O Céu Cai-lhe em Cima da Cabeça
de Albert Uderzo, René Goscinny; Tradução: Maria José Pereira,Paula Caetano; Ilustração: Albert Uderzo
Edição/reimpressão:2006
Páginas: 48
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789724144184
Coleção: Astérix
Preço:11,61 (já o tinha em casa desde que foi lançado em 2006)
Comecei a ler:16-01-2016
Terminei de ler:16-01-2016
Sinopse:
«Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 6º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma.
Mais uma vez a famosa aldeia dos irredutíveis gauleses foi invadida! Mas, desta feita, os romanos estão completamente inocentes. De um momento para o outro, todos os habitantes da aldeia gaulesa ficam imobilizados, com excepção de Astérix, Obélix, Panoramix e Ideiafix. Esta situação coincide com a chegada de uma misteriosa nave, tripulada por um estranho personagem de nome Tune, oriundo de uma estrela distante. Os nossos heróis ficam então a saber que possuem uma "arma secreta" pretendida pelos Nagmas, uns seres estranhos e antipáticos, rivais dos habitantes de Wendalsity. Os nossos amigos gauleses vão contar com a preciosa ajuda do simpático Tune, para evitar que a famosa poção mágica caia nas mãos dos terríveis Nagmas - que pretendem tornar-se os únicos senhores do Universo - e espera-se uma missão deveras complicada! Mas nada vai impedir que esta história termine como todas as outras… com um magnífico banquete!
O álbum "O Céu Cai-lhe em Cima da Cabeça" - o 33.º da série Astérix, foi publicado a 14 de Outubro de 2005 simultaneamente em 27 países, e com uma tiragem total na Europa de 8 milhões de exemplares - um novo recorde para esta série. Este livro é a 8.ª aventura de Astérix que Uderzo assina em 27 anos de trabalho a solo.»retirado do site wook
Livro recomendado para o 6º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma.
Mais uma vez a famosa aldeia dos irredutíveis gauleses foi invadida! Mas, desta feita, os romanos estão completamente inocentes. De um momento para o outro, todos os habitantes da aldeia gaulesa ficam imobilizados, com excepção de Astérix, Obélix, Panoramix e Ideiafix. Esta situação coincide com a chegada de uma misteriosa nave, tripulada por um estranho personagem de nome Tune, oriundo de uma estrela distante. Os nossos heróis ficam então a saber que possuem uma "arma secreta" pretendida pelos Nagmas, uns seres estranhos e antipáticos, rivais dos habitantes de Wendalsity. Os nossos amigos gauleses vão contar com a preciosa ajuda do simpático Tune, para evitar que a famosa poção mágica caia nas mãos dos terríveis Nagmas - que pretendem tornar-se os únicos senhores do Universo - e espera-se uma missão deveras complicada! Mas nada vai impedir que esta história termine como todas as outras… com um magnífico banquete!
O álbum "O Céu Cai-lhe em Cima da Cabeça" - o 33.º da série Astérix, foi publicado a 14 de Outubro de 2005 simultaneamente em 27 países, e com uma tiragem total na Europa de 8 milhões de exemplares - um novo recorde para esta série. Este livro é a 8.ª aventura de Astérix que Uderzo assina em 27 anos de trabalho a solo.»retirado do site wook
O escritor Albert Uderzo:
Autor de banda desenhada, ilustrador e publicitário, Albert Aleandro Uderzo nasceu a 25 de Abril de 1927, em Fismes, no Marne (França), no seio de uma família de origem italiana.
Em 1940 foi admitido na SPE (Société Parisienne d'Édition), iniciando-se nas Artes Gráficas como desenhador, entre outras funções. Nesse mesmo ano colaborou com a revista Junior e conheceu o desenhador Edmond-François Calvo, com quem aprendeu a fazer banda desenhada.
Com a França ocupada, interrompeu o seu interesse pela BD durante o tempo em que trabalhou com o pai, numa oficina de um luthier.
Em 1945 publicou a sua primeira BD, Flamberge Gentilhomme Gascon, tendo também criado Clopinard no mesmo ano.
