A Fúria dos Reis
As Crónicas de Gelo e Fogo - Livro Três
de George R. R. Martin;
Tradução: Jorge Candeias
Edição/reimpressão: 2008
Editor: Saída de Emergência
ISBN: 9789896370268
Coleção: As Crónicas de Gelo e Fogo
Preço:19,03 euros
Comecei a ler:01-06-2015
Terminei de ler:09-06-2015
Sinopse:
«Quando um cometa vermelho surge nos céus de Westeros encontra os Sete Reinos em plena guerra civil. Os combates estendem-se pelas terras fluviais e os grandes exércitos dos Stark e dos Lannister preparam-se para o derradeiro embate.
No seu domínio insular, Stannis, irmão do falecido Rei Robert, luta por construir um exército que suporte a sua reivindicação ao trono e alia-se a uma misteriosa religião vinda do oriente. Mas não é o único, pois o seu irmão mais novo também se proclama rei, suportado por uma hoste que reúne quase todas as forças do sul. Para pior as coisas, nas Ilhas de Ferro, os Greyjoy planeiam a vingança contra aqueles que os humilharam dez anos atrás.
O Trono de Ferro é ocupado pelo caprichoso filho de Robert, Joffrey, mas quem de facto governa é a sua cruel e maquiavélica mãe. Com a afluência de refugiados e um fornecimento insuficiente de mantimentos, a cidade transformou-se num lugar perigoso, e a Corte aguarda com medo o momento em que os dois irmãos do falecido rei avancem contra ela. Mas quando finalmente o fazem, não é contra a cidade que investem...
O que os Sete Reinos não sabem é que nada disto se compara ao derradeiro perigo que se avizinha: no distante Leste, os dragões crescem em poder, e não faltará muito para que cheguem com fogo e morte!» retirado do site wook
Criticas de imprensa...
"As Crónicas de Gelo e Fogo são a mais importante obra de fantasia desde que Bilbo encontrou o Anel."
SF Reviews.net
SF Reviews.net
"George R.R. Martin apresenta um mundo vibrante e real, personagens soberbamente construídas, enredos complexos mas coerentes, descrições de cortar a respiração e uma prosa muito acima daquilo a que o género nos habituou."
Amazon.com
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"Martin tem a capacidade de nos arrebatar de uma forma que os outros autores de fantasia não conseguem, talvez porque também não tenham a sua capacidade para desenvolver personagens. Seja nas sangrentas cenas de batalhas ou nos retratos íntimos dos laços familiares, A Guerra dos Tronos possui uma força crua e emocional que não nos deixa indiferentes. Martin também dispensa todos os clichés tolkianos, como elfos, espadas mágicas e dark lords, focando-se antes em pessoas reais e apenas sugerindo o sobrenatural. Acredite: A Guerra dos Tronos é a mais importante obra de fantasia desde que Bilbo encontrou o Anel."
SF Reviews.net
SF Reviews.net
"A Guerra dos Tronos é a obra-prima da fantasia moderna e reúne o que de melhor o género tem para oferecer: magia, mistério, intriga, romance e aventura."
Locus
Locus
"A melhor fantasia dos últimos 50 anos."
The Denver Post
The Denver Post
Outras Críticas...
"Agarra-nos e nunca mais larga. Brilhante!"
Robert Jordan
Robert Jordan
A Clash Of Kings (A Fúria dos Reis) Book Trailer:
Minha opinião:
Bom dar a minha opinião sobre A Fúria do Rei não vai ser fácil, este terceiro volume (segundo na versão original) foi diferente dos dois anteriores. Tem personagens novas, sendo estas Davos e Theon e senti muita falta do meu adorado Ned Stark, a sério nunca pensei sentir tanta falta dele e da sua forma de ver o mundo de Westeros.
Como sempre George R.R. Martin, brinda-nos com um prólogo maravilhoso, que se assim posso referir, abriu logo o apetite para a leitura do livro.
Contém Spoilers
Em Westeros, no começo da Fúria dos Reis, passa um grande cometa vermelho, vamos ter as várias personagens a dar a sua opinião sobre o que ele representa, apesar de se tratar apenas de um fenómeno natural, este cometa levará, a história para outros rumos.
