como é que o meu pai sabia sempre o que dizer? Desejava que alguém realinhasse as estrelas para que elas formassem as suas palavras. Precisava que fossem grandes e brilhantes e que ficassem visíveis em algum lado onde pudesse vê-las nos momentos de escuridão. Adoro-te. Estou muito, muito orgulhoso.» pág.102

«Como era possível que os rebeldes tivessem entrado no palácio em dois dias seguidos? Dois dias seguidos! Será que as coisas tinham piorado assim tanto, lá fora, desde o início da Seleção? Com base no que vira quando ainda estava em Carolina e pelo que vivera no palácio, tratava-se de um facto inédito.» pág.153
Boas leituras!

4 comentários:

  1. Olá Carla!
    Vou ser sincera, não li a opinião porque ainda não li nenhum livro da trilogia (ou série). Mas no fim, vou gostar de saber a tua opinião geral sobre a mesma =)
    Beijinhos e boas leituras

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    1. Olá Tita,
      Fizes-te muito bem, pelo que estive a ver isto não vai ser uma trilogia mas uma saga com quatro volumes mais o livro dos dois contos que eu já os li.
      Beijinhos e boas leituras.

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  2. Olá,
    Confesso que li a tua opinião só assim na horizontal para não saber grandes coisas sobre esta série antes de a ler uma vez que as minhas expectativas são altas, vamos lá ver se não me desiludo. Vou tentar ainda ler estes dois livros este verão, queria que saíssem entretanto os restantes, mas não estou a ver jeitos disso. :)
    É verdade, entretanto em relação a um comentário teu sobre contos, podes enviar-me os que encontraste senão te importares, eu entretanto também achei mais uns e posso também enviar-te se quiseres, com sorte temos contos diferentes.
    Beijinhos.

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    1. Olá Tânia,
      Fizes-te muito bem pois como este já é um segundo volume e podia ter algo sobre o primeiro o que seria aborrecido.
      Vou enviar-te sim os contos que tenho aproveito e envio estes dois desta série.
      Beijinhos e boas leituras.

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