Começou a colaborar com a revista OK em 1946, onde criou várias personagens como Arys Buck, Prince Rollin e Belloy (1948), este último mais tarde recuperado para o jornal La Wallonie (1950) e para as revistas Pistolin(1955) e Pilote (1962). Já no início da década de 50, colaborou noutras publicações como Bravo! (1950), France-Dimanche (1950), aqui como repórter-desenhador, France-Soir, La Chambre du haut, e nas BD publicitárias que surgiram em diferentes jornais. A sua ligação à agência International-Press de Bruxelas aconteceu em 1951, onde conheceu Jean-Michel Charlier, Victor Hubinon, Mitacq, Eddy Paape e Jean Graton, que viriam a revelar-se grandes criadores de BD. Aí, e nesse mesmo ano, conheceu também René Goscinny, com o qual estabeleceu uma cumplicidade que se traduziu em múltiplos trabalhos, iniciada com Jehan Pistolet, um gentil corsário, e com Luc Junior - séries publicadas em 1952 no suplemento "La Libre Junior" do jornal La Libre Belgique. Em parceria com René Goscinny criou também um simpático pele vermelha, Oumpah-Pah (Humpá Pá), cuja primeira versão de 1952 foi recusada por vários editores, mas que acabaria por ser publicada na revista Tintin, entre 1958 e 1962.
Outros periódicos, onde se podem encontrar várias bandas desenhadas de Uderzo, são a revista Risque-Tout(1955), bem como Benjamin et Benjamine (1956) para a qual criou a série do mesmo nome, ou ainda Paris Flirt e Jeannot.
Albert Uderzo, René Goscinny e Jean-Michel Charlier, também argumentista, fundaram em 1955 a Édipresse (agência de imprensa) e a Édifrance (agência de publicidade), a partir das quais nasceram publicações (como a revista Pistolin), personagens e colaborações com outros autores, como resposta a um conflito pelo reconhecimento dos direitos dos autores.
Uderzo esteve intimamente ligado ao nascimento da Pilote, da qual foi o director artístico, maquetista e ilustrador, revista que se tornou um marco na BD europeia dos anos 60. No seu número inaugural, de 29 de Outubro de 1959, apareceu desde logo Astérx, série humorística criada com argumentos de Goscinny, e também Tanguy e Laverdure, série realista criada com argumentos de Jean-Michel Charlier, ambas sob desenho de Uderzo.
Dado o extraordinário êxito conseguido com Astérix, sobretudo a partir do momento em que se popularizam as edições em álbum, Uderzo foi obrigado a deixar as suas outras criações, nomeadamente Tanguy e Laverdure, que continuou com argumentos de Charlier, sob desenho de outros autores.
Ao popularizar-se a sua leitura entre adultos e crianças, Astérix ajudou a aumentar a notoriedade da banda desenhada em França, deixando de ser encarada como uma actividade menor destinada à infância.
Até 1977 foram editados, em média, dois álbuns por ano da série, fruto da grande popularidade adquirida, que também se alargou a outros países europeus. Em simultâneo, desenvolveram-se desenhos animados, produtos derivados e publicidade, que utilizava Astérix para as mais variadas campanhas, consolidando a popularidade do pequeno gaulês e amigos.
Em 1974 Uderzo fundou, com Goscinny e o editor George Dargaud, o Studio Idéfix, dedicado à realização de desenhos animados, que funcionou até 1978. Com a morte de René Goscinny em Novembro de 1977, o último álbum feito pelos dois autores, Astérix chez les Belges (Astérix entre os Belgas), apenas seria editado em 1979. Nesse ano, Uderzo criou as Éditions Albert-René, que editam os álbuns da série que passou a realizar a solo, para além de outros títulos criados por Uderzo e Goscinny. O primeiro álbum de Astérix, produzido a solo, Le Grand Fossé (O Grande Fosso), foi editado em 1980.
De entre as muitas distinções recebidas pela sua obra, destaque para o Grande Prémio do Milénio, atribuído durante o 26.º Festival Internacional de BD de Angoulême, em 1999, e o Prémio "Max und Moritz" o mais prestigiado da BD alemã, concedido no XI Festival Internacional de BD de Erlangen, em 2004.
Em 1940 foi admitido na SPE (Société Parisienne d'Édition), iniciando-se nas Artes Gráficas como desenhador, entre outras funções. Nesse mesmo ano colaborou com a revista Junior e conheceu o desenhador Edmond-François Calvo, com quem aprendeu a fazer banda desenhada.