O prólogo já nos apresenta um novo cenário, composto por personagens novos e por alguns que outrora foram apenas referidos. O personagem mais marcante no prólogo, segundo o meu ponto de vista, foi Meistre Cressen, que é o Meistre da família Baratheon, e está em Pedra do Dragão a serviço de Stannis. Este após a morte do seu irmão e rei Robert, está pronto a reclamar o trono de ferro, considerando-se o legítimo herdeiro, dado que Joffrey o atual rei não é filho de Robert, mas sim fruto de incesto entre os irmãos gémeos Cersei e Jaime Lannister. Como Stannis não possui carisma algum e é totalmente inflexível nas negociações, acaba por ficar isolado. Contudo, ele decide aliar-se a uma religião oriental, que é trazida pela sacerdotisa vermelha, de seu nome Melisandre. Mas Meistre Cressen, percebe que os meios usados por essa sacerdotisa são impróprios e ela tem norteado a mente de Stannis para lados indesejados. Por este motivo, decide mata-la, porém, ela foi mais esperta e, percebendo a intenção do Meistre Cressen, faz com que ele morra primeiro. Esta é a parte que mais me agarrou ao livro e corresponde ao prólogo do mesmo.
Uma personagem que vai estar presente nos acontecimentos em Pedra do Dragão será Davos Seaworth, um ex-contrabandista, que ajudou a tropa de Stannis a sair de uma enroscada e, por este motivo, foi nomeado cavaleiro e apoia a causa do irmão de Robert.
Notei que infelizmente uma das personagens que eu gosto muito Daenerys Targaryen só tem duas entradas neste volume o que me deixou um pouco tristonha, pois gosto imenso desta mulher forte e cheia de garra, agora com os seus dragões. Espero que nos próximos volumes a personagem se desenvolva mais. No fim do segundo volume, três vidas são perdidas: a de Khal Drogo, o seu marido, a de Mirri Maz Duur, uma maegi, e a de seu filho, que morreu ainda na sua barriga. Em compensação, destas três vidas nascem outras três, os dragões de Daenerys. Agora, acompanhada deles, ela tal como todos, vê o cometa e, segue-o até chegar à cidade de Qarth que segundo o bruxo Pyat Pree, "é a maior cidade que já existiu ou existirá. É o centro do mundo, o portão entre o Norte e o Sul, a ponte entre o Leste e o Oeste, mais antiga do que a memória do homem, e tão magnífica que Saathos, o Sábio, arrancou os olhos depois de vê-la pela primeira vez, porque sabia que tudo o que veria daí para a frente pareceria miserável e feio.".
Uma personagem que gostei de ver o seu crescimento e acho que o escritor deve ter muitas surpresas reservadas para os leitores é Arya Stark, sempre astuta, apesar dos seus medos não os deixa transparecer e sempre amiga dos seus verdadeiros amigos. Faz-se passar por um rapazinho para se poder dirigir em direção à Patrulha da Noite, onde sabe que pode encontrar o seu meio-irmão Jon que ela tanto gosta; Arya é tida como desaparecida ou supostamente morta. Para se unir ao grupo, porém, ela tem de fingir que é um rapaz, e adopta o nome de Arry. A convivência nesse meio é muito explorada neste livro. Ela vai manter uma boa amizade com o ferreiro Gendry, e dois jovens, Lommy Mãos Verdes e Torta Quente. Logo Arya agora Arry descobre que estão a ser perseguidos pela guarda de Porto Real, e pensa que a querem a ela, por ela ter fugido. Esta miúda é forte e resistente, é adorável.
Brandon Stark, o pequeno Bran, que ficou paralítico, é uma personagem que me agradou conhecer melhor neste livro. Bran, com a partida do seu irmão Robb e da sua mãe, vai ficar responsável pelas terras do norte, onde fica Winterfell. Através desta personagem ficamos a saber tudo o que se vai passando por lá, agora que ele é o príncipe de Winterfell e apesar de não ser uma personagem activa na guerra entre os Lannister e o seu irmão, ele acaba por se tornar uma personagem interessante. Bran, com a ajuda dos irmãos Reed, descobre que é uma pessoa especial, ou seja, ele consegue entrar na mente de pessoas e animais, principalmente animais e claro em especial do seu lobo, o Verão. Outro aspecto, que eu achei interessante foi como ele conseguiu, aparentemente ultrapassar, os seus problemas pessoais, para se tornar um verdadeiro príncipe e receber todos os que se dirigiam para Winterfell para dar apoio ao Robb, Rei do Norte. Os sonhos que Bran tem também são bastante perturbadores tanto para ele como para mim como leitora, pois no fundo ele é uma criança a quem foi retirado tanta coisa. Mas tal como a sua irmã Arya Bran é forte e resistente.
