Sinopse:
"Eddie Jaku nasceu na Alemanha em 1920 no seio de uma família judaica, sempre carregando com orgulho a sua nacionalidade. No entanto, tudo isso mudou drasticamente em Novembro de 1938, quando foi detido, espancado e levado para um campo de concentração. Depois de sobreviver aos mais desumanos horrores, perder os seus familiares, amigos e o seu país, Eddie fez uma promessa: sorrir todos os dias. Hoje acredita ser o «homem mais feliz do mundo».
Por ocasião do seu 100. º aniversário, Eddie Jaku oferece-nos um testemunho poderoso, desolador e, ao mesmo tempo, derradeiramente optimista de como a felicidade pode ser encontrada até no momento mais sombrio da Humanidade." retirado do site Goodreads
Opinião:
Normalmente eu não leio livros que abordem a temática da segunda guerra mundial, não que desgoste, antes pelo contrário, mas sei que sou muito sensível ao tema e depois isso acaba por se repercutir num grande mal estar.
Contudo, este livro é muito mais do que um livro que aborda a segunda guerra mundial, esta é a autobiografia de Eddie Jaku, judeu que amava a Alemanha. Hoje com 100 anos escreveu este livro delicioso, que nos retrata toda a sua vivência e da sua família durante o holocausto. Mas acima de tudo relata o seu percurso pessoal após o holocausto. A capacidade de aprender a voltar a ser feliz, é brilhante...após ter lido as atrocidades pelas quais passou nos vários campos de concentração, não esperava que Jaku, conseguisse transmitir a enorme lição de sabedoria e de amor. A capacidade que ele tem de amar o próximo, depois de tudo o que passou é uma lição de vida e uma enorme generosidade.
Mais um livro que vai entrar no meu top de 2021.
"Há um campo vazio, mas, se o leitor fizer um esforço para cultivar alguma coisa, terá um jardim. É assim a vida. Quando damos alguma coisa, alguma coisa havemos de receber. Se não dermos nada, nada recebemos. Cultivar uma flor é um milagre: significa que podemos cultivar mais. Lembre-se de que uma flor não é apenas uma flor, é o início de um jardim inteiro." pág. 165
"Não consigo descrever a sensação de estar na companhia de alguém que lá tenha estado, que consiga partilhar os meus sentimentos, que conheça o motivo profundo pelo qual reagimos às coisas desta forma. Outros poderão tentá-lo, o que é admirável, mas nunca entenderão verdadeiramente, porque não passaram por esta experiência. Por muitos livros que leiam ou por muito que tentem, é algo que só nós, os sobreviventes do Holocausto, conseguimos entender." pág. 155 - 156
Classificação de 5 estrelas no Goodreads.
Boas leituras 💓
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