Com a França ocupada, interrompeu o seu interesse pela BD durante o tempo em que trabalhou com o pai, numa oficina de um luthier.
Em 1945 publicou a sua primeira BD, Flamberge Gentilhomme Gascon, tendo também criado Clopinard no mesmo ano.
Começou a colaborar com a revista OK em 1946, onde criou várias personagens como Arys Buck, Prince Rollin e Belloy (1948), este último mais tarde recuperado para o jornal La Wallonie (1950) e para as revistas Pistolin(1955) e Pilote (1962). Já no início da década de 50, colaborou noutras publicações como Bravo! (1950), France-Dimanche (1950), aqui como repórter-desenhador, France-Soir, La Chambre du haut, e nas BD publicitárias que surgiram em diferentes jornais. A sua ligação à agência International-Press de Bruxelas aconteceu em 1951, onde conheceu Jean-Michel Charlier, Victor Hubinon, Mitacq, Eddy Paape e Jean Graton, que viriam a revelar-se grandes criadores de BD. Aí, e nesse mesmo ano, conheceu também René Goscinny, com o qual estabeleceu uma cumplicidade que se traduziu em múltiplos trabalhos, iniciada com Jehan Pistolet, um gentil corsário, e com Luc Junior - séries publicadas em 1952 no suplemento "La Libre Junior" do jornal La Libre Belgique. Em parceria com René Goscinny criou também um simpático pele vermelha, Oumpah-Pah (Humpá Pá), cuja primeira versão de 1952 foi recusada por vários editores, mas que acabaria por ser publicada na revista Tintin, entre 1958 e 1962.
Outros periódicos, onde se podem encontrar várias bandas desenhadas de Uderzo, são a revista Risque-Tout(1955), bem como Benjamin et Benjamine (1956) para a qual criou a série do mesmo nome, ou ainda Paris Flirt e Jeannot.
Albert Uderzo, René Goscinny e Jean-Michel Charlier, também argumentista, fundaram em 1955 a Édipresse (agência de imprensa) e a Édifrance (agência de publicidade), a partir das quais nasceram publicações (como a revista Pistolin), personagens e colaborações com outros autores, como resposta a um conflito pelo reconhecimento dos direitos dos autores.
Uderzo esteve intimamente ligado ao nascimento da Pilote, da qual foi o director artístico, maquetista e ilustrador, revista que se tornou um marco na BD europeia dos anos 60. No seu número inaugural, de 29 de Outubro de 1959, apareceu desde logo Astérx, série humorística criada com argumentos de Goscinny, e também Tanguy e Laverdure, série realista criada com argumentos de Jean-Michel Charlier, ambas sob desenho de Uderzo.
Dado o extraordinário êxito conseguido com Astérix, sobretudo a partir do momento em que se popularizam as edições em álbum, Uderzo foi obrigado a deixar as suas outras criações, nomeadamente Tanguy e Laverdure, que continuou com argumentos de Charlier, sob desenho de outros autores.
Ao popularizar-se a sua leitura entre adultos e crianças, Astérix ajudou a aumentar a notoriedade da banda desenhada em França, deixando de ser encarada como uma actividade menor destinada à infância.
Até 1977 foram editados, em média, dois álbuns por ano da série, fruto da grande popularidade adquirida, que também se alargou a outros países europeus. Em simultâneo, desenvolveram-se desenhos animados, produtos derivados e publicidade, que utilizava Astérix para as mais variadas campanhas, consolidando a popularidade do pequeno gaulês e amigos.
Em 1974 Uderzo fundou, com Goscinny e o editor George Dargaud, o Studio Idéfix, dedicado à realização de desenhos animados, que funcionou até 1978. Com a morte de René Goscinny em Novembro de 1977, o último álbum feito pelos dois autores, Astérix chez les Belges (Astérix entre os Belgas), apenas seria editado em 1979. Nesse ano, Uderzo criou as Éditions Albert-René, que editam os álbuns da série que passou a realizar a solo, para além de outros títulos criados por Uderzo e Goscinny. O primeiro álbum de Astérix, produzido a solo, Le Grand Fossé (O Grande Fosso), foi editado em 1980.