Jon Snow, o irmão bastardo dos Stark, está no Castelo Negro, resguardando a muralha. O comandante Mormont decide reunir cerca de duzentos homens para irem para além da muralha e descobrir o que aconteceu com Benjen Stark e com os outros que o acompanhavam. Esta viagem é muito dolorosa para todos os homens da Patrulha da Noite, devido ao mau tempo e não só. Aqui também surge uma personagem detestável que é Craster, vive rodeado de mulheres, suas filhas com quem pratica o incesto e das quais tem filhos, se estes forem mulheres ficam com ele se forem homens entrega-os aos deuses.
Sansa Stark, foi uma personagem que cresceu bastante neste livro, era inicialmente insuportável e oca, mas a vida ensinou da pior forma a tornar-se uma mulherzinha. Joffrey, aquele que ela outrora amara, foi quem mandou decapitar o seu pai, ele também está em guerra com o seu irmão. Então Sansa começa a conspirar contra os Lannister, pensando mesmo em fugir de Porto Real. Vamos ver o que nos aguarda nos próximos livros.
Catelyn Tully, é uma personagem sofredora, perdeu o marido e as suas duas filhas, pensa ela que estão em Porto Real. O seu filho Robb é agora o Rei do Norte e ela não o abandona. Para agravar toda esta situação o seu pai, Lord Hoster Tully está a morrer e ela não pode ficar ao seu lado pois não quer abandonar o seu filho Robb.
Contudo, no meio de todo este desespero que ela vive interiormente, vai ser a ela que Robb vai dar uma missão diplomática, que consiste em ir até à Ponte Tempestade, com a finalidade de fazer um acordo com Renly, irmão mais novo do Rei Robert, que, mesmo não tendo legítimo direito ao trono, o reclama.
No entanto, a meio da viagem ela encontra-se com a comitiva do proclamado Rei do Sul o irmão mais novo de Rei Robert , que em tudo a faz lembrar o seu falecido irmão, até no exagero das comidas em tempos de guerra. Mas o facto é que ele tem muitos milhares de homens que estão do lado dele.
Nesta viagem, Catelyn vai conhecer Brienne de Tarth, alcunhada por a Beleza.Ela é caracterizada como uma mulher feia e estranha, mas uma óptima cavaleira e espadachim. Quando Catelyn chega, uma luta entre Brienne e Sor Loras acaba de ser concluída, com a Beleza saindo vencedora e pedindo como recompensa um lugar na guarda real de Renly, facto que lhe é atribuído pelo auto intitulado Rei do Sul.
Tyrion Lannister é uma das minhas personagens favoritas deste livro, este anão, da família mais rica e influente do reino, filho do poderoso Tywin e irmão da rainha Cersei e de Jaime, é uma personagem fantástica, inteligente e excepcional.
Ele agora neste livro ocupa o cargo de Mão do Rei, lugar ocupado anteriormente por Ned Stark.
Tyrion está sempre muito centrado nos seus planos, que muitas da vezes vão contra os interesses do Rei Joffrey e da Rainha Cersei. Sob a ameaça do ataque e da guerra iminente ele vai atrás de alquimistas para que estes produzam uma certa substância muito perigosa, o fogovivo, que pretende usar caso o irmão mais velho de Robert decida atacar a terra do rei.
Ficamos neste livro a saber um pouco mais da vida amorosa de Tyrion, ele é apaixonado por uma rameira a Shae, mas faz tudo para a proteger.
Theon Greyjoy, é uma personagem por quem não nutri nenhum afecto. Para quem não se recorda Theon foi protegido dos Stark depois de Robert assumir o poder, pois o seu pai, Balon Greyjoy, é um rebelde, adora a guerra e está disposto a começar uma a qualquer momento. Por este motivo Ned pegou em Theon e levou-o para Winterfell para, sob a sua proteção, servir de garantia que Balon não se rebelaria contra o reino de Robert. Apesar de Theon ter sido tirado da sua família com dez anos apenas e levado para o norte, nada lhe faltou. Ele foi criado com os filhos de Ned Stark, convivia com eles como se fossem irmãos. Quando a guerra está prestes a começar ele acompanha Robb na guerra, ajuda nas batalhas e tem uma posição especial. Então Robb decide mandar Theon numa missão diplomática até à sua terra natal, Pyke, para tentar fazer uma aliança com o seu pai Balon. Contudo, quando chega a Pyke, Theon revela o que realmente é. Ele é de facto um príncipe, mas não é tratado como tal. O seu próprio pai, que também não presta, diz que ele se tornou num Stark, que não é mais um Greyjoy. Pois a sua irmã Asha é mais valente do que ele. Vendo-se perante esta situação, Theon quer provar que realmente ele merece a confiança do pai, e esquece a aliança que tem com Robb. Então Theon decide partir para conquistar um reino e que reino é esse? Nada mais nada menos que Winterfell.
Relativamente, ao livro é óbvio que está extremamente bem escrito, mais uma vez George R.R. Martin me surpreendeu pela riqueza dos pormenores com que vai relatando os factos, na versão de cada uma das personagens. Um aspecto que achei muito interessante, foi o modo como cada uma interpretava o significado do cometa, é impressionante, como um fenómeno natural nos tempos antigos poderia ter tamanha dimensão de significados e tamanha importância, chegando ao ponto de alterar a rota de algumas personagens. Algo que senti falta foi a participação da personagem Robb, do seu ponto de vista, afinal ele auto proclamou-se Rei do Norte logo devia ter aqui alguma referência dele próprio, como ele se sentia perante uma guerra que está à porta, sei lá alguma coisa.
Achei este volume um pouco maçudo, pois fala muito em estratégia de guerra e não tem a acção propriamente dita, apesar de para o final já estar um pouco melhor. Mas eu gostei do livro, acima de tudo, estava a contar com mais acção é só isso.
Espero que leiam o livro e sigam para o próximo, eu por cá vou fazer uma pausa, não sei de quanto tempo, mas preciso de uma pausa, para ler outros livros e distanciar-me um pouco deste mundo. Isto para quando regressar a ele ir com as expectativas mais em baixo para me surpreender. Ia a contar com muito para este livro, muita guerra, muita acção e foi isso que me fez desiludir um pouco.
No entanto, este é um bom livro e tenho plena noção que é uma preparação para algo maior, espero eu.
Não me refiro à série porque não vi nenhum episódio de nenhum dos livros desta saga estou a deixar para o final.
Jon Snow, o irmão bastardo dos Stark, está no Castelo Negro, resguardando a muralha. O comandante Mormont decide reunir cerca de duzentos homens para irem para além da muralha e descobrir o que aconteceu com Benjen Stark e com os outros que o acompanhavam. Esta viagem é muito dolorosa para todos os homens da Patrulha da Noite, devido ao mau tempo e não só. Aqui também surge uma personagem detestável que é Craster, vive rodeado de mulheres, suas filhas com quem pratica o incesto e das quais tem filhos, se estes forem mulheres ficam com ele se forem homens entrega-os aos deuses.
Sansa Stark, foi uma personagem que cresceu bastante neste livro, era inicialmente insuportável e oca, mas a vida ensinou da pior forma a tornar-se uma mulherzinha. Joffrey, aquele que ela outrora amara, foi quem mandou decapitar o seu pai, ele também está em guerra com o seu irmão. Então Sansa começa a conspirar contra os Lannister, pensando mesmo em fugir de Porto Real. Vamos ver o que nos aguarda nos próximos livros.
Catelyn Tully, é uma personagem sofredora, perdeu o marido e as suas duas filhas, pensa ela que estão em Porto Real. O seu filho Robb é agora o Rei do Norte e ela não o abandona. Para agravar toda esta situação o seu pai, Lord Hoster Tully está a morrer e ela não pode ficar ao seu lado pois não quer abandonar o seu filho Robb.