De entre as muitas distinções recebidas pela sua obra, destaque para o Grande Prémio do Milénio, atribuído durante o 26.º Festival Internacional de BD de Angoulême, em 1999, e o Prémio "Max und Moritz" o mais prestigiado da BD alemã, concedido no XI Festival Internacional de BD de Erlangen, em 2004.
O escritor René Goscinny:
René Goscinny nasceu a 14 de Agosto de 1926, em Paris (França).
Filho de mãe ucraniana e de pai polaco, passou grande parte da sua infância na Argentina, onde chegou com quase dois anos.
Frequentou o Liceu Francês de Buenos Aires, distinguindo-se como bom aluno, colaborando activamente nos boletins Notre voix e Quartier Latin, onde publicou os seus primeiros textos e desenhos.
Com a súbita morte do pai, no Natal de 1942, a hipótese de ser admitido em Belas-Artes foi posta de parte, começando por trabalhar na publicidade.
Em 1945 partiu para os EUA com a sua mãe, juntando-se a familiares que viviam em Nova Iorque, trabalhando em traduções numa empresa de importações e exportações. Foi em 1948 que se iniciou como assistente num pequeno estúdio de desenho, onde pontificavam nomes que mais tarde se tornarão célebres, como Harvey Kurtzman e outros colegas, que fundarão a revista Mad, em 1952.
Em 1950 conheceu Joseph Gillain (Jijé) e Maurice de Bévere (Morris) que, como ele, tentavam a sua sorte no país de todas as oportunidades. Deste encontro, nascerão vários projectos e a hipótese de tentar a sua sorte na Bélgica e em França.
Regressado à Europa, abandonou a expectativa de vingar nos desenhos, confiando em tirar partido dos seus textos. Acabou por conhecer Albert Uderzo em 1951, em Paris, iniciando-se uma cumplicidade que terá o seu apogeu com a criação de "Astérix", em 1959. Antes disso, colaborou em diversos periódicos, como Moustique eSpirou. Neste último começou a sua longa colaboração com Morris, assegurando os argumentos de Lucky Luke, série criada a solo pelo primeiro, em 1949.
Um conflito pelo reconhecimento dos direitos dos autores acabou por levar a que Goscinny, Uderzo e ainda Jean-Michel Charlier, também argumentista, fundassem a Édipresse/Édifrance, agência especializada na imprensa de comunicação. Aí nasceram publicações de natureza diversa, multiplicando-se as personagens e as colaborações com outros autores.
Em 1955 surgiu Le Petit Nicolas (O Pequeno Nicolau), sob ilustrações de Jean-Jacques Sempé, publicado em Le Moustique, inicialmente como BD, depois em Sud-Ouest e na Pilote, na versão de texto e ilustração. Em 1956 iniciou-se a colaboração na revista Tintin, onde Goscinny pontificou em diferentes séries, destacando-se, no ano seguinte, o aparecimento de Spaghetti (com Dino Attanasio), Modeste e Pompon (com André Franquin) e Oumpah-Pah (Humpá-Pá em Portugal, com Albert Uderzo). Humpá-Pá, o simpático pele vermelha, apareceu em 1958, numa segunda versão, depois de uma experiência sem êxito em 1951.
Goscinny, Uderzo e Charlier lançaram-se numa outra aventura conjunta, ao criarem a revista Pilote, em 1959, que marcou fortemente a BD europeia da década seguinte. Logo no número inaugural surgiu Astérix, a mais célebre das várias criações de Goscinny e de Uderzo que, em poucos anos, se tornou num verdadeiro fenómeno de popularidade e motivo de orgulho para a República Francesa. Pegando num emblemático momento da História de França, a resistência ao invasor romano, e beneficiando de argumentos portentosamente escritos por Goscinny e um registo gráfico que foi sendo aprimorado por Uderzo, a série foi multiplicando o número de títulos e de edições no estrangeiro, sobretudo na Europa, onde a sua popularidade não tem parado de crescer.
Os autores foram impondo um ritmo de dois novos álbuns por ano, cujas tiragens foram batendo sucessivos recordes. No entanto, Goscinny não esmoreceu, as suas outras séries e criações, continuando a trabalhar para vários autores e publicações. Depois de dificuldades iniciais surgidas na Pilote, George Dargaud, importante editor francês, comprou a revista por um preço simbólico. Goscinny e Charlier assumiram a chefia da redacção, começando a revista a registar significativos aumentos nas vendas, ao mesmo tempo que novos talentos como Giraud, Mézières, Fred, Gotlib e Reiser foram despontando.