Contudo, no meio de todo este desespero que ela vive interiormente, vai ser a ela que Robb vai dar uma missão diplomática, que consiste em ir até à Ponte Tempestade, com a finalidade de fazer um acordo com Renly, irmão mais novo do Rei Robert, que, mesmo não tendo legítimo direito ao trono, o reclama.
No entanto, a meio da viagem ela encontra-se com a comitiva do proclamado Rei do Sul o irmão mais novo de Rei Robert , que em tudo a faz lembrar o seu falecido irmão, até no exagero das comidas em tempos de guerra. Mas o facto é que ele tem muitos milhares de homens que estão do lado dele.
Nesta viagem, Catelyn vai conhecer Brienne de Tarth, alcunhada por a Beleza.Ela é caracterizada como uma mulher feia e estranha, mas uma óptima cavaleira e espadachim. Quando Catelyn chega, uma luta entre Brienne e Sor Loras acaba de ser concluída, com a Beleza saindo vencedora e pedindo como recompensa um lugar na guarda real de Renly, facto que lhe é atribuído pelo auto intitulado Rei do Sul.
Tyrion Lannister é uma das minhas personagens favoritas deste livro, este anão, da família mais rica e influente do reino, filho do poderoso Tywin e irmão da rainha Cersei e de Jaime, é uma personagem fantástica, inteligente e excepcional.
Ele agora neste livro ocupa o cargo de Mão do Rei, lugar ocupado anteriormente por Ned Stark.
Tyrion está sempre muito centrado nos seus planos, que muitas da vezes vão contra os interesses do Rei Joffrey e da Rainha Cersei. Sob a ameaça do ataque e da guerra iminente ele vai atrás de alquimistas para que estes produzam uma certa substância muito perigosa, o fogovivo, que pretende usar caso o irmão mais velho de Robert decida atacar a terra do rei.
Ficamos neste livro a saber um pouco mais da vida amorosa de Tyrion, ele é apaixonado por uma rameira a Shae, mas faz tudo para a proteger.
Theon Greyjoy, é uma personagem por quem não nutri nenhum afecto. Para quem não se recorda Theon foi protegido dos Stark depois de Robert assumir o poder, pois o seu pai, Balon Greyjoy, é um rebelde, adora a guerra e está disposto a começar uma a qualquer momento. Por este motivo Ned pegou em Theon e levou-o para Winterfell para, sob a sua proteção, servir de garantia que Balon não se rebelaria contra o reino de Robert. Apesar de Theon ter sido tirado da sua família com dez anos apenas e levado para o norte, nada lhe faltou. Ele foi criado com os filhos de Ned Stark, convivia com eles como se fossem irmãos. Quando a guerra está prestes a começar ele acompanha Robb na guerra, ajuda nas batalhas e tem uma posição especial. Então Robb decide mandar Theon numa missão diplomática até à sua terra natal, Pyke, para tentar fazer uma aliança com o seu pai Balon. Contudo, quando chega a Pyke, Theon revela o que realmente é. Ele é de facto um príncipe, mas não é tratado como tal. O seu próprio pai, que também não presta, diz que ele se tornou num Stark, que não é mais um Greyjoy. Pois a sua irmã Asha é mais valente do que ele. Vendo-se perante esta situação, Theon quer provar que realmente ele merece a confiança do pai, e esquece a aliança que tem com Robb. Então Theon decide partir para conquistar um reino e que reino é esse? Nada mais nada menos que Winterfell.
Acabaram os Spoilers
Relativamente, ao livro é óbvio que está extremamente bem escrito, mais uma vez George R.R. Martin me surpreendeu pela riqueza dos pormenores com que vai relatando os factos, na versão de cada uma das personagens. Um aspecto que achei muito interessante, foi o modo como cada uma interpretava o significado do cometa, é impressionante, como um fenómeno natural nos tempos antigos poderia ter tamanha dimensão de significados e tamanha importância, chegando ao ponto de alterar a rota de algumas personagens. Algo que senti falta foi a participação da personagem Robb, do seu ponto de vista, afinal ele auto proclamou-se Rei do Norte logo devia ter aqui alguma referência dele próprio, como ele se sentia perante uma guerra que está à porta, sei lá alguma coisa.
Achei este volume um pouco maçudo, pois fala muito em estratégia de guerra e não tem a acção propriamente dita, apesar de para o final já estar um pouco melhor. Mas eu gostei do livro, acima de tudo, estava a contar com mais acção é só isso.
Espero que leiam o livro e sigam para o próximo, eu por cá vou fazer uma pausa, não sei de quanto tempo, mas preciso de uma pausa, para ler outros livros e distanciar-me um pouco deste mundo. Isto para quando regressar a ele ir com as expectativas mais em baixo para me surpreender. Ia a contar com muito para este livro, muita guerra, muita acção e foi isso que me fez desiludir um pouco.
No entanto, este é um bom livro e tenho plena noção que é uma preparação para algo maior, espero eu.
Não me refiro à série porque não vi nenhum episódio de nenhum dos livros desta saga estou a deixar para o final.
Excertos:
«Uma dúzia de cristais, não maiores do que sementes, tamborilaram no pergaminho que estivera a ler. Brilhavam como jóias à luz da vela, de um tom de púrpura tão verdadeiro que o Meistre deu por si a pensar que nunca tinha antes visto realmente a cor.
...Tocou ligeiramente num dos cristais com a ponta do mindinho. Que pequena é esta coisa para conter o poder da vida e da morte. Era feito de uma certa planta que crescia apenas nas ilhas do Mar de Jade, a meio mundo de distância. As folhas tinham de ser envelhecidas e embebidas numa loção de visgo, água de açúcar e certas especiarias raras vindas das Ilhas do Verão. Depois podiam ser deitadas fora, mas a poção tinha de ser engrossada com cinza e deixada cristalizar. O processo era lento e trabalhoso, e os ingredientes dispendiosos e difíceis de adquirir. ...Na Cidadela, era simplesmente chamado "o estrangulador". Dissolvido em vinho, faria os músculos da garganta de um homem cerra-se com mais força do que qualquer punho, fechando-lhe a traqueia. Dizia-se que a cara da vítima se tornava tão púrpura como a pequena semente de cristal de onde nascera a sua morte, mas o mesmo acontecia a um homem que sufocasse com um bocado de comida.» pág.23
« Esse desejo talvez te seja satisfeito, pensou Tyrion, mas disse:
- A coragem e a loucura são primas, ou pelo menos foi o que ouvi dizer. Seja qual for a praga que paira sobre a Torre da Mão, rezo para ser suficientemente pequeno para não lhe chamar a atenção.» pág.52
«Catelyn compreendeu que o filho a olhava de cima. Terá sido a guerra que o fez crescer tão depressa, perguntou a si própria, ou a coroa que lhe puseram na cabeça?...
...-Não me chameis o rapaz - disse Robb, virando-se para o tio, derramando toda a ira de uma vez só sobre o pobre Edmure, que só pretendera apoiá-lo. - Sou quase um homem feito, e um rei...o vosso rei, sor. E não temo Jaime Lannister. Derrotei-o uma vez, derrotá-lo-ei de novo se tiver de ser, é só que... - Afastou uma madeixa de cabelo dos olhos e abanou a cabeça. - Poderia ter podido trocar o Regicida pelo pai, mas...
- ... mas não pelas raparigas? - A voz dela era calma e gelada. - As raparigas não são suficientemente importantes, pois não?
Robb não respondeu, mas havia dor nos seus olhos. Olhos azuis, olhos Tully, olhos que ela lhe dera. Tinha.o ferido, mas ele era demasiado filho de seu pai para o admitir.