Em Janeiro de 1962 surgiram As Aventuras do Califa Haroun El Poussah, no primeiro número da revista Record, série depois rebaptizada como As Aventuras do Grão-Vizir Iznogoud, dada a extraordinária popularidade que o grão-vizir usurpador (Iznogoud) começou a desfrutar. Tudo porque ele "quer ser califa no lugar do califa"!
No início da década de 70, reflexo do Maio de 68, retirou-se da chefia de redacção da sua Pilote, contestado pelos autores mais novos, que pretendiam dar outra dinâmica à revista, concentrando-se nas suas múltiplas criações. Fundou nessa época, com Uderzo, o Studio Idéfix, dedicado à realização de desenhos animados das suas séries e a sua própria editora, a Éditions Albert-René.
Faleceu na sua cidade natal, a 5 de Novembro de 1977, vítima de uma crise cardíaca, no auge da sua popularidade, trabalhando a um ritmo frenético, com muita energia, criatividade e talento. A sua obra, de tão vasta que é, deu origem ao Dictionnaire Goscinny (Dicionário Goscinny), saído em 2003, volumoso livro em que pontificam todos os seus trabalhos editados em livro/álbum, com os seus autores a considerarem que seria necessário um outro similar referente às histórias que nunca saíram das páginas de jornais e revistas. As dezenas de livros editados com o seu nome, alguns com tiragens de vários milhões de exemplares, tornaram-no no autor francês mais traduzido em todo o Mundo.
A sua esposa Gilberte (entretanto falecida) e a sua filha Anne instituíram o Prémio René Goscinny, que recompensa jovens argumentistas de BD e cuja entrega ocorre, todos os anos, durante o Festival de Angoulême.
Filho de mãe ucraniana e de pai polaco, passou grande parte da sua infância na Argentina, onde chegou com quase dois anos.
Frequentou o Liceu Francês de Buenos Aires, distinguindo-se como bom aluno, colaborando activamente nos boletins Notre voix e Quartier Latin, onde publicou os seus primeiros textos e desenhos.
Com a súbita morte do pai, no Natal de 1942, a hipótese de ser admitido em Belas-Artes foi posta de parte, começando por trabalhar na publicidade.
Em 1945 partiu para os EUA com a sua mãe, juntando-se a familiares que viviam em Nova Iorque, trabalhando em traduções numa empresa de importações e exportações. Foi em 1948 que se iniciou como assistente num pequeno estúdio de desenho, onde pontificavam nomes que mais tarde se tornarão célebres, como Harvey Kurtzman e outros colegas, que fundarão a revista Mad, em 1952.
Em 1950 conheceu Joseph Gillain (Jijé) e Maurice de Bévere (Morris) que, como ele, tentavam a sua sorte no país de todas as oportunidades. Deste encontro, nascerão vários projectos e a hipótese de tentar a sua sorte na Bélgica e em França.
Regressado à Europa, abandonou a expectativa de vingar nos desenhos, confiando em tirar partido dos seus textos. Acabou por conhecer Albert Uderzo em 1951, em Paris, iniciando-se uma cumplicidade que terá o seu apogeu com a criação de "Astérix", em 1959. Antes disso, colaborou em diversos periódicos, como Moustique eSpirou. Neste último começou a sua longa colaboração com Morris, assegurando os argumentos de Lucky Luke, série criada a solo pelo primeiro, em 1949.
Um conflito pelo reconhecimento dos direitos dos autores acabou por levar a que Goscinny, Uderzo e ainda Jean-Michel Charlier, também argumentista, fundassem a Édipresse/Édifrance, agência especializada na imprensa de comunicação. Aí nasceram publicações de natureza diversa, multiplicando-se as personagens e as colaborações com outros autores.