Isto foi indigno de mim, disse a si própria.Que os deuses sejam bons, em que foi que me tornei? Ele está a fazer o seu melhor, está a tentar tanto, eu sei, eu vejo, e no entanto...perdi o meu Ned, o rochedo sobre o qual a minha vida estava construída, não posso suportar perder também as raparigas...» pág.100/101
« - Amava? - Tyrion não chegara a ver o rosto da rapariga morta, mas na sua imaginação era uma combinação de Shae e Tysha. - Uma prostituta poderá realmente amar alguém? Não, não respondais. Há coisas que prefiro não saber. - Tinha instalado Shae numa vasta mansão de pedra e madeira, provido de seu próprio poço, estábulos e jardim; dera-lhe criados para satisfazer as suas necessidades, um pássaro branco das Ilhas do Verão para lhe fazer companhia, sedas, prata e pedras preciosas para a adornar, guardas para a proteger. E no entanto, parecia impaciente. Queria passar mais tempo com ele, dissera; queria servi-lo e ajudá-lo. "Ajudas-me mais aqui, entre os lençóis" dissera-lhe ele uma noite depois do amor, deitado a seu lado, com a cabeça apoiada no seu seio, e uma doce dor nas virilhas. Ela não respondera, excepto com os olhos. Aí vira que aquilo não era o que ela quisera ouvir.» pág.114/115
«A Donzela jazia atravessada sobre o Guerreiro, com os braços abertos como que para o abraçar. A Mãe parecia quase tremer enquanto as chamas se aproximavam e lhe lambiam o rosto. Uma espada tinha-lhe sido cravada no coração, e o seu punho de couro estava vivo em chamas. O Pai encontrava-se por baixo, fora o primeiro a cair. Davos viu a mão do Estranho estremecer e enrolar-se enquanto os dedos enegrecidos se desprendiam, um por um, reduzidos a outros tantos carvões em brasa.» pág.129
«Os dothraki chamaram ao cometa shierak qiya, a Estrela que Sangra. Os velhos resmungavam que era um prenúncio do mal, mas Daenerys Targaryen vira-o pela primeira vez na noite em que cremara Khal Drogo, na noite em que os seus dragões despertaram. É o arauto da minha chegada, dizia a si própria enquanto fixava os olhos no céu da noite com o coração cheio de maravilha. Os deuses enviaram-no para me indicar o caminho.» pág.163
«Aqueles que parecem suspeitos são provavelmente inocentes, decidiu. É com os que parecem inocentes que tenho de ter cuidado.» pág.203
Tinha que homenagear a minha personagem favorita é sem sombra de dúvida o Tyrion Lannister. Neste livro pelo menos assim foi e espero que continue vamos lá ver se não vai morrer como o meu anterior personagem favorito Ned Stark.
Boas leituras!
«Catelyn compreendeu que o filho a olhava de cima. Terá sido a guerra que o fez crescer tão depressa, perguntou a si própria, ou a coroa que lhe puseram na cabeça?...
...-Não me chameis o rapaz - disse Robb, virando-se para o tio, derramando toda a ira de uma vez só sobre o pobre Edmure, que só pretendera apoiá-lo. - Sou quase um homem feito, e um rei...o vosso rei, sor. E não temo Jaime Lannister. Derrotei-o uma vez, derrotá-lo-ei de novo se tiver de ser, é só que... - Afastou uma madeixa de cabelo dos olhos e abanou a cabeça. - Poderia ter podido trocar o Regicida pelo pai, mas...
- ... mas não pelas raparigas? - A voz dela era calma e gelada. - As raparigas não são suficientemente importantes, pois não?
Robb não respondeu, mas havia dor nos seus olhos. Olhos azuis, olhos Tully, olhos que ela lhe dera. Tinha.o ferido, mas ele era demasiado filho de seu pai para o admitir.
Isto foi indigno de mim, disse a si própria.Que os deuses sejam bons, em que foi que me tornei? Ele está a fazer o seu melhor, está a tentar tanto, eu sei, eu vejo, e no entanto...perdi o meu Ned, o rochedo sobre o qual a minha vida estava construída, não posso suportar perder também as raparigas...» pág.100/101
« - Amava? - Tyrion não chegara a ver o rosto da rapariga morta, mas na sua imaginação era uma combinação de Shae e Tysha. - Uma prostituta poderá realmente amar alguém? Não, não respondais. Há coisas que prefiro não saber. - Tinha instalado Shae numa vasta mansão de pedra e madeira, provido de seu próprio poço, estábulos e jardim; dera-lhe criados para satisfazer as suas necessidades, um pássaro branco das Ilhas do Verão para lhe fazer companhia, sedas, prata e pedras preciosas para a adornar, guardas para a proteger. E no entanto, parecia impaciente. Queria passar mais tempo com ele, dissera; queria servi-lo e ajudá-lo. "Ajudas-me mais aqui, entre os lençóis" dissera-lhe ele uma noite depois do amor, deitado a seu lado, com a cabeça apoiada no seu seio, e uma doce dor nas virilhas. Ela não respondera, excepto com os olhos. Aí vira que aquilo não era o que ela quisera ouvir.» pág.114/115