Em 1955 surgiu Le Petit Nicolas (O Pequeno Nicolau), sob ilustrações de Jean-Jacques Sempé, publicado em Le Moustique, inicialmente como BD, depois em Sud-Ouest e na Pilote, na versão de texto e ilustração. Em 1956 iniciou-se a colaboração na revista Tintin, onde Goscinny pontificou em diferentes séries, destacando-se, no ano seguinte, o aparecimento de Spaghetti (com Dino Attanasio), Modeste e Pompon (com André Franquin) e Oumpah-Pah (Humpá-Pá em Portugal, com Albert Uderzo). Humpá-Pá, o simpático pele vermelha, apareceu em 1958, numa segunda versão, depois de uma experiência sem êxito em 1951.
Goscinny, Uderzo e Charlier lançaram-se numa outra aventura conjunta, ao criarem a revista Pilote, em 1959, que marcou fortemente a BD europeia da década seguinte. Logo no número inaugural surgiu Astérix, a mais célebre das várias criações de Goscinny e de Uderzo que, em poucos anos, se tornou num verdadeiro fenómeno de popularidade e motivo de orgulho para a República Francesa. Pegando num emblemático momento da História de França, a resistência ao invasor romano, e beneficiando de argumentos portentosamente escritos por Goscinny e um registo gráfico que foi sendo aprimorado por Uderzo, a série foi multiplicando o número de títulos e de edições no estrangeiro, sobretudo na Europa, onde a sua popularidade não tem parado de crescer.
Os autores foram impondo um ritmo de dois novos álbuns por ano, cujas tiragens foram batendo sucessivos recordes. No entanto, Goscinny não esmoreceu, as suas outras séries e criações, continuando a trabalhar para vários autores e publicações. Depois de dificuldades iniciais surgidas na Pilote, George Dargaud, importante editor francês, comprou a revista por um preço simbólico. Goscinny e Charlier assumiram a chefia da redacção, começando a revista a registar significativos aumentos nas vendas, ao mesmo tempo que novos talentos como Giraud, Mézières, Fred, Gotlib e Reiser foram despontando.
Em Janeiro de 1962 surgiram As Aventuras do Califa Haroun El Poussah, no primeiro número da revista Record, série depois rebaptizada como As Aventuras do Grão-Vizir Iznogoud, dada a extraordinária popularidade que o grão-vizir usurpador (Iznogoud) começou a desfrutar. Tudo porque ele "quer ser califa no lugar do califa"!
No início da década de 70, reflexo do Maio de 68, retirou-se da chefia de redacção da sua Pilote, contestado pelos autores mais novos, que pretendiam dar outra dinâmica à revista, concentrando-se nas suas múltiplas criações. Fundou nessa época, com Uderzo, o Studio Idéfix, dedicado à realização de desenhos animados das suas séries e a sua própria editora, a Éditions Albert-René.
Faleceu na sua cidade natal, a 5 de Novembro de 1977, vítima de uma crise cardíaca, no auge da sua popularidade, trabalhando a um ritmo frenético, com muita energia, criatividade e talento. A sua obra, de tão vasta que é, deu origem ao Dictionnaire Goscinny (Dicionário Goscinny), saído em 2003, volumoso livro em que pontificam todos os seus trabalhos editados em livro/álbum, com os seus autores a considerarem que seria necessário um outro similar referente às histórias que nunca saíram das páginas de jornais e revistas. As dezenas de livros editados com o seu nome, alguns com tiragens de vários milhões de exemplares, tornaram-no no autor francês mais traduzido em todo o Mundo.
A sua esposa Gilberte (entretanto falecida) e a sua filha Anne instituíram o Prémio René Goscinny, que recompensa jovens argumentistas de BD e cuja entrega ocorre, todos os anos, durante o Festival de Angoulême.
Minha opinião:
Já fazia muito tempo que não lia uma BD, principalmente do Astérix. Em tempos li muitas mas não sei bem porquê mas parei de as ler.
Foi excelente o reencontro com este tipo de livro, claro que será escusado referir que adorei, são as minhas BD preferidas. Fartei-me de rir e isso descomprimiu um pouco das outras leituras.
Recomendo para quem gosta de BD.
Classificação de 4**** no Goodreads.
Excelentes leituras!
Olá Carla
ResponderEliminarAinda bem que gostaste :)
Destes personagens só conheço os filmes, um dia tenho de experimentar as BDs.
Beijinhos e boas leituras
Olá Sara,
EliminarExperimenta ler que acho que vais gostar.
Beijinhos e boas leituras.