«A Donzela jazia atravessada sobre o Guerreiro, com os braços abertos como que para o abraçar. A Mãe parecia quase tremer enquanto as chamas se aproximavam e lhe lambiam o rosto. Uma espada tinha-lhe sido cravada no coração, e o seu punho de couro estava vivo em chamas. O Pai encontrava-se por baixo, fora o primeiro a cair. Davos viu a mão do Estranho estremecer e enrolar-se enquanto os dedos enegrecidos se desprendiam, um por um, reduzidos a outros tantos carvões em brasa.» pág.129
«Os dothraki chamaram ao cometa shierak qiya, a Estrela que Sangra. Os velhos resmungavam que era um prenúncio do mal, mas Daenerys Targaryen vira-o pela primeira vez na noite em que cremara Khal Drogo, na noite em que os seus dragões despertaram. É o arauto da minha chegada, dizia a si própria enquanto fixava os olhos no céu da noite com o coração cheio de maravilha. Os deuses enviaram-no para me indicar o caminho.» pág.163
«Aqueles que parecem suspeitos são provavelmente inocentes, decidiu. É com os que parecem inocentes que tenho de ter cuidado.» pág.203
Tinha que homenagear a minha personagem favorita é sem sombra de dúvida o Tyrion Lannister. Neste livro pelo menos assim foi e espero que continue vamos lá ver se não vai morrer como o meu anterior personagem favorito Ned Stark.
Boas leituras!
Olá Carla,
ResponderEliminarOpinião muito completa, gostei =)
Sim, este livro não tem tanta acção mas, para mim, funciona como apresentação de novos intervenientes e de preparação para o que aí vem.
Estás a ler a saga pela primeira vez, não é? Garanto-te que ainda vais ter muitas surpresas e ainda muita acção. Mas sim, vai baixando um pouco as expectativas porque depois do "ponto alto de acção", a coisa volta a abrandar ;) (mas mais não digo para não spoilar)
Quanto a personagens preferidos, para já, são Tyrion e Ayra =D
Beijinhos
Olá Tita,
EliminarAinda bem que assim é fico mais animada para as próximas leituras. Sim é a primeira vez que leio a saga e nunca vi nenhum episódio da mesma.
Também adoro a Arya. Menina destemida.
Beijinhos e boas leituras;)
Ola, Carla!
ResponderEliminarTenho moita vontade de ler esses livros mais hai tantos livros para ler e tan pouco tempo!! Agora ven o verán e, quen sabe, ai tenho mais tempo libre. :)
Beijinhos.
Olá,
EliminarLê é o conselho que te posso dar, não te vais arrepender, são livros muito bons e sempre podes intercalar com outras leituras.
Beijinhos e boas leituras.
Olá,
ResponderEliminarAinda bem que gostaste deste livro. Aliás parece que até agora gostaste de todos os livros da série.
Beijinhos
Olá Tânia,
EliminarEstes livros são muito bons e muito bem escritos. Apesar de ter achado este um livro mais parado, não significa de facto que não tenha gostado. George R.R. Martin sabe como cativar o leitor. Aconselho vivamente esta saga, para já considero-a brilhante.
Beijinhos e boas leituras.
Olá,
ResponderEliminarEu tenho que confessar que saltei ali a parte dos spoilers da tua opinião para não ficar a saber já alguns pormenores, mas deu para perceber que gostaste deste livro e gostei muito da tua opinião, principalmente da parte em que falaste um pouco das várias personagens. Eu estou a ter uma dificuldade em designar apenas uma personagem como favorita nesta série porque gosto de muitos deles.
Este autor é sem dúvida maravilhoso!
Beijinhos.
Olá,
EliminarFizeste bem em saltar os spoilers, por isso é que tenho sempre o cuidado de avisar, só nesta saga é que me é dificil dar a opinião sem colocar spoilers.
Eu gosto do Jon, da Arya, do Bran e adorava o Ned. Neste livro destacou-se muito o Tyrion, e toda a sua inteligência. Ele é realmente brilhante. Uma personagem que adoro mas ainda não a conheço muito bem é Daenerys Targaryen, espero que seja mais desenvolvida pelo escritor.
Beijinhos e boas leituras;)